Gênero: Progressive Rock, Symphonic Rock
01 Intro – Abditae Causae
02 Geografias Estranhas
03 O Poço
04 Se Além da Escuridão
05 O Wurdalak
06 As Horas
07 Ao Som dos Tritões
08 Geografias Passadas
09 Para Dentro da Árvore
10 O Bosque Das Eumênides
Link 01
Link 02
Três anos após o “Canções do Farol”, a banda recifense de Rock Progressivo Mar Assombrado lançou aos 45 do segundo tempo de 2020 o seu terceiro álbum intitulado “Geografias Estranhas”, tendo o mesmo sido liberado no último dia 18 de dezembro.
Nesse novo trabalho, o grupo encabeçado pelo vocalista e guitarrista André de Sena traz mais uma vez a sua proposta de unir o peso e a psicodélica do Rock Progressivo setentista com declamações de poesias, fazendo algo bem experimental por si só.
Antes de tudo, para aqueles que ouvirem o som do Mar Assombrado pela primeira vez certamente pode ter uma primeira sensação de estranheza pela sua proposta ousada, principalmente por conta da junção com a literatura, mas uma coisa é fato, tudo nesse álbum foi pensado de forma minuciosa.
As músicas horas são cantadas e horas são declamadas, seja pelo próprio André de Sena ou por alguma das suas convidadas (aliás, convidados é o que não falta nesse álbum), e naqueles que são declamados percebe-se que a parte instrumental foi bem pensada para casar com a interpretação da poesia, e o melhor exemplo disso é visto na faixa “As Horas”, que conta com a participação da atriz Vanessa Sueidy.
Outra coisa a se destacar também foi a suavidade nas vozes de André de Sena e da cantora Gleyce Vieira quando ambos fizeram dueto, o que ocorre nas faixas “Geografias Passadas” e “O Bosque das Eumênides”.
E é interessante ver a junção que é feita com o som do Rock Progressivo cheio de referências setentistas com sons mais regionais, inclusos com linhas de flautas, parecendo algo tirado de alguma trilha sonora de uma história feita pelo saudoso autor Ariano Suassuna (e vamos ignorar o fato que o velho Ariano, como bom representante do movimento Armorial, não ia ficar muito feliz em ver essa mistura haha).
E como um bom álbum de Rock Progressivo, o “Geografias Estranhas” possui diversas variações entre as suas músicas, e bastante psicodélica também, reforçada pelos duetos de guitarra com teclado.
Certamente, o “Geografias Estranhas” é um álbum muito bem trabalhado musicalmente falado, o qual contêm vários músicos super competentes envolvidos. Mas como eu disse no início do texto, é um trabalho que pode causar certa estranheza em seu primeiro contato, por isso, para aqueles que quiserem se aventurarem no universo literário do Mar Assombrado, recomendo que antes entrem na vibe da banda para melhor aproveitar a experiência.
Nenhum comentário:
Postar um comentário