Gênero: Progressive Metal, Heavy Metal
03. Hell Is Here
04. No Regrets
05. I See
06. Endeavour
07. Believe in Nothing (Nevermore Cover)
09. The Worst Pain
Link 01
LISTEN
A banda brasileira de metal progressivo XFEARS, apesar de ter sido formada em 2002, voltou com tudo após um hiato de 13 anos e munida de ótimos músicos, colocou a mão na massa para produzir sua música com qualidade e competência, afinal de contas, trabalhar com estilos progressivos não é definitivamente pra qualquer um. O trio Gabriel Carvalho (vocais/teclados), Marcelo Monteiro (guitarras) e Gilmar Cazagrande (guitarras) recebeu a adição de Ricardo AP Roque (baixo) e Douglas Tognoni (bateria) para completar sua formação. O intuito era produzir música de qualidade, profissional, para atingir em cheio os fãs do estilo, tanto no Brasil, quanto no exterior. O primeiro single, “Changes”, foi lançado em 2017. Com o formação definida, outros singles foram lançados.
No ano passado, a banda lançou os singles “Reason to Stay” e “Fix it All”, além de “Believe in Nothing”, cover do Nevermore. Mostrando que não estavam de brincadeira, adentraram 2021 com a ousadia de lançarem seu álbum de estreia e investiram pesado. No início deste mês o single “Hell is Here” foi lançado, este para ser a música de trabalho. O álbum de estreia, denominado The First, será lançado oficialmente em 1º de agosto, ou seja no próximo domingo, em todas as plataformas de streaming, assim como há a previsão do lançamento em formato físico. Como já informamos, este traz 9 canções no mais alto nível progressivo.
Os trabalhos são abertos com a intro instrumental “Xfears”, de pouco mais de 2 minutos, belamente levada pelos teclados e conferindo um ar de expectativa misteriosa, quase cinematográfica. “Take control” vem na sequência sendo introduzida pelos teclados e entrando cheia de peso e feeling, com uma grandiosidade absurda. Apresenta um sentimento eletrizante, que quase nos tira o fôlego, com seus vocais densos. Temos aqui também um solo de teclados, que introduzem outro solo, agora de guitarra, inspiradíssimos. “Hell is Here”, o atual single surge também de forma grandiosa, porém mais acelerada que a faixa anterior, sempre com muito peso e intensidade e um belo refrão. O trabalho dos teclados é fantástico. “No regrets” é uma canção forte e bem mais pesada, com vocais mais rasgados, embora potentes. As linhas progressivas são espetaculares. “I see”, a quinta faixa, é uma balada progressiva, por assim dizer, carregada de sentimentalidades. Os vocais mais graves dão um toque especial à sua execução. Linda e arrebatadora canção.
“Endeavour” inicia com as guitarras dando o tom, sendo uma faixa um pouco mais metal, por assim dizer, com seu riff ditando o ritmo, deixando um pouco de lado a veia progressiva, que é mais lembrada no solo de teclados, sintetizados. A sétima faixa, “Believe in Nothing”, é o cover da banda Nevermore, lançado originalmente no álbum Dead Heart in a Dead World (2000). Aqui a banda executa a canção com muita maestria e competência, conferindo um ar mais moderno à canção. A penúlta faixa, “Prelude to pain” é uma canção de transição para a música “The worst pain”, com seus mais de 7 minutos, que encerram a audição. O prelúdio é belamente executado em conjunto com teclados e voz, numa combinação perfeitamente misteriosa e sentimental. Finalizando, o ar de mistério ainda paira no ar e uma canção grandiosa surge. Os vocais quase narrativos da introdução trazem uma música pesada e melodiosa, onde os instrumentos são tocados de forma magnífica, para encerrar em grande estilo.
Após a passagem e conclusão da execução das 9 canções, a sensação que fica é que estamos diante de uma das bandas mais promissoras do nosso metal. Eu até diria que não se trata de uma banda promissora, mas de musicistas veteranos, com bagagem de muitos anos de experiência e dedicação musical. Todos os cinco membros da banda executam seu trabalho com muita competência e maestria. Afinal, estamos falando de metal progressivo, que por si só já mostra que pra fazer isso precisa de muita qualidade e profissionalismo, que tem de sobra aqui. Os teclados, com suas camadas e tessituras diversas se destacam abertamente no trabalho, que como mencionei acima, traz ótimos instrumentais, em todos os sentidos. Quando se termina a audição, tem-se a certeza de que o que foi entregue foi feito com paixão, alma e coração, algo que passa longe de um simples trabalho autoral de estreia, porque a impressão deixada é de uma habilidade musical de veterana e que a XFEARS veio definitivamente para ficar. Que este “The First”, seja “o primeiro” de muitos. Já estou aguardando o “The Second”.
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