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quarta-feira, 19 de junho de 2019

Flagelo - Vale De Horrores - 2018 - Download


Gênero: Thrash Metal, Death Metal

1. Arrepio do Medo
2. Pesadelo
3. Vingança Real
4. Ódio
5. Tortura
6. Vale de Horrores
7. Necrofilia
8. Guerreiros da Morte
9. Conflitos
10. O Supremo Poder

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Os ciclos nunca param de se mover. Dia após dia, bandas novas surgem, enquanto outras se desfazem ou se pulverizam em formações diversas. É a oxigenação do cenário.


Mas o cenário necessita de uma cola, uma base firme sobre a qual essa movimentação possa se dar, e ela é estabelecida pelas bandas veteranas, que atravessam o tempo sem perder a fúria que as gerou. Entre tantos nomes fundamentais do Metal de Fortaleza, uma dessas bandas é, sem dúvidas, a Flagelo.


Já se vão incríveis vinte e cinco anos de missão. Uma Demo, um EP e muitos, muitos shows. Mudanças de formação foram inevitáveis, mas a banda sempre se reergueu e, hoje, colhe os frutos da realização de seu primeiro álbum completo, já lançado digitalmente desde 2018.


Uma intro climática e você é arremessado para dentro do “Pesadelo”. Sim, esse era o nome da primeira Demo e boa parte do repertório de “Vale de Horrores” foi resgatada do material antigo. Não convém fazer comparações, pois o tempo que separa as versões é amplo e a produção agora está bem melhor, então convém constatar a fúria concentrada que aqui é desencadeada. Guitarras que produzem cortes com riffs afiados e o vocal demoníaco de Elineudo Morais. As influências de Kreator da safra “Endless Pain”, misturadas com o Thrash brasileiro dos anos 80, são notórias e confirmadas na faixa seguinte, “Vingança Real”.


Pelo que vimos até agora, chega a ser até meio óbvio que haja uma música chamada “Ódio”, pois esse sentimento está espalhado por toda a duração do disco. A atuação da dupla de guitarristas, André Noronha e Anderson Nunes, é extremamente violenta, enquanto que Léo Peixe intercala as suas linhas de baixo com partes soladas carregadas de feeling e desenvoltura, como se observa em “Tortura”, por exemplo.


O arranjo, repleto de variações na parte instrumental, deve ter sido o motivo da escolha de “Vale de Horrores” para nomear o disco. Uma faixa matadora e que não lhe concede pausas, pois, na sequência, uma virada de bateria de Pedro Lima dará o início a “Necrofilia”. O solo melódico, executado sobre uma base dedilhada, torna-se mais evidente aos nossos sentidos e é um dos melhores aqui.


“Guerreiros da Morte” e “Conflitos” possuem todos os predicados que listamos até agora. O trabalho termina com a porrada de “O Supremo Poder”, que também capricha nas mudanças de andamento após a bem trabalhada introdução. Seu defeito é o de ser tão boa que parece menor do que realmente é. Talvez possa se pensar que demorou muito para que o Flagelo finalmente disponibilizasse seu álbum, mas eu acredito que ele surgiu no momento em que tinha que surgir. Nove faixas bem escolhidas, apresentadas por uma formação afiadíssima. É o disco que o Flagelo merece. É o disco que o cenário de Fortaleza merece e deve escancarar para o resto do Brasil e do mundo. É o nosso Flagelo!

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