Gênero: Power Metal, Symphonic Metal
01. Tempus
03. General of Peace
04. Valhalla Call
05. Tristan and Isolde
06. Sail Away
07. The Color of Injustice
08. Home of Time
10. The Fall of The Empire
12. Drowning Land
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Hoje, dia 3 de novembro de 2023, é um dia muito especial para o metal nacional, pois estamos diante de um lançamento que vai sacudir as estruturas da boa música, mundo à fora, isto porque a banda goiana de metal sinfônico Heaven’s Guardian acaba de lançar seu quarto e mais novo trabalho de inéditas, o grandioso e requintado Chronos. Esse registro é importante porque a Heavens Guardian foi a primeira banda nacional a lançar um álbum com o acompanhamento de uma orquestra, a Orquestra Sinfônica Jovem de Goiás. A fórmula, apesar de ousadamente grandiosa, deu tão certo, que a banda ousou mais uma vez e agora numa escala sem precedentes. Chronos foi gravado em Los Angeles e como grande novidade, apresenta a nova vocalista, a russa Natalia Tsarikova. Chronos foi produzido pelo renomado produtor americano Roy Z (Bruce Dickinson/ Rob Halford/ Rob Rock/ Sebastian Bach) e pelo produtor Addasi Addasi (NervoChaos/ Black Oil). A bela arte da capa é assinada pelo renomado designer Carlos Fides. Cronos, o deus grego do tempo é o grande destaque da obra, que mostra os ‘ciclos cronológicos vividos pela humanidade, desde a Antiguidade da Mitologia Grega, passando pela Idade Média, até a Contemporaneidade da Inteligência Artificial. O tempo é personificado na capa do álbum pelo imponente Guardião, que testemunha e narra estórias vividas ou construídas pela humanidade, que foram preponderantes para a evolução da sociedade, percorrendo cronologicamente momentos de dor, superação e reinvenção que nos levam a entender o passado, viver o presente, e projetar o futuro. Os elementos descritos na capa – o Guardião (Pai do Tempo) acionando o amuleto do tempo, o busto Grego se constituindo em um Cyborg, a arquitetura antiga e moderna, a Roda do Zodíaco, materializam a linha cronológica da civilização humana, nos encorajando a viajar pelos detalhes do que outrora fomos, nos transformamos, e possivelmente seremos’, como descreveu a banda em suas redes sócias. E é exatamente isso o que nós vemos, ou melhor ouvimos ao longo de suas 12 grandiosas faixas.
Repare que por mais de uma vez eu uso a palavra “grandioso” ou seus correlatos. O motivo é tão simples, quanto óbvio, porque tudo, sem exceção TUDO neste trabalho é grandioso, enorme, gigantesco, requintado. Cada musicista envolvido, seja na banda, seja na orquestra ou mesmo no coral, deu o seu melhor e indo mais além. Desde a primeira nota ouvida, logo na introdução, até a última nota executada, o trabalho revela a grande capacidade de cada um em fazer algo marcante e indelével para a história da nossa música. E já que estamos falando dos artistas do espetáculo, deixe-me apresentar a banda Heaven’s Guardian que atualmente é formada por Carlos Zema & Natalia Tsarikova (vocais), Ericsson Marin & Luiz Maurício (guitarras), Everton Marin (teclados) e Murilo Ramos (baixo). A bateria foi gravada em Los Angeles por Francis Cassol. Guarde bem esses nomes, porque a partir de agora você ouvirá do que essa turma é capaz. Meu conselho é “busque um lugar confortável, recoste-se, ponha seu melhor fone de ouvidos e embarque sem medo nessa viagem no tempo, através das eras, acompanhado (a) por uma tripulação de peso e respeito, que vai tirar o seu fôlego e te fazer mergulhar pela história através de lindas e inspiradas camadas sonoras”:
A audição se inicia com a faixa “Tempus”, que não é uma simples vinheta de abertura. Lembra que falei em grandiosidade? Perceba isso ao ouvir essa introdução, cheia de emoção, te levando a nutrir sentimentos de surpresa e pavor!!! “The Sirens of the Past” vem a seguir. A faixa foi o último single pré-lançamento revelado e retrata a história de Orfeu e a origem das sereias, retratando simbolicamente “os perigos e desejos inerentes ao imaginário humano, que destroem aqueles que se deixam levar por impulsos irresponsáveis.” Musicalmente falando, a canção trafega num power metal sinfônico bem cadenciado e ritmado, com grandes variações vocais. ”General of Peace” vem em ritmo de fuga, por assim dizer, pois é mais acelerada e um pouco mais pesada que sua antecessora, lembrando uma sensação de pânico ou loucura. “Valhalla Call” já é mais aventuresca e imponente, com destaque para a linha de bateria bem marcante e evidente. “Tristan and Isolde” é uma canção folk no estilo celta, bem marcada no compasso, lembrando uma marcha pela floresta. “Sail Away”, que encerra a primeira metade da audição, vem na esteira de sua predecessora, porém apesar de folk, já é mais trabalhada no estilo metal pirata, mais nórdico.
