Gênero: Thrash Metal, Crossover
1. Kaos
3. Animal
4. Descartável
5. H'Odeio
6. Palhaçada Generalizada
7. Merda
8. Na Real
9. Inverno Nuclear
10. Futuro do Brasil
11. Não!
12. Palestina
13. Nóia
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Eis que o Gueto Hardcore/Metal tão tradicional do Brasil mostra seu valor mais uma vez, com mais um nome de peso mostrando as garras e com muito sangue nos olhos: ÓDIO AO EXTREMO, um quarteto insano vindo de Lavras (MG), e que chega destilando sua música em “Animal”, seu primeiro álbum.
Em pouco mais de 41 minutos de duração, o grupo mostra a que vem: uma forma insana e agressiva de Crossover à lá R.D.P. e D.R.I. antigos, de sem frescura. Óbvio que existem momentos mais trabalhados, mas em geral, o grupo não quer saber, e vomita sua insatisfação com letras em português. E o mais importante: mesmo sem ser a intenção de o quarteto criar nada de novo, em “Animal”, se percebe que eles tem personalidade, e muito!
A sonoridade é ótima, mais uma produção muito bem feita por Celo Oliveira (que cuidado de gravação, mixagem e masterização), já que “Animal” foi gravado nos Coléra estúdio, no RJ. O equilíbrio entre peso, agressividade e clareza está em um nível mais que satisfatório.
E, além disso, a arte gráfica de Marcus Lorenzet (da Artspell) ficou ótima, com uma capa cuja mensagem é clara: a animalização do ramo humano, que vem ocorrendo nas últimas décadas. Com a média de duração de pouco mais de dois minutos, cada uma das 12 faixas de “Animal” é muito bem feita, sem perder aquele acento despojado com um jeitão de “fodam-se” tão necessário ao gênero em que o quarteto milita. Mas isso não quer dizer que não houve um cuidado estético com os arranjos.
E é bom se preparem, pois a porradaria é insana, especialmente em faixas como a veloz “Atentado Terrorista” (com excelentes riffs de guitarra, bem simples, mas com uma energia absurda), a abusivamente pesada e bem feita “Animal” (com o ritmo um pouco mais lento, permitindo que a agressividade salte os olhos, especialmente pelos vocais bem rasgados), o ritmo abrasivo e contagiante de “Descartável” (com aquela pegada HC mais Old School), a variada “H’odeio” (um protesto contra a covardia praticada contra animais em rodeios, e é uma faixa ótima, com baixo e bateria mostrando um controle rítmico incrível), a bruta e icônica “Merda”, a grudenta e destruidora de pescoços “Futuro do Brasil”, e a insanidade HC de “Palestina” e “Nóia” vão grudar nos ouvidos de tal forma que vai sair por aí e pegar o primeiro babaca puxa-sacos ou metido à vaqueiro de porrada. E sim, essas podem ser consideradas as melhores canções do disco, se é que se pode achar melhores momento num disco tão bom!
Thank you very much
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