Gênero: Black Metal
1. The Sleep Of Satan
2. Pelas Desgraças De Deus
3. Domination
4. Eu Vejo O Fim
5. Liberty To Satan
6. Impiedoso
7. Fire
8. Master Of Darkness
9. Demônio Da Sedução
10. Under The Moon's Domain
2. Pelas Desgraças De Deus
3. Domination
4. Eu Vejo O Fim
5. Liberty To Satan
6. Impiedoso
7. Fire
8. Master Of Darkness
9. Demônio Da Sedução
10. Under The Moon's Domain
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Para quem gosta de blasfemar nos portais mais escuros da música negra, irá se identificar com a horda IMPIEDOSO. São quase vinte anos de servidão ao Black Metal, e, a vertente mais extrema do Metal Nacional só tem a ganhar com o nome da horda, já que os mesmos praticam certas influências da década de 80/90 em seus cânticos, explorando uma timbragem mais orgânica dos instrumentos, resultando em uma harmonia singular, seca e direta para dar um ar mais malditos em seus “petardos”, sem muito se basear nos padrões, mas com uma proposta calçada no Raw Black Metal em sua verdadeira essência e ideologia, onde para mim, é o verdadeiro Black Metal, ríspido, cru e sem piedade.
Desde sua formação, a horda tem três registros em (Demos), mas só em 2017, o Impiedoso conquista o seu primeiro full – álbum, e, é um dos melhores trabalhos da horda, pois quem espera por uma fúria bestial, o disco “Reign In Darkness” é bem impiedoso nesse contexto, e, os admiradores do culto negro irá se banhar em seus agouros.
Já o full – álbum “Reign In Darkness” apresenta dez “petardos “, onde se mesclam cânticos interpretados em português e inglês, no que se refere a esses contextos, agrada muito, pois o disco tende ter um ar mais “Cabuloso”, justamente por sua dinâmica harmoniosa, já que essas junções se casaram perfeitamente com a estrutura do full. O disco tem bons riffs, bem estruturados e ríspidos, em certos momentos soam meio cru, mas tudo isso é para dar uma ambientação negra e gélida ao corpo do álbum.
A rítmica presente no disco é direta, mas com Blast Beats super rápidos, já algumas composições presentes no “Reign In Darkness” possuem sintetizadores de leve ao fundo, justamente para criar uma ambiente obscuro em trechos fazendo uma boa ponte entre as conduções da composição. Os vocais empregados no full já é algo típico que encontramos no Black Metal, mas o Azoth os conduz com uma boa harmonização, se casando perfeitamente ao contexto lírico do disco.
Mais enfim, vamos aos “petardos” do full – álbum “Reign In Darkness”. O mesmo já começa de uma forma bem marcante pelo interlúdio sussurrado e dedilhado no violão de “The Sleep Of Satan”, já criando uma ambientação saturna. Em seguida, somos brindados pelo cântico “Pelas Desgraças de Deus”. A mesma tem uma sonorização bem marcante, já que seus riffs são afiadíssimos.
Já na terceira faixa, o ambiente é mais calmo, pois a levada de “Domination” tem uma pegada mais groovada, onde os elementos da composição é mais trabalhado, trazendo uma harmonia para dentro do disco, bem agradável, fugindo um pouco daquele lado muito ríspido, mas tendo o seu ar soturno bem elevado ao cântico (uma entre outras que podemos destacá-la). Outra que trás um ar sombrio, é a faixa “Eu Vejo o Fim”. Aqui o trabalho da bateria se destaca, fazendo uma ótima introdução para composição, já que a própria faixa abusa entre o cadenciado e velocidade, além de trazer um ar saturno em sua melodia, fora os vocais agonizantes que se somam (um dos bons momentos do Full), sem dúvidas.
Já, em “Liberty To Satan”, o pau come solto em riffs ríspidos, que se somam ao Blast Beats diretos conduzidos por Aldebaran. Não fugindo muito de sua antecessora, temos a faixa “Impiedoso”, com uns bons “punchs” em sua extensão, além de ser alimentada de muito ódio, o destaque desse cântico, são as duas ambientações presentes na composição que se variam, fora a narração presente que causa um ambiente de puro horror. Em “Fire”, o disco volta a ganhar aquele lado mais bestial. Já o próximo “petardo” fica a cargo “Master Darkness”, outra que se destaca por suas melodias soturnas, justamente pelo o ótimo acréscimo do baixo que explora bases sombrias.
E, novamente o baixo se faz presente no próximo cântico, mesmo tendo um certo ar de Heavy Metal em sua introdução, a forma que o instrumento explora as harmonias, ele dá um ar sombrio à faixa “Demônio da Sedução”, fora os riffs certeiros e afiadíssimos que torna o pacote de “petardos” em um bom disco. E para fecharmos os serviços dos portais negros, temos o cântico “Under The Moon’s Domain”, que é uma das surpresas desse disco, além dela ser totalmente bestial, ela apresenta uma harmonização bem estruturada, melhor faixa para fechar não poderia ser (pois a composição é a mais explorada em termos de harmonia, todo o seu conjunto é bem trabalhado, é uma das faixas mais longa do full).
Sem sombras de dúvidas, o Metal negro brasileiro só tem a ganhar com o registro de Reign Of Darkness. E que a horda Impiedoso siga blasmefando por muitos anos a alma dos impuros!. Hail!
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