Social Icons

sexta-feira, 27 de março de 2020

Brave - The Oracle - 2020 - Download


Gênero: Power Metal, Heavy Meytal

1. Intro
2. Firestorm
3. The Oracle
4. We Fight for Odin
6. Wake the Fury
7. Fall to the Empire
8. We Burn the Heart

Link 01
Link 02

LISTEN



Oriunda de Itu (São Paulo) o Brave – banda formada por Sidney Milano (vocal),Carlos Bertolazi (guitarra),Ricardo Carbonero (baixo) e Carlos Alexgrave (bateria) – lançou, em plena pandemia, seu novo álbum, “The Oracle”. Sucessor de “The last battle” (2012) e de “Kill the bastard” (2016), esse petardo representa mais um bom trabalho na carreira do grupo, que passa das duas décadas.


Um dos subgêneros mais saturados do heavy metal é o power metal. Há um número incontável de bandas que optam por essa sonoridade ao redor do mundo, o que torna difícil se destacar no meio. Ciente disso, mas decididos a manter o legado de bandas como Manowar e, principalmente, Grave Digger, o Brave trouxe um pequeno, mas importante, ingrediente à fórmula: o peso. Não que o power metal não seja pesado (essa é uma de suas características). O que o Brave fez foi adicionar mais peso à ele, mas de uma forma equilibrada, nunca quebrando a fronteira que separa o power de subgêneros ainda mais rápidos, como o thrash ou o death.


Mesmo optando pelo que eles mesmos chamam de brutal power metal, o Brave não foge à fórmula criada e consagrada por bandas alemãs dos anos 1980. “The oracle” é um álbum redondinho, pesado e totalmente voltado para as guitarras de Carlos e os vocais de Sidney que, em muitos momentos, lembra muito Chris Boltendahl, da citada Grave Digger. Quando ouvi o álbum da primeira vez, até pensei que o vocalista alemão tinha feito alguma participação especial no álbum, tamanha a semelhança de seu timbre vocal com o de Sidney.


Estruturalmente, “The oracle” também segue a fórmula do power metal, começando com uma intro instrumental, chamada justamente “Intro”, antes de mostrar ao que veio com “Firestorm”. Daí em diante, o Brave investe em temas caros aos fãs do power metal em letras de músicas como “The oracle”, “We fight for Odin” e “Valhalla”.


Outra característica cara ao power metal, além de um trabalho consistente nas guitarras – algo que Carlos faz com louvor – são as letras com refrãos “grudentos”, daqueles que você escuta uma, duas vezes e não tira mais da cabeça. “We fight for Odin”, “Valhalla” e “Wake the fury” são músicas onde essa característica se destaca. Aliás, “Wake the fury” é uma daquelas músicas típicas onde é bastante difícil não ceder à tentação de prejudicar o pescoço em uma bela sessão de headbanging.


Além das cinco faixas acima citadas, “The oracle” ainda conta com “Fall to the empire” e “We burn the heart”, uma música onde o Brave tira totalmente o pé do acelerador e fecha um trabalho cujo único defeito (por falta de uma palavra melhor) é a duração. “The oracle” é um álbum curto se comparado com a maioria dos trabalhos de power metal que circulam por aí. Por outro lado, isso pode ser uma boa, já que a banda vem, dá o seu recado e deixa aquele gosto de “quero mais” nos ouvintes.


Resumindo, “The oracle” é um excelente registro do Brave que mostra, mais uma vez, a força que o heavy metal ainda tem no Brasil, especialmente no interior do país. Extremamente recomendado para fãs de Grave Digger e similares.

Nenhum comentário:

Postar um comentário