Gênero: Death Metal
2. Axiom
3. Respect! (feat. Fernanda Lira)
5. Embryo
6. Numb (Pleasures of Possession) 7. Beneath the Burden
8. Licking the Wounds
9. Anagrams of Sorrow
10. Compulsive Trip (feat. Fanttasma)
11. Knowing Just as I (Detachment)
Link 01
LISTEN
No novo trabalho, o Warshipper traz um disco conceitual, que segundo o guitarrista e vocalista Renan Roveran, fala sobre a perspectiva estéril dos sujeitos diante de predefinições de padrão de normalidade que são impostas pelas sociedades em suas mais diversas facetas.
Se tratando de uma banda de Death Metal, certamente se espera muita porradaria em seu som, certo?
Pois bem, e é exatamente isso que a Warshipper entre em “Barren…”, aliás, não apenas isso, o que acabou sendo um grande diferencial para o trabalho.
Começando pelo óbvio, que é a porradaria generalizada que o álbum nos proporciona, principalmente com a sequência das três primeiras faixas, onde ouvimos um Death Metal na sua forma mais crua, visceral e brutal, sendo o suficiente também para expurgar todos os demônios internos do ouvinte.
Inclusive, uma dessas faixas, a “Respect!”, conta com a participação mais do que especial da vocalista Fernanda Lira, da Crypta e ex-Nervosa, que já mostra um pouco da linha que certamente ouviremos em sua nova banda em breve.
Além do som mais frenético (que constitui 90% do álbum), temos também algumas variações de sonoridades, que é um grande ponto positivo se tratando de um trabalho de metal extremo.
A primeira faixa a se diferenciar é a “Embryo”, por se tratar de uma música completamente instrumental, mas que mesmo assim mantêm e pagada mais “porrada” das faixas anteriores, tendo também momentos mais cadenciados.
Outra a se diferenciar é a “Beneath the Burden”, que mesmo mantendo a brutalidade, apresenta mais linhas cadenciadas, deixando o som da banda com um ar mais “progressivo”, tendo uma musicalidade mais trabalhada.
E se a sequência inicial do disco foi bastante frenética, o mesmo não podemos falar da sequência, que teve uma pegada quase que oposta. Começando com a “Anagrams of Sorrow”, que mesmo não sendo “melosa”, podemos dizer que praticamente é a balada do álbum por abrir um pouco mão do peso e dos guturais, proporcionando uma sonoridade quase acústica.
A “Cumpulsive Trip” me surpreendeu bastante ao colocar linhas de sintetizadores eletrônicos, coisa praticamente inimaginável de se fazer se levarmos em consideração o fato do Death Metal ser um estilo mais venerado pelos headbangers mais “old school”, e que repudiam esse tipo de mistura. Podemos dizer que o Warshipper foi bem ousado aqui.
O disco se encerra com a progressiva “Knowing Just as I (Detachment)”, que chega a ter algumas partes mais “paulada”, mas se utiliza em sua maior arte de vocais limpos, solos de guitarra mais trabalhados, e ritmos mais cadenciados, contando também com linhas de teclado.
No mais, o Warshipper conseguiu no “Barren…” uma coisa que poucas bandas do estilo conseguem fazer: ousar. Arriscaram tirar o som da caixinha do tradicionalismo sem ser de forma escancarada, e entregou ao público um trabalho mais técnico possível. Coisa que muitos poucos esperam vindo de um grupo de Death Metal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário