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domingo, 11 de maio de 2025

King Ov Deception - The Hunt - 2025 - Download

 

Gênero: Melodic Black Metal, Death Metal

1. Inquisition
2. At Midnight
3. Equal to Death
4. Soon I Won't be Here
5. Farewell
6. Bishop (Feat. Fábio Caldeira, Maestrick)
7. Clergy the Word of God (Feat. Raphael Dantas, Ego Abscene)
8. Bard (Feat. Junior Moreira, TerrorCult)
9. Collapse
10. Unholy War (Feat. Caio Pimentel, Oudn)

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Foi-se a época em que as produções musicais de estilos mais extremos de rock e heavy metal no Brasil eram sofríveis em termos de produção sonora. Em pleno 2024 não há mais diferenças entre as produções gringas e brasileiras, no tocante de captação, mixagem e masterização, uma vez que as bandas nacionais sempre tiveram altos padrões de composição e execução. A banda King ov Deception é mais uma prova viva dessa equidade de alto nível de produção sonora.


Formada em 2021 e oriunda de São José do Rio Preto/SP, pelo trio Gustavo Vernechio (voz), Henrique Ferraz (guitarra e voz - baixo no album) e Thiago Silva (guitarra) – a bateria está  provisioramente com Airam (Order of Destruction) e o King ov Deception lança em 2024 seu primeiro álbum, “The Hunt”, uma notória viagem embalada pelo mais atmosférico e viajante black metal. Com a aura obscura que o é o DNA do estilo, mesclado por aventuras melódicas e arranjos complexos.

As músicas possuem a rispidez e velocidade obrigatória da vibe extremista, com vocais guturais rasgados (lembram Schirmer, do Destruction), com backings graves e solos melódicos. Tendo sempre teclados como cama entre os arranjos. Para abrilhantar ainda mais o debut, vários convidados especiais participam de algumas faixas. “The Hunt” estará disponível nas plataformas de streaming, a partir de 09 de maio de 2025. E de quebra a banda já está trabalhando num futuro álbum (com composições anteriores a “The Hunt”).

 
A história do disco gira em torno da bruxa Urpia, encarnada numa camponesa que vivia sob o terror do comando da Inquisição Religiosa, que praticava duros atos contra os moradores da região de Markath, em nome da igreja. As músicas narram a vingança de Urpia, a atuação do Bispo Altharos, possuído por uma entidade, que fazia horrores com os moradores, e o confronto entre Urpia e Altharos.


“Inquisition” – violão, teclado e sintetizador já dão o clima denso, com palhetadas pesadas, bateria em blast beats e vocais desesperados. Coros inseridos dão um clima orquestral da faixa. Coros líricos ao final. “At Midnight” – Já entra a 3.700km por segundo, licks melódicos abrem nova agressão. As linhas vocais se revezam entre o gutural clássico e tons rasgados. Mais uma vez coros graves podem lembrar algum movimento de viking metal.


“Equal To Death” – Lickerama e bateria insana conduzem a faixa. A faixa tem um quê do melocid death da cena de Gotemburgo (Suécia). “Soon I Won't Be Here” – A melodia branda dá espaço a uma faixa mais cadenciada no início, ainda contando com o peso e agressão vocal. Em algumas passagens tem um flerte com metal clássico. Mas a velocidade também aparece em alguns andamentos. “Farewell” – Mais sinfonia pesada e batera desenfreada. A linha é death/black, mas os vocais (alguns limpos) seguem uma linha mais cadenciada. Casamento ideal entre licks e bases esticadas. Mais um clima viking na área. Dobra excelente de guitas.


“Bishop” – Tem a participação do vocalista Fábio Caldeira, do (internacional) Maestrick (banda de Rio Preto). O lirismo extremo sempre costurando as passagens. O timbre de Fábio traz um elemento diferente e casamento perfeitamente com esta passagem da história. Belo solo das seis cordas. “Clergy the Word of God” – Sinos licks e solos cortantes, uma aventura thrash em alguns momentos. A voz forte de mais um convidado, Raphael Dantas (Ego Absence e Gloria Perpétua). Pelos elementos melódicos e a presença de Dantas, talvez a que apresenta mais melódica do álbum, incluindo os coros líricos, contracenando com a rispidez black.


“Bard” – O violão do início traz o renascentismo climático por alguns segundos. A faixa conta como convidado Junior Moreira, do Terror Cult (Fernandópolis). Pelo death também ser cardápio do som do KOD, essa parceria ficou totalmente adaptada. E tome blast beats. “Collapse” – Baquetas pegando fogo desde o começo. Representa uma síntese do som da banda. Black sinfônico, com muita melodia nas cordas, andamento veloz e alternância entre os guturais. “Unholy War” - A faixa que encerra “The Hunt” conta com Caio Pimentel, vocalista do OUDN. Começa com cadência (em algum momento me lembra alguns discos do Bathory), ganha o majestoso arregaço extremo e conta com boa quebra de andamentos no desenvolver da faixa. Sim temos velocidade extrema e corais líricos (graves) também. E finaliza com clima tétrico e obscuro. Como não poderia deixar de ser.

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