Gênero: Alternative Rock
01 - The End Has Begun
02 - Fade
03 - Pressure
04 - Dirty Ashtrays
04 - Dirty Ashtrays
05 - Fast Turnover
06 - Where Will The Children Live
07 - Ministry Of Ghostland
08 - Black Again
09 - When The Madness Fills The Space
09 - When The Madness Fills The Space
10 - Out Of Time
11 - Dream Brother
11 - Dream Brother
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Fade é o primeiro álbum da recém formada banda Remove Silence ( afinal eles se agruparam em 2007 ) que é composta de Hugo Mariutti ( ex-Shaman, atualmente no Henceforth e também na banda solo de André Matos ) comanda os vocais e guitarra, Fábio Ribeiro ( ex-Shaman e Angra e também na banda de André Matos ) nos teclados, Alexandre Souza no baixo e vocais, sendo completado por Edu Cominato ( ex-Tempestt e que também integra a banda solo de Jeff Scott Soto ) na bateria e vocais. Como já deu para perceber, mesmo sendo uma banda com suas atividades iniciadas há menos de dois anos, temos músicos com muitos e importantes serviços prestados ao heavy metal nacional, e porque não dizer mundial. O resultado da química que será encontrada em Fade é um som muito diferente do que normalmente você imaginaria ao ler os nomes envolvidos no projeto. A produção ficou a cargo dos membros da banda e a masterização do israelense Appel Baum.
Os efeitos sombrios e estranhos de The End Has Begun abrem o CD e, rapidamente transformam-se em um som mais caótico e progressivo cheio de uma percussão envolvente, momento ao qual, pela primeira vez já me rendo ao talento de Edu Cominato. A voz de Hugo Mariutti é ouvida em meio à uma grande distorção de guitarra e muitos solos de teclados sendo aplicados no decorrer de The End Has Begun. Em seguida é a vez de Fade, música alternativa e de certa forma, mais dançante, que intitula a primeira incursão do Remove Silence no formato de CD. Fade evidencia o baixo de Alexandre Souza, mas não pense que o peso é esquecido, pois num clima apocalíptico que lembra Paradise Lost, o que se ouve é muita percussão e muitos solos de guitarra. Com Pressure já ouve-se uma ótima seqüência na bateria de Edu Comunitato, os gritos de Alexandre Souza e Hugo Mariutti realizando competentes riffs em sua guitarra. Estes fatos somados causam andamento cheio de grooves que pode ser considerado como " uma das trilhas sonoras do final do mundo ", pela cara diferenciada de Pressure.
Os acordes tristes do piano de Fábio Ribeiro elevam à superfície Dirty Ashtrays, que após um mergulho na melancolia recebe uma dose de ânimo com os vocais, lembrando um pouco de Alice Cooper em uma letra onde se diz que para suportar os dias se faz necessário pírulas, cigarros e realizar questionamentos sobre a existência. As inversões de ritmos, dão a Dirty Ashtrays os pontos necessários para ser considerada uma das melhores de Fade. Em Fast Turnover são exibidos efeitos que mais parecem que acontece uma oscilação na energia para em seguida Hugo Mariutti e Alê Souza cantarem juntos de uma forma mais calma os versos que evoluem para uma música muito mais pesada e caótica. A seguinte é Where Will The Children Live e a linha seguida pelo Remove Silence é de uma balada bem desoladora, mas, após os primeiros versos, sons de conversas são ouvidos e aí o batera Edu Cominato solta a voz e aplica outra dose emocionante ao continuar a cantar. Além disso, ele é responsável junto com Fábio Ribeiro na concretização da triste viagem que culmina em um momento pesado, questionando o destino das crianças e encerra Where Will The Children Live em clima de trilha de filme sem encontrar uma resposta plausível.
A pesada Ministry Of Ghostland é dotada de muitas variações de ritmos que sobem ao apogeu mesmo quando a sessão de efeitos sonoros são comprimidos pelo poderio da guitarra de Hugo Mariutti que não ataca sozinho, pois o baixo e a bateria vem fortemente intensos. A seguinte é Black Again, que apresenta efeitos espaciais bem 'pinkfloydianos', tanto que com uma melodia bem viajante encontramos versos emocionantes. Com Edu Cominato fazendo os vocais principais de When The Madness Fills The Space, o Remove Silence quis ao final deste CD continuar com a jornada progressiva, para confirmar basta observar atentamente o violão e a guitarra que ditam o sensacional ritmo desta nona faixa de Fade. A maneira que os riffs são realizados tornam esta música ainda melhor e outro destaque vai para a atuação de Fábio Ribeiro que deixa sua marca nos solos de teclados.
O início melancólico, progressivo e cheio de violinhos de Out Of Time prepara o ambiente para que o baterista Edu Cominato possa trazer o peso de uma forma que o som fique acima de rótulos conhecidos. A combinação final de bateria, guitarras e teclados, fazem Out Of Time também chegar ao nível das melhores do disco. Dream Brother foi escrita por Jeff Buckley e vem para encerrar Fade com uma sonoridade mais sinistra e diferente de quase tudo que já foi ouvido anteriormente, mas com muito peso, seja na bateria ou nos solos de guitarra.
Em suma, Fade apresenta sonoridades mais alternativas, peso tipicamente heavy metal, influências de rock progressivo e até um pouco de doom, com toda essa mistura realizada competentemente pelos integrantes, Fade não é rotulado facilmente, e como também não sou adepto de rotulações, afirmo aqui que é um álbum que merece ser ouvido com atenção e várias vezes, pois é necessário digerir a arte em várias sessões de audição, e fazendo isso, caro leitor(a) você irá com certeza captar a mensagem e apreciar ainda mais o Remove Silence.
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