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terça-feira, 31 de dezembro de 2024

Kaledonia - Far Beyond The Light - 2024 - Download


Gênero: Heavy Metal

01 Neon Signs
02 Far Beyond The Light
03 Same Queen
04 Starless Sky
05 Hungry Nights
06 Wicked Heart
07 Take All My Mess
08 Queen Of All Lies

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LISTEN



Creio que todo fã de Power/Heavy Metal goste de pegar um álbum para ouvir e, logo de cara, perceber uma produção primorosa, onde tudo foi feito de forma refinada e com muito bom gosto, destacando todos os instrumentos e, por consequência, tornando as melodias e harmonias mais impactantes.


Pois bem, a banda paulistana Kaledonia, liderada pela mente criativa e talentosíssima de JP Pretti (vocal/teclado/produção), oferece exatamente esse tipo de sonoridade, com acentuações progressivas e até elementos de pop/AOR, envolvidas em uma produção/masterização esmerada, digna de destaque. E sim, se o ouvinte e fã do estilo procura por refrões grudentos, teclados robustos que elevam a música para outra dimensão e não ficam ‘atrapalhando’ o andamento da mesma com estripulias, peso na medida certa, backing vocals encorpados, alma e honestidade tanto na composição como execução das faixas, eis a sua banda.


Após algumas boas audições de seu álbum de estreia, e com o intuito de fazer uma comparação para aqueles que estão prestes a descobrir a banda — ou seja, que ainda não a conhecem —, eu diria que o som é uma mescla bem elaborada de Angra (fase André Matos), com o peso progressivo do Symphony X, somada à aura épica e melódica de Avantasia/Edguy, com harmonias de teclado que o Nightwish utiliza (moderadamente) como recurso e um pezinho no Hard Rock/AOR. Os vocais cristalinos de JP Pretti são tão articulados que cada palavra cantada é perfeitamente compreendida, penetrando sua mente com clareza e precisão, o que ajuda e muito quando chega nos refrões e camadas de backing vocals bem empregadas.


O time que compõe a Kaledonia, além de JP Pretti, inclui Bruno Luiz (guitarra), Fernando Giovannetti (baixo) e Marcus Dotta (bateria), e juntos conseguiram criar um álbum extremamente prazeroso de se ouvir, perfeito para apreciar em boa companhia e com um vinho tinto de qualidade! As participações especiais de Leandro Caçoilo (vocal, Viper, em “Far Beyond The Light”), Tito Falaschi (guitarra em “Starless Sky” e “Take All My Mess”) e Gabriel Truck (guitarra em “Far Beyond The Light”) também enriqueceram o projeto, com destaque especial para Leandro Caçoilo, que, não tem outra forma de dizer: o cara arregaça! Ouvir Leandro Caçoilo e JP Pretti juntos foi uma experiência de um bom gosto incomparável! Além disso, os solos são na medida certa, sem exageros ou autoindulgência, sempre a serviço das 8 faixas do álbum. O baixo é modesto, porém eficaz, enquanto a bateria de Marcus Dotta é vibrante, pesada e precisa.


Confira minhas impressões das faixas: “Neon Signs”, com sua pegada pesada de Hard N’ Heavy, lembrando uma espécie de Paradise Lost do “Draconian Times”, só que mais acessível e alegre (risos); a agressiva faixa-título, um verdadeiro torpedo nos tímpanos; a exuberante “Same Queen”, que une com maestria o Power Metal a um AOR bem moderno; a balada “Starless Sky”, com uma sonoridade que remete imediatamente a Angra/Shaman (os ouvintes vão se lembrar de André Matos em segundos); a alegre e empolgante “Hungry Nights”; a balada densa “Wicked Heart”, que mistura um clima meio HIM com Angra; “Take All My Mess”, que me lembrou bastante o Helloween do “Chameleon”, só que mais pesado; e “Queen Of All Lies”, uma pancada tipicamente Power Metal, com um refrão grudento, ao estilo Edguy, e que ainda conta com um belíssimo atrativo no videoclipe – no caso, “uma belíssima” (risos).

É um início promissor que certamente renderá excelentes frutos a curto prazo! Aos fãs do estilo: vão com fé, pois a parada está muito bem feita!

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