01. The Fools Trap Symphony
02. Serpent's Tongue
03. Dead Inside You
05. Against the Tide (feat. Caio Pimentel)
06. I Am Free
07. Bloodstained (feat. Vitor Veiga)
08. Intimate Wounds (feat. Matt Marinelli)
09. Colibri
11. Ego Absence
12. Reached Answers
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Nunca é fácil falar de uma banda que lança seu primeiro trabalho, mas espero que gostem dessa resenha, é um ótimo álbum e quem ainda não ouviu, corre, pois o trabalho é de muita qualidade.
The Fools Trap Symphony, é uma breve intro orquestrada, bastante pomposa em seu uso de cordas e sinos, com ótimo ataques e com a altura das notas sendo bem divididas, começa o álbum da Ego Abscence.
Serpent’s Tongue já começa bem veloz no, que tem seu tradicionalismo no power metal, e olha me lembrou Kamelot na época do álbum Epica, e isso é maravilhoso, porque é uma ótima lembrança ,de uma ótima banda, a cama feita pelos teclados é algo fundamental nessa faixa, faz toda a diferença, Raphael mostra como já está experiente e maduro como vocalista, sua técnica já é mais apurada que daquele jovem vocalista que esteve na banda Caravellus, tem agressividade e suavidade nessa música e uns belos vibratos, os backing vocals dessa música também é algo a ser notado, Guto Gabrelon deixa sua bela marca no solo de guitarra, ótima faixa titulo e ótima faixa de abertura.
Dead Inside You – Quem gosta de Power Metal , vai de fato gostar dessa banda, eu to bem empolgado com ele, porque me faz lembrar de boas bandas, e isso não é cópia, é referência , inspiração e quando você ouve os traços mas, com a personalidade da banda resulta no que você vai encontrar nesse álbum, e tudo isso só por que causa dessa faixa, faixa veloz, riffs bacanas, e em alguns momentos, Guto usa tercinas que é algo moderno, mas a banda não perde o seu tradicionalismo, um belo solo com um pouco mais de feeling, e o arranjo de cordas comandando e ditando o ritmo da canção, é uma das faixas de destaque do álbum.
Let it burn, foi o primeiro single divulgado, eu gostei por ser algo que mostrou um certo peso, mas na parte vocal, num instrumental um tanto cadenciado, claro que até o meado da música, porque ela logo mostra que é uma faixa que explora tudo, andamento cadenciado, rápido, vocais mais agudos, mais baixos, um grave(mesmo que breve), mas não menos interessante do Raphael, tem um solo que mesmo que fique entre o rápido e o lento, é feito com feeling e isso é realmente legal, é uma ótima faixa de trabalho,
Against the Tide, é pesada progressiva na sua intro, e já no vocal um alívio, mas não é que estava ruim não, era o andamento que cai, e isso ficou excelente, o vocal veio conduzido a bem a faixa. A bateria ta com um trabalho muito bacana nessa música, mudanças de andamentos que se mostram precisas nessa música , o dueto entre Raphael e Caio Pimentel como belíssimo Gutural também é algo que merece ser notado, além do solo de guitarra, Guto aparece nesse álbum como se fosse esquentando as mãos e seus solos vem ficando mais técnicos e bonitos conforme o álbum é tocado.
I am Free, começa bem lenta com teclado, e com um lance prog/power, parecido com Circus Maximus, ganha sua força, mas não em velocidade, ela é aquela faixa que quebra o álbum pro cara poder respirar, e como eu disse: Guto veio novamente no feeling, o uso de sinos, os teclados e o riff bem prog após o solo fizeram dessa música uma das minhas faixas favoritas, grande destaque pra ela, Raphael usando o melisma no metal é algo raro pra quem não sabe, é preciso que você saiba o que é e como executar e esse cara sabe e muito bem, eu to mesmo orgulhoso do que estou ouvindo.
Bloodstained e voltando ao power metal, essa faixa é mais na leva tradicional, eu vejo muitas influências nessa bandas, mas tudo com sua própria característica, é difícil fazer isso, mas eles fizeram, nessa faixa você ouve um traço de Savatage / Circle ll Circle, mas claro são traços, o resto os caras fizeram com sua própria personalidade, a divisão vocal é um destaque, Vitor Veiga cumpriu muito bem sua participação como convidado nesse álbum, e mais uma vez eu vou citar o Guto, solo bem legal, porém com guitarras fazendo dobras, o que deixou ainda mais bacana, ótima faixa, é daquelas soam uma mais animada.
Intimate Wounds eu confesso que era a faixa que eu estava mais ansioso pra ouvir, ela conta com a participação de Matt Marinelli, do Borealis, as guitarras estão dobradas, isso ficou lindo, os teclados mais evidentes novamente, ela tem aquele ar sombrio e pesado, influências dos dois vocalistas, cuja banda é o Evergrey, e fizeram um excelente dueto, Matt fez um excelente participação nessa faixa, e como sempre Guto fez um belo solo, curto, mas é o que a música pede(você vai entender isso), 5:40 muito bem trabalhados, e como eu tinha falado da atmosfera da música, ela terminou densa e muito bem , por sinal.
Colibri, tem um começo singelo, bem como de um beija-flor, da aquela quebrada na música anterior, é como uma canção de ninar, mas com umas pompas, tem uma marcha suave, bela orquestração, Raphael cantando bem suave e bem confortável, é a grande balada do álbum, um tanto triste em sua melodia, mas não menos importante no álbum.
G.O.D. É a tradicionalíssima faixa Speed, veloz e direta e seus poucos mais de 5 minutos, Raphael ta cantando um pouco mais forte como na primeira faixa, e tem umas divisões vocais em algumas partes da música, tudo isso com contratempos, e imagino que pode ser uma das faixas mais difíceis de ser executadas ao vivo, tem sua parte instrumental bastante puxada em nível técnico, uma das melhores faixas do cd.
Ego Abscence é a faixa que carrega o nome da banda, tem pouco mais de 5 minutos, essa é a média de tempo das faixas, eu sei que já é o final do texto pra dizer isso, mas é um álbum um tanto extenso, tem seu conceito.
Vem bem na pegada Middle Eastern ou somente árabe, em vocal, com a guitarra, e o uso de cítara, e logo mais vem o peso, claro mantendo a escala indiana, quem ouvir lembrará dos tunisianos do Myrath, o teclado fazendo sua cama mostrando que ele é fundamental nesse tipo de sonoridade, e claro com essas características e eu sou adepto do Power Metal com teclado também, uma bela melodia vocal feita pelo Raphael, teve suas partes agressivas e menos agressivas eu diria que gruda, é só você ouvir mais de uma vez, novamente um belo solo de Guto, e ótima bateria feita pela banda.
Reached Answers é uma faixa instrumental com um belo Piano e violinos, ou cordas, um arranjo singelo, simples, porém muito bonito.
A Ego Abscence estrou em 2020, com esse belo trabalho, por se tratar de um álbum de Power Metal, os fãs do gênero, eu creio que gostarão do que foi apresentado, um álbum com nuances, e um belo conceito, nível técnico alto, um álbum muito bacana, grande(o que não é ruim) , pesado, bem pensado em suas participações, sem contar a capa que é magnifica, mas um álbum bem trabalhado, quem acompanhou o processo de criação desse álbum sabe o quanto ele representa para os músicos presentes, espero que venha logo os próximos trabalhos desta excelente banda.
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