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quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

Mercy Killing - Euthanasia - 2015 - Download


Gênero: Thrash Metal

1. Euthanasia
2. Ghost of Perdition
4. Under the Acid Rain
5. The Thrasher!
6. Dominant Class
7. Living in My Madness
8. R.I.S.
9. Born to Kill
10. Down the Power
11. Thrash 'till Death
12. Redress
13. Satisfaction of the Flesh
14. Splatterhead
15. Newborn Child

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Ao digitar esses dois combinados de palavras no Google, o gigante das buscas mostra em sua maior parte dos resultados uma discussão se o ato da eutanásia é uma misericórdia ou um assassinato. Curiosa essa escolha de nome, mas que cabe tão bem aqui. “Euthanasia” seria uma maneira mais pesada de dizer Mercy Killing. Apesar de ser formada em 1988 e ter alguns eps gravados, a banda ainda não tinha um debut de peso no currículo. Muita coisa aconteceu nesses 27 anos, inclusive uma mudança de estado, do litoral baiano para o planalto paranaense. “Depois que a formação se consolidou em 2013 começamos a fazer uma série de ensaios gravados em uma espécie de pré-produção.”, contou Leonardo Barzi, baixista fundador e responsável pela mudança geográfica da banda. O início do processo de produção de “Euthanasia” foi com financiamento coletivo pelo site Kickante. A gravação foi feita entre fevereiro e julho de 2015 no Estúdio Avant Garde, Curitiba, produzido por Maiko Thomé Araujo e Mercy Killing.


As músicas de “Euthanasia” são curtas, rápidas e violentas. Uma trilha sonora que combina definitivamente com um apocalipse zumbi. “Are this people alive or dead? I don´t know.” (“Essas pessoas estão vivas ou mortas? Eu não sei.”), é um dos diálogos da introdução que ambienta o clima do álbum. A que abre e dá título ao álbum é uma porrada só. Já “Ghost of Perdition” faz quase um chamado para a guerra com a bateria marcada. “Toxic Death” tem uma pegada interessante apesar de ter uma sequência de riffs muito parecidos com que a antecede, no começo e na metade. Quem comanda a bateria em “Under the Acid Rain” é Rodrigo Macedo, que fez algumas participações. Ponto positivo para o solo que chega lá pelo primeiro minuto da música. “The Thrasher!” é uma porradita, daquelas bebidas mesmo que você toma e vai direto para o cérebro. Colorida, parece até que vai ser doce no começo, mas pega de jeito. “Dominant Class” e “Living in My Madness” soam um pouco parecidas. Um leve susto se passa quando começa o vocal de “R.I.S.”, isso porque ela é cantada em português, o que difere das letras até então.


A sigla se refere à “Retrato Imundo da Sociedade”, e é uma das mais interessantes do álbum. O ritmo é quebrado pela introdução com discurso que fala sobre a questão guerra do Vietnã, e termina com a frase “Dessa vez, vote como se o mundo todo dependesse disso”. A letra de “Born to Kill” ainda vem com a crítica de que “o sangue é o combustível da guerra”. “Down the Power” se destaca pela sonoridade um pouco diferente do proposto. “Thrash ‘till Death” faz jus ao nome. “Redress” vai na linha de “Down the Power”, fugindo da porrada crua, e traz um som provocativo e instigante, assim como as que se seguem: “Satisfaction of the Flesh” e “Splatterhead”. “Newborn Child” é considerada a última do álbum, se formos olhar pela tracklist atrás do cd. Mas “Life (Ghost Track)” aparece logo após uns 30 segundos em silêncio.


Arte da Capa por Valmar Oliveira.
“A capa foi feita por um amigo de longas datas, Val Oliveira, vocalista da Rattle e é baseada no filme Re-animator. Inclusive essa capa – e o vinil – tem alguns easter eggs interessantes.”, disse Leonardo. Para quem não sabe, Reanimator (traduzido aqui no país como “A Hora dos Mortos-Vivos”) é um clássico de terror absoluto dos anos 80, com muita violência e sangue. O “Reanimator” se deve ao líquido verde fluorescente capaz de fazer os mortos voltarem à vida. É possível perceber a referência na capa com a seringa tentando reanimar o dedo, também nas letras H. West escrito no espelho médico, referente ao Herbert West, criador do líquido. Mas dá para usar a imaginação, ou criatividade para perceber outras ligações com cenas icônicas do filme.

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