Gênero: Thrash Metal
01. Fleeing Terror
02. Murders
03. Mission
04. Lucky
05. Cure and Disease
06. Toy Soldier
07. Keep Yourself Alive
08. Marching Over Lies
09. Apocalypse Watch
10. A Circus Called Brazil
02. Murders
03. Mission
04. Lucky
05. Cure and Disease
06. Toy Soldier
07. Keep Yourself Alive
08. Marching Over Lies
09. Apocalypse Watch
10. A Circus Called Brazil
Link 02 (FLAC)
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É uma singular coincidência que esse disco tenha sido selecionado para resenha no momento em que o país sofre a ocorrência de mais uma tragédia. Dessa feita, uma de natureza cultural, que se soma àquelas tantas outras de natureza ambiental, social, e tantas diversas que, de tempos em tempos, vem nos escancarar a falência generalizada de valores que domina o nosso cotidiano.
As cinzas geradas pela fumaça que queimou nosso principal Museu se acomodam confortavelmente sobre a lona do circo que se tornou nosso lar. Estilos de música mais populares ganham espaço cantando sobre como somos felizes e bronzeados, desfrutando de nosso sol e mar, mas cabe aos estilos de música mais undergrounds a função de mostrar que faltam alguns dentes nos nossos sorrisos e, por isso, a nossa posição é de súplica no meio do picadeiro, com as mãos espalmadas para cima, em divergência dos braços abertos das instituições que nos cercam.
A banda que nos propõe essa reflexão não é novata na arte de exprimir fúria e revolta. O MX tomou de assalto o ano de 1988, com o álbum “Simoniacal” e virou uma febre entre as formações nacionais. Trinta anos depois, a violência sonora que caracteriza sua música não arrefeceu um milímetro, mas hoje é amparada por uma melhor produção, por composições mais estruturadas e execução mais precisa nos instrumentos. Em seus primórdios, eram caracterizados pelo tipo único de Thrash que apenas os brasileiros conseguiam gerar; hoje, agregam elementos de modernidade que amplificam suas formas de soar agressivo.
Para constatar, basta apreciar o Groove Thrash que permeia “Murders” ou a melodia vocal do refrão de “Mission”, com toques noventistas. “Lucky” passeia pelo Hardcore, através da força de seus backing vocals, e a levada mais cadenciada de “Cure and Disease” faz com que essa faixa seja um dos grandes destaques do álbum, oferecendo uma abordagem distinta da velocidade que caracteriza a sequência que lhe precede.
O baterista Alexandre Cunha chama a atenção com sua performance intensa e variada e é um dos grandes destaques na condução de “Toy Soldier”, enquanto que “Apocalypse Watch” torna a explorar a ampla gama de variações de andamento. Porém, da mesma forma que o álbum abriu com o Thrash sem concessões de “Fleeing Terror”, ele torna a criar o mesmo impacto com a faixa título em seu final, fazendo deste um trabalho vitorioso em sua proposta, mas melancólico em sua mensagem, como reflete a melodia tocada em seus últimos segundos, afinal, este circo que observamos não é o paraíso da alegria e da fantasia, mas o maior espetáculo da terra do descaso e da corrupção. Felizmente, bandas como o MX não se furtam de nos convidar a ver o que está atrás das cortinas.
Formação
Alexandre Cunha – vocal, bateria
Alexandre “Dumbo” – baixo
Alexandre “Morto” – guitarra, vocal
Décio Jr. – guitarra
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