Gênero: Groove Metal, Deathcore
1.Cura
2.Agonia
3.Severo
4.Lagrimas
5.Um Segundo
6.Punição
7.Rastro de Culpa
8.Discordia
9.Fim do Mundo
10.Pandora
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Médico cardiologista, Sílvio Guerra está acostumado a lidar com situações de vida ou morte. Durante a epidemia da COVID 19, trabalhando em UTI, essa experiência alcançou níveis nunca antes vistos. O estresse e a pressão desse tipo de situação pode tirar o prumo até da mais equilibrada das pessoas. Sílvio, no entanto, tem uma boa válvula de escape, já que divide o jaleco hospitalar com o microfone do DFront SA, banda adepta ao deathcore que lançou recentemente seu mais novo álbum “Forte Teor da Dor“. A inspiração para as letras do álbum, claro, vieram muito da vivência do vocalista. “Trabalhar em UTI e vivenciar o pior cenário possível de múltiplos óbitos, desesperança e medo que a Covid19 trouxe, foi uma experiência brutal. Convivíamos com aflição e dor diariamente e quando decidimos nos debruçar no assunto para exorcizar esses demônios e transformá-los em música, todo o processo foi catártico e terapêutico“, explicou o vocalista.
Há 13 anos na estrada, “Forte Teor da Dor” é o terceiro álbum do quarteto carioca que, além de Silvio, conta com Nathan Klak (guitarra), Gláucio Magalhães (baixo) e Magno Nascimento (bateria). Se a temática do sucessor de “Ceifado” (2021) já é pesada, a sonoridade que acompanha suas letras não deixa por menos. É um deathcore extremamente brutal, com seus momentos melódicos, é verdade, mas que não abre espaços para muitas concessões.
Tudo em “Forte Teor da Dor” funciona bem e o vocal de Silvio é um dos principais destaques. Seus gritos e urros transmitem muito bem a sensação de desespero e raiva que, em diferentes momentos, acompanham aqueles acometidos por qualquer tipo de dor. A produção bem feita também contribui para a qualidade geral do álbum, já que a brutalidade e peso do DFront SA não é prejudicada por aquelas “sujeiras” muitas vezes comuns em álbuns do estilo. As letras em português podem causar uma estranheza inicial para aqueles não acostumados com essa características em estilos musicais tão extremos, mas, novamente, isso logo é ignorado e se torna apreciado, já que transmite melhor a ideia que a banda quer passar com sua arte.
A verdade é que, da primeira (“Cura”) à décima e derradeira faixa (“Pandora”), o DFront SA entrega uma pancadaria redondinha que não deixa nada a dever aos principais nomes da cena. Vale muito à pena conferir o trabalho dos caras, mesmo se você tem algum preconceito com música pesada cantada em português….
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