Gênero: Doom Metal, Heavy Metal
1.Witches of Lucifer
2.Time to Mourn the Earth
3.Wait
4.Shattered Mirror
5.Chrisalism
6.Lucidity
7.The Secret Place
2.Time to Mourn the Earth
3.Wait
4.Shattered Mirror
5.Chrisalism
6.Lucidity
7.The Secret Place
LISTEN
O Metal Nacional sempre nos enche de orgulho. A grande profusão de bandas oferece diversidade e o tempo tende a selecionar e – naturalmente – destacar aquelas que apresentam algo mais especial.
Em seu terceiro disco, o Fallen Idol cumpre com méritos a tarefa de dar prosseguimento ao excelente “Seasons of Grief”, de 2016. O Doom Metal transparece bem representado em uma leitura moderna, sem que os músicos se sintam presos a maneirismos que alguns podem compreender como “cláusulas pétreas” do estilo.
A capa já anuncia essa quebra de restrições, usando mais cores que os trabalhos anteriores, mas ao mesmo tempo revertendo esse recurso, com a chapação das mesmas, diminuindo os impactos de lilás e amarelo em proveito de um tom mais sóbrio. A gravação realizada no No Limits Studio, por outro lado, não se conteve no sentido de gerar brilho, através da qualidade e equilíbrio dos elementos que compõem as músicas.
A abertura com “Witches of Lucifer” já coloca a audição nos pontos mais elevados de intensidade, com a bem sacada ideia de convidar a cantora Paula Nogueira para abrilhantar o refrão e concedê-lo uma dramaticidade quase cinematográfica. Perto do final, o baixo de Márcio Silva entrega um pequeno solo que serve de antecipação para um trecho onde o peso e o tom épico surgem redobrados. A partir de então, não se baseie pela ordem das letras no encarte, pois as mesmas foram espalhadas. “Time To Mourn The Earth” é a canção seguinte e inicia com o andamento um pouco mais contido. As músicas são do guitarrista Rod Sitta e suas vocalizações dão os toques interpretativos agudos necessários para as mensagens contidas nas letras escritas por Márcio Silva.
Em “Wait” a desolação e o pessimismo parecem incorporados na melodia, mas “Shattered Mirror” começa fazendo o contraponto no andamento, embora renda-se em sua parte final ao clima épico e melancólico. Seja em que forma for, as batidas de Ulisses Campos são essenciais para reforçar as intenções das músicas. A próxima composição, porém, prescinde de tambores, pois trata-se de uma melodia instrumental, “Chrisalism”, criada e executada por Márcio Silva.
São o baixista e o baterista os principais responsáveis pela base de voz da faixa “Lucidity”, enquanto a guitarra de Sitta faz as pontuações de impacto. A última composição do disco, “The Secret Place”, é de autoria integral de Márcio e a sua curta letra é declamada de forma contida, quase como se fosse um mantra. Com “Mourn The Earth”, o Fallen Idol segue consolidando a característica de banda da qual sabemos o que esperar, mas que concomitantemente pode nos surpreender. Também é fato que se trata de uma banda que já passa a gerar expectativas sobre o que eventualmente apresentará em novos trabalhos. Escrever essa resenha, afinal, sobre um álbum que foi lançado há mais de um ano, não foi apenas uma forma de lidar com essa espera, mas também uma oportunidade de revisitar esse material, que foi escolhido por este redator como um dos dez melhores lançamentos nacionais de 2018.
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