Gênero: Power Metal
1.Intro
2.Arcadia Gates
3.Battlefield Requiem
4.Dynasty and Destiny
5.Tied in Time
6.Night Corsaries
7.Sir Lokdunam
8.Underdark
9.New Millenium
10.Mists of Avalon
11.Gods of Ice
Link 01
1.Intro
2.Arcadia Gates
3.Battlefield Requiem
4.Dynasty and Destiny
5.Tied in Time
6.Night Corsaries
7.Sir Lokdunam
8.Underdark
9.New Millenium
10.Mists of Avalon
11.Gods of Ice
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Essa postagem foi feita obviamente para corrigir o equívoco cometido no mês passado, quando por desinformação, indiferença ou ignorância mesmo, o Trooper postou aqui no blog o segundo álbum do Dragonheart, ao invés do épico debut dos curitibanos.
Pois aqui está, o primeiro disco de Power Metal declaradamente 'espadinha' do Brasil, Nerd Metal até os ossos, sem rodeios; se o Blind Guardian era responsável por carregar a bandeira Nerd à frente das demais bandas gringas na virada do século, eles o faziam de certa forma elitizada, estavam com obras literárias respeitáveis como base lírica. Já o Dragonheart foi direto ao assunto, pulando da literatura tradicional de fantasia direto para os cenários de RPG, tanto na capa quanto no conteúdo musical (conforme citado pelo Trooper na postagem anterior).
Oras, não é preciso dizer o que isso significava para os moleques RPGístas e metaleiros daquela época (e naquela época acreditem, se não haviam tantos metaleiros que eram RPGístas assim, o oposto - RPGístas que eram metaleiros - era praticamente 50%) e eu estava nesta área de intersecção, ou seja, M∩R = (The Magician). Era como se o "curso natural das coisas" finalmente tivesse convergido na concepção deste álbum, e posso afirmar que foi um sonho realizado para esse grupo de nerds: "enfim um CD feito exclusivamente para as trilhas sonoras de nossas sessões".
Além disso, naqueles dias posso afirmar que havia uma excitante sensação de futuro promissor para o gênero espadinha, com lançamentos badalados de bandas como HammerFall e Rhapsody. Logo, o Dragonheart seria a primeira de muitas bandas brazucas nesse gênero, serão álbuns e mais álbuns, um atrás do outro! e enfim o direcionamento do Metal ao encontro das histórias de fantasia será consoli........ sqn. Como sabemos todo esse cenário promissor secou e morreu até a raiz. E a despeito da não proliferação do estilo, particularmente para mim, ficou essa boa memória daquela época: o disco Underdark.
A produção é um pouco tosca com certeza, mas a atuação da bateria com participação providencial do bumbo, mais os riffs britados das guitarras fornecem um preenchimento que esconde um pouco o trabalho demasiadamente simples de equalização e mixagem. O vocal a princípio pode ser considerado bem fraco para este gênero pretensioso, ponto percebido nos tons que são sustentados por mais de 5 segundos, quando o vocalista só consegue mantê-los por meio de seus vibratos; mas ao escutar o trabalho por diversas vezes me acostumei com essas linhas chorosas, e acho até que é uma das assinaturas necessárias para identificação peculiar da obra.
Os instrumentos no quesito criatividade estão impecáveis, a ponto de entregar partes memoráveis em "Battlefield Requiem", "Tied in Time" e principalmente em "Dynast And Destiny", com o refrão épico sendo apresentado imediatamente após o brigde através dos licks de guitarra executados em perfeita harmonia à sequência de pedais duplos da bateria:
final do bridge: "... across the tiiime!".
entrada dos licks de guitarra no refrão: "turu-ru-ru-rurúúúú, turu-ru-ru-rurúúúú, turu-ru-ru-rú, rú-rú-rú, rú-rú-rí-lú-léuuuum"
baterias: "pr-r-r-r-r--r PÁ; pr-r-r-r-r--r Pé-Pé""pr-r-r-r-r--r PÁ; pr-r-r-r-r--r Pé-Pé"
início dos vocais no refrão: "Dynast And Destiny!"
Essa bagaça é uma das melhores coisas que já escutei na merda da história do Heavy Metal mundial!
Além disso "Sir. Lochdänam" é uma excelente balada no melhor estilo bardo medieval, e de todas as faixas, é a mais imersiva e competente no sentido de criatividade na composição da melodia.
Em suma, o álbum da primeira à oitava faixa (a faixa título) é muito mais que agradável, mas após esse ponto começa a ficar um pouco cansativo, tanto pela voz meio desafinada quanto pela repetição de riffs metralhadora, e por isso Underdark poderia ser um pouco mais breve.
Após 17 anos , minha memória foi reativada pela postagem errada do Trooper, o que me fez procurar o já encostado Underdark e me lembrar não somente das boas músicas, mas das incontáveis tardes e noites de jogo sob tal trilha sonora tocada no som da sala de Tadovsky, de forma vibrante e nostálgica.... to ficando velho mesmo... ¬¬'.
Thank you very much
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