Gênero: Progressive Metal, Christian Metal
01 – Speed Warning #1 (feat. Ronnie Romero)
02 – Long Ago
03 – Scanning Skies
04 – Drown
05 – Sink Your Teeth Into Me
06 – By Any Means
07 – Pieces Of Fantasy
08 – Screen Screw
09 – Hit And Run
10 – A.S.A.P. (I Might Not Come Tomorrow)
11 – We Watch The Sparks Fly
12 – Only My Soul
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Sunesthesia é o nono e mais novo álbum, que está sendo lançado pela banda goiana de hard rock Sunroad. A missão de Sunesthesia é manter o alto nível apresentado por seu antecessor, o aclamado Walking the Hemispheres (2021). O processo criativo apresentado aqui reflete o excelente momento em que vive a banda, incluindo a manutenção do vocalista francês Steph Honde, que mantém o clima e a atmosfera mais pesados em relação ao longo histórico de canções mais melódicas, que caracterizaram o grupo ao longo dos anos. Sunesthesia chegou nesta semana às lojas brasileiras em formato físico, lançado pela gravadora MusiK Records, distribuído pela Die Hard Records e Voice Music e atingirá os EUA e Europa, assim como nas plataformas de streaming, a partir de 10 de março, via Deko Entertainment. Sunesthesia foi produzido por Fred Mika e Netto Mello, que fizeram um excelente trabalho. Além dos já citados Steph Honde (vocais) e Fred Mika (bateria), a Sunroad traz em seu elenco principal Van Alexandre (guitarras rítmica e solo), JP Costa (guitarra rítmica) e Gui N. Silva (baixo). O novo álbum Sunesthesia, como seu antecessor, traz uma constelação de convidados especiais, a começar pelo vocalista chileno Ronnie Romero (Rainbow/ Sunstorm/ The Ferrymen), que faz um belo dueto vocal com Steph Honde na faixa de abertura “Speed Waning #1”, que foi lançada como primeiro single, em formato de lyric video. O álbum ainda conta com Carl Dixon (Coney Hatch, Guess Who, April Wine) (dueto vocal em “Scanning Skies”), Michael T. Ross (Hardline, Lita Ford, Raiding Rock Vault) (teclados), Rafael Milhomem (BaRok-Projekto) (solos em “Speed Warning #1” e “Long Ago”), Ronnie Robson (Hollywood Monsters) (baixo em “Speed Warning #1”) e Mayck Vieira (guitarras adicionais). A masterização é assinada por Michael Voss. A bela arte da capa é assinada pelo desenhista inglês Tristan Greatrex (Lionheart, Vinnie Moore, UFO, MSG, Kiko shred, Sunroad, White Spirit) e traz motivos londrinos no cenário. A cereja do bolo fica por conta de uma bela versão cover de “Only my Soul”. A música foi lançada originalmente quando David Coverdale havia recém-saído do Deep Purple e criou seu projeto solo. O segundo lançamento deste projeto, Northwinds (1977) trouxe a canção “Only My Soul”, escrita por David Coverdale e que no ano seguinte foi incluída no cânom do Whitesnake, no lançamento da nova versão do EP Snakebite, e aqui recebe uma linda homenagem na bela voz e interpretação de Steph Honde.
Como já dito acima, Sunesthesia é o álbum mais pesado da discografia do Sunroad. Logicamente, dentre as 12 canções do álbum, encontramos um pouco de tudo. Há canções mais hard rock, há balada, mas também arranjos mais pesados, até com influência sabatiana, e claro a fusão hard-blues que acompanha esta nova fase da banda. Sunesthesia tem uma produção limpa, de alto nível, com arranjos encorpados, riffs marcantes, refrões que grudam e todos os ingredientes necessários para se fazer um grande álbum de rock and roll. A voz de Steph Honde é um capítulo à parte, porque eleva o nível das canções, trazendo um peso emotivo a mais. As músicas estão soltas, livres, entrando em nossos ouvidos sem pedir licença, fazendo o ouvinte se deparar com algo realmente grandioso, que veio para mostrar o poder e a fúria envolvidos na produção.
