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quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

Deathgeist - Procession Of Souls - 2022 - Download

 

Gênero: Thrash Metal

01. The Greed's Inferno
02. Morlocks
03. Living Dead Melody
05. Nightmare's Chamber
06. Far from Reality
07. Depressive Thoughts
08. Fear

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Menos de dois anos após o lançamento de “666”, a banda paulistana de Thrash Metal, Deathgeist, nos apresenta “Procession Of Soul”, terceiro full lenght de sua história. O álbum será lançado amanhã, 7/1/2022, pelos selos Mutilation Records, Thrash Or Death e Punishment 18 (internacionalmente). Porém, nós do Mundo Metal tivemos acesso ao conteúdo, antecipadamente, e vamos analisa-lo aqui para vocês.


Tive a honra de resenhar os dois primeiros discos do Deathgeist, e posso dizer que houve evolução, mesmo que discreta, entre o debut homônimo e “666”. Em relação ao “Processing Of Souls”, digo que a banda buscou experimentar dentro dos limites do Thrash Metal e se deu bem, pois obteve uma considerável evolução. O baterista estreante Fernando Oster (Woslom) soube impor sua dinâmica a sonoridade e certamente foi um dos responsáveis por esse crescimento da banda. A dupla de guitarristas formada por Victor Regep e Adriano Perfetto, que também é o vocalista, apresentou riffs e solos bem mais trabalhados, superando minhas expectativas para esse registro. Maurício “Cliff” Bertoni, através de seu baixo, compõe a cozinha desse sanatório sonoro, juntamente, com Oster e a base é firme feito rocha. Nos dois primeiros lançamentos, a referência era claramente a escola germânica, porém, no atual full, nota-se também a presença da escola americana, tornando as canções mais diversificadas. Então, vamos à análise das faixas que o que realmente interessa.


“The Greed’s Inferno”, escolhida para a abertura, é o cartão de visita perfeito para o conteúdo do trabalho. Ela introduz com dedilhados e em seguida apresenta uma variação rítmica e de riffs até entrar um berro de Adriano Perfetto, um recurso conhecido, mas que sempre funciona bem. Imaginem a fusão de Kreator e Megadeth. Imaginaram? Pois é, é exatamente dessa forma que enxergo essa canção de boas vindas. Podemos encontrar essas referências citadas em outros momentos do álbum. Como eu já havia dito no parágrafo interior, os riffs estão mais bem elaborados e os refrãos ainda mais grudentos. “Morlocks”, que lembra mais a sonoridade dos títulos anteriores, é bem mais acelerada que sua antecessora. Ela tem um refrão bem interessante com a guitarra acompanhando cada nota de cada palavra. Como diria o craque Neto, “fantástica, diga-se de passage” (rs). “Living Dead Melody” é fera demais, equilibrando as já ditas referências com riffs e vocais que me fazem lembrar Slayer do “Hell Awaits” (olha só como esse redator viaja). Ela tem o solo mais bonito do álbum, abusando de melodia. Essa dupla das seis cordas está de parabéns.


A faixa título, “Procession Of Souls”, é também a maior surpresa em termos sonoros. Nela são usados sintetizadores que dão a canção um clima sombrio espetacular, mantendo o Thrash Metal intacto. Primeira vez que eu ouço algum Thrash soando Uriah Heep, e eu sou só um pouquinho fã (rs). O efeito escolhido é de excelente gosto e o conjunto geral faz dela a minha favorita do terceiro trabalho do Deathgeist. Nela também destaco o trabalho da cozinha, Fernando e Maurício. Das guitarras nem preciso falar mais. Antes que eu me esqueça de mencionar, Adriano manteve seu agradável vocal com sucesso. “Nightmare’s Chamber “ entre de voadora arrebentando a porta com riffs matadores, um Thrash Metal old school colocado logo após a música com uma experimentação, vamos dizer assim, bem escolhida a ordem. A ordem do track list é um fator muito importante. Em certo momento, apenas Cliff e Oster a conduzem, antecipando os lindos solos que vêm em seguida. “Far From Reality” introduz com riffs que segundo minha cabeça deveriam ser acompanhados por bends (sim, eu sou doido mesmo, liguem não, rs), mas mesmo não tendo os bends que a minha cachola queria, ela é uma música muito legal.


“Depressive Thoughts” segue a linha old school da Bay Area, aliás, com variações rítmicas, porém na maior parte do tempo ela é mais cadenciada. A produção do disco soa old school de forma geral e isso colaborou demais para o ótimo resultado final. O encerramento fica por conta da canção “Fear”. Apesar de eu já ter citado várias vezes meus elogios para as guitarras, não terei como não fazê-los de novo nessa música. A propósito, ela tem o riff mais grudento da obra, sendo bem cadenciada em sua primeira parte, todavia bastante pesada. Ela fecha com esse incrível riff em fade out! Uma clausura linda para um disco idem.

Assim que ele sair amanha, indico aos fãs de Thrash old school que o ouçam. Vale a pena pra c*r*l*o.

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