A sétima canção, “The Color of Injustice” é bem mais pesada, próxima do que seria mais metal, com um riff de afinação baixa, trazendo um ar mais vigoroso e vocais mais densos e apresenta algumas quebras em seu andamento, numa linha mais progressiva. A balada “Home of Time” é uma das mais lindas do álbum, sendo conduzida principalmente ao piano acompanhado pela bela voz de Natalia e de quebra nos brinda com um maravilhoso solo de guitarra, que até nos remete ao mestre Brian May. “Wall of Shame”, que foi lançada como segundo single volta a elevar o clima. A canção, que é mais intensa, “retrata o pós-período da Segunda Guerra Mundial. Com o fim do conflito, a esperança de um tempo de paz e harmonia se foi com a construção do Muro de Berlin que passou a dividir a Alemanha em duas. Famílias foram sendo separadas por uma tensão política que estava só começando. No entanto, uma mensagem de união ainda existia, perseverando nos corações daqueles que lutariam contra o muro da vergonha.” Musicalmente, transita entre o metal moderno e um ritmo mais pop.
“The Fall of The Empire” é uma canção emocional, que vem acompanhada pela batida de um coração, que começa mais calmo, enquanto Carlos Zema inicia sua performance vocal como que falando por um alto-falante, ao som dos teclados. No desenrolar da faixa, que vai acelerando, até ficar mais frenética, o coração também bate mais acelerado. Um solo de guitarra furioso dá mais intensidade a ela. “Artificial Times”, que foi lançada como primeiro single nos prepara para o final da audição. A palavra “Revolution” é executada com intensidade ao longo da canção. Liricamente, ela “retrata a modernidade do mundo atual. Hoje todos buscam o corpo perfeito, e para isso, meio que brincam de ser Deus. O conceito “Cyborg” retrata tudo aquilo que não é e não será natural ao corpo humano, desde uma simples intervenção estética até profundas modificações estruturais mecânicas. Essas modificações sugerem que estamos nos tornando Cyborgs com o tempo, e que se não olharmos para o interior de nossas almas e refletirmos sobre o porquê de estarmos aqui, em breve não saberemos mais quem realmente somos.” A canção faz uma mistura entre o power metal e o heavy metal, fazendo o ouvinte bater cabeça e gritar “revolution” junto com a banda. E eis que chegamos ao final da audição e somos brindados com “Drowning Land”, a faixa derradeira, forte, animada, com uma levada power bem evidente, pra fechar com chave de ouro, como uma grande festa, ou melhor uma celebração à tudo o que foi executado e ouvido.
Chronos cumpre muito bem o seu papel. Fez todo o esforço da banda valer a pena. Fazer o que se propuseram fazer não é pra qualquer um e a Heaven’s Guardian provou mais uma vez que é possível sim chegar ao limite mais alto. A banda reuniu uma equipe profissional e musical de mais de 150 pessoas, e que estará em breve no palco para o lançamento oficial deste grandioso trabalho, magnífico, repleto de virtuosismo, carregado de camadas sonoras, passagens instrumentais intricadas, vocalizações exuberantes. Não há destaques individuais. Aqui, o destaque é o coletivo, muito embora o ouvinte consiga desfrutar de cada instrumento, cada um em seu momento único. E o que dizer sobre a nova dupla vocal? Carlos Zema é um dos mais versáteis cantores de metal, com um leque amplo de variações de timbre, que vão de naipes mais agudos e falsetes, até os mais densos e guturais. Natalia é uma exímia cantora lírica, com sua voz aveludada. As duas vozes se uniram de forma magistral, mostrando uma excelente performance. Um grande ponto pra banda. Não tenho a menor dúvida em afirmar que Chronos é um dos melhores e mais grandiosos lançamentos mundiais de 2023. O mundo precisa ouvir Chronos, da banda brasileira de metal sinfônico, HEAVEN’S GUARDIAN.
Thank you very much
ResponderExcluirObrigado pela postagem!
ResponderExcluirQue CD Lindo viu valeu mano esse blog tem tudo vc é foda demais
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