Sunroad
A audição de Sunesthesia se inicia com a fantástica “Speed Waning #1” e seu duo vocal com Honde e Romero. Uma linda linha de violino faz as honras da música, que logo descamba para um arranjo explosivo e acelerado. Um dos destaques ficam mesmo por conta dos vocais intensos e agressivos e seu refrão pegajoso. Como toda a faixa é acelerada, um solo extremamente rápido a embeleza ainda mais. Ótimo cartão de visitas. A seguir surge “Long Ago” com seu riff marcante e belo duo de guitarras. É uma faixa mais pesada, com afinação um pouco mais baixa, tornando seu som mais encorpado. Diga-se de passagem como já dito é um trabalho mais pesado, então várias canções trazem esse som levado para um pouco mais próximo do heavy metal. A voz de Steph Honde se faz muito confortável neste nível instrumental, e de quebra, mais um solo gradioso. “Scanning Skies” mantem o nível pra cima, mas mais aberto, com um riff bem característico e mais sacolejante. Um ótimo hard n’heavy. Aqui as guitarras dão as ordens. Uma das melhores faixas do álbum. “Drown” finaliza a parte inicial da audição com seu arranjo bem oitentista, como se tivesse levando os ouvintes de volta à década mais prolífica do hard rock. A música lembra muito os clássicos do grande David Coverdale, muito por conta até da semelhança vocal de Steph Honde com o líder do Whitesnake.
A parte intermediária da audição se inicia com a intensa “Seek Your Teeth Into Me”. Seu arranjo encorpado lhe confere um ar introspectivo. “By Any Means” é uma bela balada, embalada por linda linha de teclados na sua introdução e que acompanha toda a melodia. Belos arranjos vocais acompanhados dos dedilhados chorosos da guitarra a tornam ainda mais bonita. “Pieces of Fantasy” chega para nos jogar para o alto novamente com sua cadência pesada e de baixa afinação, conduzida por uma bela linha de baixo e um riff marcante. A seguir temos aquela que possivelmente seja a música mais pesada de todo o repertório do Sunroad, a sabatiana “Screen Screw”, com sua afinação bem baixa e arranjos que nos remetem aos áureos primórdios do Black Sabbath, da era Ozzy, porém com vocais mais limpos e menos agudos.
Estamos chegando à parte final da audição, com suas últimas 4 canções, iniciando com “Hit and Run”, que é uma faixa mais hard, aberta e alegre, abandonando a obscuridade da faixa anterior. A seguir vem aquela que considero a melhor faixa do álbum, a bela e bucólica “Asap (I Might Not Come Tomorrow)”, levada pela grandiosa linha de baixo, ao acompanhamento da bateria, que lhe confere um groove maravilhoso. Trata-se de um hard n’blues de tirar o fôlego e te leva em seu embalo cadenciado ao centro do salão para uma bela e sensual dança, além de um solo de guitarra inspiradíssimo. Perfeita em todos os sentidos. Aplaudo de pé. “Watch the Sparks Fly” é a última faixa original do novo trabalho, iniciando de forma mais ritmada, porém explodindo numa canção mais festiva e alegre, pra sacudir o ouvinte. Finalizando temos a bela versão de “Only my Soul”, como já dissemos, um cover de David Coverdale, interpretado de forma magistral e cheia de alma, como pede a canção. Um grand finale!!!
Bem, após ouvir integralmente o novo álbum Sunesthesia, percebemos como a banda Sunroad cresceu exponencialmente em relação a seu som, isto porque como já dissemos o direcionamento mudou com a entrada de Steph Honde nos vocais, levando o som da banda do melodic rock característico de seus primórdios para um hard rock mais encorpado, mais pesado, beirando em vários momentos o metal clássico, fazendo com que a banda, que sempre primou pela qualidade musical, se torne ainda mais forte mundialmente, atraindo um novo nicho de ouvintes, por assim dizer. Esta redatora que vos escreve não tem nada do que reclamar com este novo direcionamento, muito pelo contrário, espero que o Sunroad cative ainda mais os ouvintes fora do Brasil, não só pelo novo direcionamento musical, lógico, mas principalmente pela qualidade de seus músicos, que são perfeitamente capazes de criar uma obra-prima como vemos neste lançamento. Arranjos perfeitos, melodias marcantes, produção certeira, músicas que deveriam estar sendo tocadas nas rádios e sendo ouvidas e saboreadas por quem ama o rock’n’roll.
EXCELENTE. MUITO OBRIGADO !!!
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