1. Sequestro
2. Mariana
3. Somos Todos Iguais
4. Hit
5. Pastor
6. Podres Poesias
7. Na Alma
8. Estado Islâmico
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Fazer Metal no Brasil nunca foi fácil, e a carreira da Chacina é um reflexo disso. Surgida na cidade de Piracicaba/SP, no ano de 1990, lançaram algumas demos com o decorrer dos anos, até que em 2005, resolveram pausar as atividades. Seguiu-se então um hiato de 9 anos, até que em 2014 resolveram voltar a se reunir. Em 2015 lançaram o EP Gaza, com 3 faixas, e após 4 anos, finalmente conseguiram, merecidamente, soltar seu primeiro álbum completo de estúdio, Mortus Operandi. Musicalmente, se enveredam pelo Thrash Metal/Crossover, e certamente vão agradar em cheio aos fãs de nomes como Nuclear Assault, Hirax, Overkill, Exodus ou Municipal Waste.
Umas das coisas mais legais aqui, é que apesar de apostarem em uma proposta mais old school, em momento algum a música da Chacina soa datada, já que eles conseguem atrazer para os tempos atuais, modernizando a mesma sem que para isso tenham que abrir mão das suas características básicas. Os vocais de Allan Big Thunder se mostram bem variados e insanos, como o estilo pede, enquanto a guitarra de Miguel Araújo nos entrega ótimas linhas e riffs verdadeiramente pesados e furiosos. Quanto a parte rítmica, com o baixista Jeferson Novaes e o baterista Billy Dark Machine, mostram boa técnica e imprimem um peso verdadeiramente opressor as canções. Em suma, temos aqui tudo que um fã do estilo procura em um CD.
“Sequestro” abre o álbum com vocais agressivos e riffs raivosos, sendo seguida pela intensa “Mariana”, que trata do desastre ambiental e humano ocorrido na cidade mineira. Aliás, cabe dizer que liricamente a banda não alivia para ninguém, com letras bem ácidas e críticas. O trabalho tem sequência com a mais cadenciada e direta “Somos todos iguais”, e com a veloz e agressiva “Hit”, que se destaca pelos riffs de qualidade. Nessa mesma pegada, temos “Pastor”, onde os vocais agressivos de Allan assumem uma posição de destaque. A pesada “Podres Poesias” traz a cadência de volta, e “Na Alma” é daquelas canções forjadas sob medida para você sair batendo cabeça pela sala. Encerrando, a ríspida e nervosa “Estado Islâmico”.
Todo processo de produção ficou a cargo de Renato Napty (Lethal Fear, Ivory Gates, The Goths), com um resultado muito bom, já que deixou tudo bem claro e audível, mas mantendo a agressividade e organicidade. A capa é obra de Danilo de Almeida, e reflete muito bem o conteúdo lírico do álbum. Se você é fã de Thrash/Crossover, Mortus Operandi com certeza será um belo acréscimo a sua coleção, mas se prepare, porque depois de tanto bater cabeça, certamente precisará ou do telefone de um ortopedista, ou de uma cartela de relaxante muscular, pois seu pescoço estará moído.
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