Gênero: Southern Rock, Thrash Metal
1. Manipulador
2. Installene
3. Angelina
4. Porn
5. Bem Vindo ao Caos
6. É Tudo Seu
7. Mais uma Dose
8. Beer
9. Las Jegas
10. Regras?
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Podemos não estar no ringue de UFC, mas certamente depois de ouvir o som da banda paulistana, Tallene, nos sentimos um pouco baqueados – alguns outros até pedindo água.
E de longe que isso seja algo negativo, tudo isso é fruto do peso do encontro do Metal com o Southern Rock e o Hardcore. Sim, é como se fosse a combinação de um cruzado, com um frontkick e uma voadora ao mesmo tempo.
Formado em 2009, o grupo conta com a mesma formação desde 2013. Nela contendo Marcelo Smile (Vocais), Jair Rosa (Guitarra), Thiago Proficio (Guitarra), Hellvz Bernardes (Baixo) e Iuri Barboni (Bateria).
Em 2010, eles lançaram o primeiro EP (Bem Vindo Ao Caos) contendo cinco músicas. Este que já contava com “Manipulador”, single que ganharia clipe e estaria presente no primeiro disco dos caras, Apologia à Ostentação do Nada (2013).
Suas influências passeiam por bandas de vários estilos como Metal, Metalcore, Hardcore, Southern Rock e Stoner. Como eles mesmo citam Pantera, Maylene And The Sons Of Disaster, Clutch, Cancer Bats e Everytime I Die.
Bom quando eu li Everytime I Die mesclado com southern rock eu fiquei no mínimo curioso para saber qual é a deles. Visto que Everytime I Die é um dos shows de metalcore que mais representa mundo afora, pela sua energia, explosão e impacto que causa em quem os assiste. Já o southern tem uma vibe mais hibilly e rockeira alabanesca.
Assim em 2013 como havíamos dito, saia o primeiro disco da banda, Apologia à Ostentação do Nada. Este que foi lançado de maneira totalmente independente e gravado no Estúdio Pedrada – estúdio que tem como sócios Marcelo e Iuri.
A primeira canção que abre o trabalho é justamente o single, “Manipulador”. Que começa violento, cheio de berros e peso para ninguém colocar defeito. O nível das críticas me lembrou o tom politizado do disco Homem Inimigo do Homem (2006) do Ratos de Porão que crucifica a corrupção e a fé cega. Na parte sonora você consegue ver a mistura de influências facilmente, o peso do metalcore aliado a solos mais trabalhados, ah, claro: tudo isso em pouco mais de 2 minutos.
#Installene, é o segundo som do disco. As influências de NYHC na parte instrumental e melodias alá Stoner Rock em suas transições também são sentidas nos backin vocals. Sim, consegue juntar o peso de Madball e Hatebreed com melodias mais hibilly. A crítica é aos pseudo revolucionários de internet, em que ficam no discurso nas redes porém na hora do vamos ver: não fazem nada.
“Angelina” sentimos a veia de bandas como Everytime I Die, o peso a raiva e a ira são perceptíveis nessa canção. Com a letra mais southern rock, a música parece contar uma história de romance que não deu tão certo. Conforme ela cresce sentimos o peso do Stoner, como eles mesmo citam: são fãs de bandas como Clutch.
“Porn” outra com temática totalmente ALABAMA BABY, vida regada a bebedeira, strippers honey – provalvelmente regada a Jack Daniel’s – e confusão. Sem perder o peso a música é trabalhada nas progressões e as duas guitarras são bem utilizadas nas diversas transições que a canção tem.
Lembram do primeiro EP? Então, a faixa título “Bem vindo ao caos” também entrou no primeiro disco. Com veia mais hardcore, ela tem breakdowns e questiona as manipulações das diversas religiões.
A seguinte “É tudo seu” parece ser continuação da anterior. Com destaque para os solos mais metaleros, guitar hero, e baixo no talo ela quer mesmo é colocar o dedo na ferida e provocar o caos. Sendo ideal para um bate cabeça entre um stage diving e outro.
“Mais uma dose” tem o espírito boêmio e inconfundível do Black Crowes numa guitarra e o peso do bicorde na outra. Conforme cresce, ela com o adendo de pedais fica ainda mais poderosa. Quando você acha que as transições param ela fica hipnotizante com solos muito bem trabalhados.
“B.E.E.R.” tem uma levada Cancer Bats. Jogo entre vocal e backin vocals de dialogar os versos. A canção fala sobre matar um leão a cada dia, o esforço que alguém tem em reconstruir e seguir em frente.
“Las Jegas”, que leva o nome de uma casa da luz vermelha da Rua Augusta, já começa meio country/bluegrass fanfarrão mas logo ganha peso. A letra é sobre festejar, o famoso “tocar o louco” e farrear no puteiro. Não poderia ser mais literal, né?
A música escolhida para fechar o disco é “Regras?”, de novo o southern rock ganha destaque. O desprender das correntes e a fuga da realidade. A rotina treteira que o álcool nos desperta e suas consequências que nem sempre são as melhores, não é mesmo?
A atmosfera de forasteiro invadindo um bar no faroeste á procura de confusão. A música se encerra com um trecho acústico e melancólico diretamente das cordas de um violão.
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