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sexta-feira, 22 de outubro de 2021

Tarmat - Out Of The Blue - 2021 - Download

 

Gênero: AOR, Melodic Rock

01. Backbone Feeling
02. Out of the Blue
03. Moving Backwards
04. Gibberish
05. Rosetta Stone
06. More Than Less
07. Dinner's on the House
08. The Knight

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Banda brasileira recém criada (2020), a Tarmat começou com amigos experientes que estavam isolados na pandemia a iniciarem um projeto novo dentro de suas casas. Com a ideia de fazer um disco AOR, os caras botaram a cabeça para funcionar, as ideias surgiram e este novo álbum lançado recentemente veio a tona.


Não conheço nenhum dos integrantes da Tarmat e nenhum dos outros projetos deles, mas como recebemos o material e eu gosto do estilo, me botei a ouvir as 8 faixas deste disco sem qualquer conhecimento prévio e nenhum conceito pré-estabelecido, exceto em levar em consideração o meu próprio gosto pessoal e minha apreciação por um estilo de música que gosto bastante. De acordo com a banda, suas principais influências são o Journey, Boston e Queen. Em termos de influências, não dá de negar que a banda ouviu os discos certos para seu som.


A formação da banda consiste em Alexandre Daumerie (vocais), Eduardo Marcolino (guiatrra/violão), Gabriel Aquino (teclado), José Marcus (baixo) e aí convidaram Rafael Marcolino para gravar a bateria.


Logo ao abrir o arquivo e botar para tocar “Backbone Feeling”, um teclado oitentista datado ressoa em minhas caixas de som. Não poderia ter um início melhor. AOR para mim, quanto mais datado e “crássico” melhor. O vocal do Alexandre Daumerie me lembrou uma mistura de Bernhard Weiss do Axxis com o Sammy Hagar. Uma tonalidade bem agradável, variada e plenamente encaixada com o som da banda. Ótimo single de estreia.


A segunda canção “Out of the Blue” é um pouco mais lenta e direta e com um agradável teclado configurado para brass. “Moving Backwards” segue também mais singela com a guitarra delay e um belo solo do guitarrista Marcolino. Daquelas canções melosas que todo aorzeiro curte de paixão.


A próxima canção que destaco é “Rosetta Stone” um rock mais veloz e empolgante. Aqui eu curti as linhas de baixo usadas por José Marcus que deram um destaque e uma “cola” incrível junto as guitarras e a bateria. Por fim ainda gostei bastante da acústica “The Knight” com um dedilhado bonito de violão que me lembrou aquelas canções mais acústicas de influência brasileira que o Angra faz.


A produção é muito boa e deixou os instrumentos com boa definição e sem atropelos como ocorre na terrível loudness war. Guitarras, teclados e baixos dividem muito bem os holofotes sem atropelar um ao outro. Meu elogio também às letras que possuem rimas e não são simplesmente atiradas ao nada, fazendo metáforas interessantes como em “Rosetta Stone” em relação ao Antigo Egito.


Não é um disco perfeito e há umas coisinhas que acho que podem melhorar. Primeiro que exceto em “Backbone Feeling” e “Out of the Blue”, o teclado do Gabriel Aquino ficou mais acanhado nas outras canções. “Gibberish” também aparece bem na configuração de piano, mas curto ele um pouco mais para cima. Porra caras, vocês são uma banda AOR e teclado tem que ser tinhoso em no mínimo 50% das canções. Vocês tem um instrumento excelente aí com zilhões de configurações diferentes. Tem que usar mais ele principalmente nas intros, ganchos e refrãos de mais músicas. Tirando essas duas, achei que o instrumento ficou muito só no background e nas atmosferas. Tinha que ter pelo menos mais umas duas músicas bem tecladeiras.


Outra coisa é que senti falta de pelo menos mais uma ou duas faixas mais rápidas. Pelo menos mais uma dessas ali entre a 5 e a 6 deixaria o disco ainda melhor.


Todavia, de modo geral, eu curti o som e as ideias da Tarmat. São músicos muito bons em seus instrumentos e a voz do Daumerie também é um destaque. Vou acrescentá-los aqui em meus arquivos. Creio que a banda pode conseguir muito mais em uma situação sem corongavirus e com os caras todos reunidos no mesmo ambiente para compor e gravar.


Minha dica para toda banda AOR é essa: ame seus teclados. Ame seu tecladista. Borre suas calças do sentimentalismo mais piegas possível. É disso que a gente gosta, é isso que a gente qué.

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