Gênero: Folk Metal
1.Os Quatros Cavaleiros Do Alcoolcalypse
2.Halsael, Cavaleiro Do Hidromel
4.Greco, Rei Pirata Do Rum
5.Orloff, Erudito Da Vodka
6.Old Blend Jack, Cavaleiro Do Whiskey
7.Senun Roinuj, Sommelier Dos Licores
8.Deuses Alcoólicos Do Bar
8.Deuses Alcoólicos Do Bar
9.Fonollosa, Libertino Do Vinho
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Mesmo quem gosta de tomar sua bebida, vez por outra, tem aqueles dias que está a fim de ficar sóbrio, curtindo outra vibe. Ele vai relaxar e coloca um disco para tocar. Senta e percebe que a primeira faixa é quase um cântico gregoriano, um chamado solene que começa a lhe despertar uma certa sensação. Sede? É o que parece, mas enquanto ele divaga sobre isso, o cântico termina, a primeira música tem início e então… Chega! Está claro, agora! É hora de celebrar! Pegue a cerveja no freezer, tire a rolha do vinho, ponha gelo no whisky, pois assim mandam os “Deuses Alcoolicos do Bar”!
A banda Eldhrimnir, da cidade de Santa Isabel, na região metropolitana de São Paulo, nasceu em 2015. Seu primeiro registro foi o EP “Yahoey”, de 2017. Era um trabalho onde todas as faixas eram voltadas para o tema dos piratas marítimos, e que lhes credenciou a serem a escolha natural para os atos de abertura dos shows da banda escocesa Alestorm no Brasil. “Deuses Alcoolicos do Bar” é o seu novíssimo disco e, tal qual o EP, pode ser considerado como temático ou conceitual. O assunto agora é o álcool, em suas mais variadas opções. Não é à toa que eles preferem nomear seu estilo como “Alcoholic Folk Metal”.
A evolução entre os dois discos é percebida sem muito esforço. O novo trabalho é bem melhor produzido e, se naquele, eles eram mais Folk, neste eles estão mais Metal. Boa parte dessa percepção pode ser aferida através do desempenho do baterista Dênnys Silva, que pontua as faixas com ataques de bumbos com potência Power Metal. A influência mais perceptível é dos finlandeses do Korpiklaani e o clima geral é bem festivo, com as letras em português permitindo que todos possam interagir com os menestréis!
A metalinguagem nas canções é liberada e, no decorrer das músicas, cada bebida é ligada a um personagem, que pode ser aleatório, um membro da banda ou um amigo homenageado. Assim, “Naul, Deus da Cerveja” é uma óbvia autocitação do vocalista e acordeonista Luan Unelmoija, cujo timbre de voz bucaneiro é o tempero que não pode faltar nesse tipo de música. “Orloff, Erudito da Vodka”, foi uma das faixas que mais me chamou atenção, em razão de ter consumido muito esse tipo de bebida em tempos idos. A letra faz um apanhado de várias marcas do destilado e – devo dizer – pela minha memória, nem todas são acompanhadas de boas recordações…
“Old Blend Jack, Cavaleiro do Whiskey” tem aquele clima Country, de briga de saloon, traduzido pelo banjo de Felipe Cesar, que é também o responsável por puxar a condução de “Greco, Rei Pirata do Rum”. É interessante notar que, as bebidas mais associadas a uma região, tem suas melodias caracterizadas pelo que é típico em cada país. Assim, a canção da vodka tem toques russos; a do whiskey, americanos; e a do vinho, italianos. Independente disso, o disco não se perde como se fosse uma coletânea sem pé nem cabeça. A identidade da banda permanece pairando por cima de todas as faixas.
Tal qual a canção do Rum, “Senun Roinuj, Sommelier dos Licores” é uma das músicas dedicadas a amigos, e eles podem se sentir devidamente honrados. Chegando próximo do fim, a faixa título do álbum aparece como uma das melhores, com aquele tipo de refrão que – a essa altura – é impossível que alguém permaneça indiferente, encerrando em grande estilo a audição…
Mas não! O fim do disco (da noite, da festa) tem que ter a saideira e o violonista, Marcos Maschio, assume a voz principal para “Fonollosa, Libertino do Vinho”, sugerindo que tudo ainda está no começo e garantindo que os Deuses fiquem satisfeitos. Quanto a nós, por enquanto, estamos embriagados da música do Eldhrimnir e já esperamos a próxima rodada!
Preparem os ouvidos!
O download está fora do ar ? Está aparecendo pra baixar um Gif...
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