Gênero: Thrash Metal
1. The Madness Factory
2. Insane World of Thrash
3. Hangover
4. Never Trust
5. GxOxDx
6. Satanic Western
7. Intoxicated
8. Possessed
9. Damned Children
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Um EP com cara de cd. Sim é isso que posso dizer deste lançamento do Madness Factory, banda originada em 2004 na cidade de João Pessoa na Paraíba. Para as gravações realizadas no estúdio caseiro da banda, com ajuda de Targino Brothers, o trio, então formado por Cléber Campos no baixo e vocal, Diego Nóbrega na guitarra e Jorge Augusto na bateria; utilizou-se da tecnologia do SMD ( Semi Metalic Disc ), um material mais em conta e que economiza bastante. A mixagem e masterização foram realizadas Victor Hugo Targino, e em se tratando de um EP, o resultado alcançado foi de muita qualidade para a mistura de thrash metal dos antigos com heavy metal.
A faixa que intitula o trabalho, The Madness Factory, é a responsável pela abertura do trabalho e seus ares metálicos, mostram que o trio investiu muita técnica diga-se de passagem, passando pelo prog-metal, e ela serve de introdução para Insane World Or Thrash entrar em cena, e aí temos um enorme ganho em velocidade na guitarra e na bateria, além da enorme agressividade de Cléber Campos nos vocais. Percebe-se que a banda está no ponto certo para garantir as primeiras balançadas de pescoço, ainda mais com os solos de Diego Nóbrega, que extraiu muito do potencial de sua guitarra nesta faixa.
Hangover mantém o pique veloz para que o vocalista Cléber Campos possa atuar furiosamente da forma que a canção pede, mas, aqui percebemos as primeiras incursões no heavy metal mais tradicional, especialmente nos solos de Diego Nóbrega. O excelente início instrumental de Never Trust é rompido quando Cléber Campos berra ensandecidamente os versos desta quarta música de The Madness Factory, que possui também momentos acelerados e cadenciados utilizados corretamente em seu decorrer. E a eletrizante força do trio não para, é paulada bem rápida uma atrás da outra, e GxOxDx entra estraçalhando com tudo, aliás, além da imensa ferocidade nos vocais, atente para os precisos solos de guitarra.
O clima trazido com o piano de Satanic Western, com trechos de Django ( clássico filme de 1966 ), e seu instrumental matador, que estoura em uma faixa mais cadenciada e vociferada com muita cólera por Cléber Campos, são pontos que fazem desta uma das melhores do EP. A rapidez implacável do trio continua em Intoxicated, mas agora alterna momentos mais cadenciados com muitos, mas muitos solos fascinantes e dotados de uma imensa garra por parte do guitarrista Diego Nóbrega.
Depois Possessed chega com sua cara sinistra e não menos violenta, pois mesmo com um andamento mais cadenciado, o Madness Factory prossegue com a agressividade 'lá em cima' e isso empolga qualquer ouvinte com facilidade. A última é Damned Children e seus dois grandes destaques são: os velozes riffs de guitarra e a enfurecida atuação do vocalista que produzem uma vontade de 'quebrar com tudo'.
O Madness Factory não é uma promessa e sim uma realidade do metal nordestino, entretanto, o trio que gravou o EP já não é mais o mesmo, com a saída do vocalista e baixista Cléber e a entrada de Filipe Alves em seu lugar e Vannucci Oliveira na guitarra. A nova formação tem a missão de aumentar a visibilidade da banda no underground e mostrar porque os headbangers dos grandes centros podem e devem conhecer este furioso trabalho.
Thank you so much
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