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quarta-feira, 22 de setembro de 2021

The Goths - The Death - 2016 - Download

 

Gênero: Heavy Metal

1. The Death
2. Killing Your Fate
3. Kingdom of Sorrow
4. Waiting for Changes
5. Me... My Own Enemy
6. Strange Way of Livin
7. Nightmares in Your Head
8. Too Late

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LISTEN



Mesmo com as facilitações do mundo moderno no ramo musical no que diz respeito a lançamento de discos, algumas vezes simplesmente não é a hora. É melhor esperar. É de espera que viveu “The Death”, álbum de estreia da banda The Goths, de Campinas (SP). Gravado em 2009, o trabalho foi lançado somente sete anos mais tarde, em 2016, e distribuído através da Roadie Metal Assessoria – uma espera que a grande maioria das bandas não está disposta a passar.


Gravado, mixado e masterizado no Soul Mix Studio em Piracicaba (SP) sob a supervisão do produtor Renato Napty, o debut da banda formada em 2004 por Felipe (vocal e guitarra) e Lucas Disselli (bateria) – Felipe Hervoso (guitarra) e Will Costa (baixo) completam a formação – emergiu com uma bela e chamativa capa criada por Marcelo Nespoli (Eleven Strings), convidando sedutoramente o ouvinte a conferir o material e, por que não?, alimentar expectativas. Só que… bem, confesso que esperava mais, principalmente pela repercussão positivíssima que o disco vem recebendo.


“The Death” é um registro onde o Heavy Metal vai de encontro ao Thrash Metal no mais genuíno estilo Metallica de ser. Preservadas as devidas proporções, o trabalho dota de uma atmosfera que lembra àquela presente entre os álbuns “Ride The Lightning” (1984) e “Black Album” (1991) do gigante da Bay Area, e a voz de Felipe Disselli só vem a intensificar essa automática relação. Seu vocal é, na maior parte do tempo, idêntico ao de James Hetfield, especialmente cantando ao vivo nos tempos atuais. Idêntico de uma forma quase abusiva.


Instrumentalmente, o álbum é seco, tal como a maior referência do quarteto. Não há aquela ajudinha da produção com reverbs pra dar aquela climatização no ambiente e definir os timbres instrumentais. Essa secura gera um disco mais, digamos, “orgânico”, o que é ótimo pois aproxima o ouvinte do que de fato é feito e favorece bastante as apresentações ao vivo. Ainda assim, as guitarras de base poderiam ter sido melhor realçadas para dar uma elevada no espírito das canções.


As músicas geralmente têm ritmo constante. Nada muito lento, nem muito acelerado – exceto pela excelente e cadenciada passional “Waiting For Changes”. É muito interessante como os pesados e distorcidos riffs de guitarra muitas vezes ganham nuances mais melódicos, conferindo adornos que embelezam e enriquecem bastante a estrutura composicional. A expressão máxima do melodismo do The Goths está nos solos de guitarra, que são absolutamente excelentes. Empolgam por serem executados com autoridade. O contra-baixo, por sua vez, distorcido, tem uma postura sem maiores destaques, limitando-se à base, mas com vigor, enquanto a bateria, a exemplo das guitarras, soa seca e enxugada e cumpre bem seu papel.


Certamente, “The Death” é composto por músicas bem construídas, resultadas de composições distantes de serem simplistas. As oito músicas são boas. Mas, apesar de tudo… só não empolgam. Faltou convencer e, principalmente, faltou um pouco de originalidade. Os trinta e cinco minutos totais de duração são suficientes.

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