Gênero: Symphonic Metal, Dark Wave
01 The Universe Conspires
02 Black Tears
03 I Can Wait for You
04 Different Days
05 We Are Lost
06 Prison of Dreams
08 You Can Go Back (New Version)
09 Eternal Pain
10 Frozen Feelings
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Surgido no final de 2010, no estado do Rio Grande do Sul, o Darkship desde o início, teve suas forças concentradas em produzir músicas que não se prendessem unicamente a um estilo ou outro, e seus músicos souberam como aproveitar elementos de diferentes ramificações do Metal/Rock, para criar o que ouvimos em seu primeiro disco ‘We Are Lost’, lançado em 2016.
Mesmo que mesclando elementos diferentes como Gothic, Heavy, Power, Prog e pitadas de Symphonic e Eletrônico, a banda não soa perdida ou desconexa, mas sim, soube aproveitar cada nuance de cada um dos citados. Some também, peso na medida certa, ‘feeling’ (pode até soar engraçado eu sempre ressaltar esse fator, mas se uma canção não tem sentimento, ela se torna descartável!) e aquela vontade de apresentar algo honesto ao cenário metálico.
“Black Tears” nos traz de fato o que o Darkship faz muito bem, já que a introdução “The Universe Conspires” ainda manterá o ouvinte em segredo, e dá confiança em continuar na expectativa. “I Can Wait For You” combina os vocais masculinos (mais predominantes) com os femininos (sempre) agradáveis, por vezes líricos, um pouco de velocidade e riffs pesados, até que chega o inicio da seguinte “Different Days”, com piano, vocais suaves, que aos poucos ganha corpo com os demais instrumentos e se mantém melódica e pesada. Passagens rápidas podem ser apreciadas na faixa título “We Are Lost” e na quase Power “Prison of Dreams” – que ainda conta com uma breve incursão eletrônica.
O ‘play’ segue em alta com “II Hearts” (possuidora de um vídeo oficial), que tem cara de hit e uma roupagem mais puxada para o Gothic e com a tranquila e emocional “You Can Go Back”. “Eternal Pain” – outra com levadas rápidas – e a derradeira “Frozen Feelings” e seu refrão forte, com menos de 3 minutos de duração, foi outra que ganhou clipe, dirigido por Douglas Castilhos Coutinho, encerram o material sem perder a qualidade.
Infelizmente, houve pequenas falhas na produção, mas creio que seja algo fácil a ser resolvido no próximo disco. A bateria em determinadas partes, soa abafada e sem a mesma força com que foi executada, principalmente quando Joel Pagliarini aumenta a velocidade, ou explora os componentes de seu instrumento. Os teclados também se mostram em um equilíbrio estranho, pois alguns efeitos soam mais altos do que outros, e qualquer detalhe merece ser ouvido com nitidez, pois o instrumento foi muito bem executado. Algo que senti falta na guitarra, foram notas mais graves, para contribuir no peso. Enquanto isso, Joel Milani não deveria ter se arriscado tanto em um vocal ou outro com drive (ou se preferir, algo próximo ao gutural), pois não parece ser sua praia, mas em contra partida se valeu da diversidade, e foi do limpo ao mais impostado em poucos instantes.
Algo que também merece destaque é a arte gráfica, que ficou nas mãos do talentoso Carlos Fides, da Artside Studio (Evergrey, Noturnall, entre outras), e se mostra de muito bom gosto e beleza, tanto a capa com aquele ar futurista, mas ao mesmo tempo épico, quanto o encarte. Uma banda tendo a oportunidade, deve sim buscar mais pela arte visual do seu trabalho, que muitas vezes serve inclusive de cartão de visitas. Temos aqui uma promissora banda, com ótimos músicos e interessantes composições, que com alguns pequenos ajustes, tem tudo para atrair mais ouvintes em seus vindouros álbuns. Pode confiar e conferir!
Obrigado pela postagem!
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