Gênero: Doom Metal, Stoner Metal
1. Witches' Sabbath
3. Hand of God
4. Blood Mists
5. Moloch's Children
6. The Myth of R'lyeh
7. Thulsa Doom - Instrumental
8. The Prayer
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O temível segundo disco... Tido por muitos como aquele que define o destino de um artista, afinal pode ser um atestado de que o artista veio mesmo para ficar ou de que não passou de apenas uma promessa não concretizada. Para os mineiros do PESTA, “Faith Bathed In Blood” (2019), veio confirmar a banda como uma das melhores da cena stoner/doom do momento.
O disco é sucessor do ótimo “Bring Out Your Dead” (2016). Durante a audição, você percebe que a identidade da banda foi preservada, mas é visível (audível na verdade) como ela evoluiu em apenas três anos: ganhou uma roupagem mais sombria, tanto nas letras baseadas em religião, ocultismo, bruxaria, fanatismo, loucura, sacrifício, etc., quanto no instrumental; os solos estão mais presentes do que antes e os vocais do franzino Thiago Cruz são sem dúvida, um dos pontos altos do disco: firmes, melódicos e limpos.
As três primeiras músicas são as mais stoner/rock setentista: a sabbática “Witches' Sabbath” que já vinha sendo executada ao vivo pela banda, “Anthropophagic“ um pouco mais arrastada e densa do que a anterior e “Hand Of God” com toda sua força, uma faixa que com certeza vai cair muito bem ao vivo graças a força do seu refrão.
A sinistra “Blood Mists” quebra um pouco essa fase por conta da sua atmosfera misteriosa bem interessante graças ao suave dedilhar de guitarra.
“Moloch's Children” traz todo o peso do doom, raiz musical da banda. Baixo e guitarras caminham juntos e o uso de vozes simulando um coral conferiu uma cara bem legal a música. “The Myth Of R'lyeh” é uma das melhores faixas do disco e posso dizer da carreira da banda, sem dúvidas. Possui boa letra, timbres de guitarras sensacionais e um show à parte do vocalista Thiago Cruz.
“Thulsa Doom” é uma curta faixa instrumental que abre caminho para a melancólica “The Prayer” fechar o disco de forma bem lúgubre com seu andamento lento, marcado pelas guitarras e prato de condução. O som do sino ao fundo ajudou a criar o clima quase de marcha fúnebre rumo ao final do disco. A parceria com o produtor André Cabelo (Engenho Studio) foi mantida e mais uma vez se mostrou acertada: o cara sabe como ninguém registrar toda a intensidade que a banda possui.
A partir de abril está marcado o lançamento em mídia física (cd, vinil) via Abraxas, portanto, fiquem ligados! O disco foi disponibilizado pela banda na sua página no Bandcamp para audição gratuita, confira.
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