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segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Jailor - Stats Of Tragedy - 2015 - Download


Gênero: Thrash Metal

1. G.O.D.
2. Human Unbeing
3. Stats of Tragedy
4. Throne of Devil
5. Merciless Punishment
6. Jesus Crisis
7. The Need of Perpetual Conflict
8. Ephemeral Property
9. Six Six Sickness

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Quando eu começo a escrever alguma resenha, faço todo o possível para não utilizar, em meu texto, frases feitas ou chavões. Por exemplo: Dizer que o disco “Stats Of Tragedy”, da banda curitibana Jailor, é uma “avalanche incessante de riffs”.


Mas tem momentos que não dá pra evitar. É quase obrigatório recorrer a esse expediente, porque não poderia ser expresso, de qualquer outra maneira, com mais acerto. Esse disco É uma avalanche incessante de riffs, e isso não é uma metáfora. É a precisa definição!


O Jailor não é uma banda novata. Já estão a caminho de completar 20 anos de atividade e o presente trabalho é o seu segundo álbum, lançado dez anos depois da estréia, com o disco “Evil Corrupts”. Portanto, quando eles se definem como Brazilian Thrash Metal, percebemos que sabem exatamente do que estão falando e sua sonoridade não nasceu do acaso. Seguem a mesma linha que formatou bandas como Witchhammer, Attomica e Korzus, com aquela pegada que torna o nosso cenário único, diferenciado das escolas alemã e americana.

 
“Stats Of Tragedy” não irá lhe oferecer nenhum momento de repouso. São oito músicas rápidas, embaladas por uma capa muito bem sacada, onde os únicos momentos em que a melodia se faz presente é na hora dos solos, sendo que esse é um assunto à parte. Os solos das músicas do Jailor são de extremo bom gosto, muito bem trabalhados e com um feeling tão vibrante que, sempre que aparecem, conseguem enriquecer a música com melodia, mesmo quando são tocados em rápida velocidade. O trabalho de guitarra nesse disco, executado por Daniel Hartkopf e Alessandro Guima, tanto em solos quanto em bases, é digno de destaque, e encontra a necessária contrapartida no desempenho do baixista Emerson Niederauer e do baterista Jefferson Verdani. Somente dizer que essa dupla é a responsável pela base, seria minimizar sua atuação, não lhes dando o devido crédito. Ambos são músicos detentores de habilidade e recursos para enriquecer os arranjos com quebradas, preenchimentos e variações diversas, tornando, cada música, uma peça de violência sobre a qual Flávio Wyrwa pode liberar à vontade o seu vocal furioso.


Da mesma forma que os músicos do Jailor encontram-se no mesmo patamar de excelência, as faixas do disco possuem tal equilíbrio entre si que não seria justo dizer que uma ou outra é a melhor. O trabalho do conjunto é tão apurado que não é incomum, em certos trechos, identificarmos  algumas levadas que nos fazem lembrar do poderoso Death, do saudoso Chuck Schuldiner, principalmente na fase de seus três últimos discos. Essas similaridades já são esperáveis, pois o nosso Thrash Metal sempre foi muito afinado com o Death Metal. O Jailor atende a essa expectative e faz jus ao estilo que pregam executar. Nosso cenário merece bandas assim!

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