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quarta-feira, 18 de agosto de 2021

Sunroad - Walking The Hemispheres - 2021 - Download

 

Gênero: Progressive Metal, Christian Metal

01. Walking the Hemispheres
02. Living in a Dream (Red Sign Mirror)
03. Silence Erupting Inside
04. Crawling Back and Ahead
05. Shoot the Clock
06. Wittten in the Mist
07. Mighty Beauty and Its Chaos
08. The Mess and Its Key
09. Halo of Hearts
10. Victim of Nowhere
11. Detached Picture of Venus
12. Try Me (U.F.O Cover)

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A banda goiana de hard rock Sunroad, liderada pelo baterista Fred Mika, apresenta aos fãs seu mais novo álbum de estúdio Walking the Hemispheres, o nono da discografia, licenciado no Brasil pela MusiK Records, sucessor de Heatstrokes (2019), que acaba de ser lançado. Com este novo trabalho, o Sunroad traz algumas mudanças importantes. Uma delas é a chegada do novo vocalista, o francês Steph Honde (Hollywood Monsters), que com seu timbre mais encorpado, trouxe uma sonoridade mais soturna ao som clássico da banda. O que já era tradicional no som do Sunroad, aquele hard rock mais melódico, muito presente nos últimos lançamentos, deu lugar a um hard n’heavy que leva a banda a um outro patamar, lembrando em muitos momentos nomes consagrados como o Whitesnake.


O novo álbum, produzido por Netto Mello e Fred Mika, traz 12 canções, sendo uma delas um cover da lendária banda britânica U.F.O, “Try me”, que fecha o álbum. As músicas foram compostas por Fred Mika e Steph Honde. A formação atual do Sunroad traz Steph Honde (vocais/ teclados/ guitarra solo em “Try me”), Netto Mello (guitarra solo), Mayck Vieira (guitarra base), Van Alexandre (baixo), Warlley Oliver (vocais adicionais) e Fred Mika (bateria). O álbum também estará disponível em formato LP (vinil) a partir de 20 de setembro. A belíssima arte da capa foi concebida por Lars Nilsen.


O álbum abre com a canção-título “Walking The Hemispheres” com um teclado fantasmagórico, criando um clima misterioso quanto ao que se vai ouvir. E o que se houve aqui é um petardo pra não se botar defeito, forte pesado e cheio de ritmo, fazendo o ouvinte soltar um grito e começar a bater cabeça. A música ainda nos brinda com um solo glorioso e cheio de energia, na medida certa. “Living In A Dream (Red Sign Mirror)” vem em seguida, sendo esta o primeiro single deste novo trabalho. A música tem ritmo mais acelerado, trazendo mais elementos de hard rock, com vozes sobrepostas em alguns momentos. Muito gostosa de se ouvir, traz um belo e inspirado solo. “Silence Erupting Inside” inicia com uma ótima introdução de bateria, traz um pouco mais de cadência ao som e mantém o ar enérgico, lembrando alguns clássicos da banda do senhor Coverdale. Não só na introdução, mas a linha de bateria é muito bem executada e se destaca ao longo de sua execução, além das excelentes vocalizações. “Crawling Back And Ahead” vem em ritmo marchado com batidas marcadas, porém mantendo o nível pesado da audição. Uma das mais bonitas do play.


“Shoot The Clock” abre a parte intermediária da audição já com a guitarra dando o ar da graça. Aqui, a referência ao Whitesnake é mais evidente, o que é um grande elogio, diga-se de passagem. Até pelo timbre de Steph Honde, que acaba por facilitar a comparação. A canção é bem marcada, um pouco mais lenta, embora não seja uma semi-balada. Outro destaque do álbum. “Written In The Mist”, lançada recentemente como segundo single é uma bela balada, acompanhada maravilhosamente pelo teclado. Steph Honde dá um show de interpretação, com um tom mais grave, conferindo a ela uma atmosfera soturna e viajante. Um lindo solo, pinkfloydiano é a cereja do bolo. Palmas de pé. “Mighty Beauty And Its Chaos” é uma faixa instrumental de trasição, curta e psicodélica. E já que falamos em Pink Floyd na canção anterior, aqui a referência é mais explícita. “The Mess And It’s Key” sobe novamente os ânimos, surgindo acelerada e pesada, mais puxada ao metal clássico.


“Halo Of Hearts”, a nona faixa é bem mais hard, com clima mais festeiro e acelerado. “Victim Of Nowhere” quebra o ritmo mais uma vez, sendo mais pesada e cadenciada, e eu diria até um pouco mais divertida. Traz um ótimo trabalho guitarrístico. “Detached Picture Of Venus” chega pra nos lembrar que a audição está chegando ao fim. Traz uma ótima introdução de guitarra e tem uma atmosfera hollywoodiana. E então chega a versão da clássica canção do U.F.O, a belíssima balada “Try Me”, pra encerrar os trabalhos. A música original foi lançada no álbum Lights out (1977), com os vocais maravilhosos de Phil Mogg, a guitarra de Michael Schenker e a brilhante linha de teclados de Paul Raymond. Aqui, Steph Honde assume o controle, em mais de 6 minutos de puro feeling e dá um verdadeiro show de interpretação pra fechar com chave de outro um álbum grandioso, cheio de sentimentos, paixão e força. O Sunroad, arrisco dizer, acaba de lançar o álbum mais magnífico de sua longeva carreira. A adição de Steph Honde trouxe à banda goiana uma sonoridade mais madura, pesada, digna de colocar o grupo no alto do pódio, claro sem desmerecer os trabalhos anteriores. Mas, aqui nós vemos uma banda de ponta, mostrando todo um arsenal de competência profissional, produção limpa e amplitude sonora. Parabéns, Sunroad.

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