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terça-feira, 22 de junho de 2021

Magnética - Homo Sapiens Brasiliensis - 2018 - Download

 

Gênero: Alternative Metal, Grunge

01 – Inflamáveis
02 – Super Aquecendo
03 – Homo Sapiens Brasiliensis
04 – Céu de Abril
05 – Descãonhecido
06 – Crianças
07 – Interstellar
08 – Os Magnéticos
09 – Natural
10 – Minha Hora

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O que será que veio primeiro? O nome da banda ou a composição das músicas? É uma dúvida legítima, pois no decorrer da audição do disco “Homo Sapiens Brasilienses”, passando faixa por faixa, aquilo vai realmente grudando em você. Se as canções foram criadas em primeiro plano, a decisão da alcunha da banda foi consequência do efeito que elas geram no ouvinte. São realmente magnéticas!


Aliás, o trabalho inteiro demonstra ser uma feliz confluência de conceitos, pois o título, bem como a arte bem sacada da capa, combinam plenamente com o som, que flui com sotaque absolutamente brasileiro sem que, para isso, tenha sido necessário recorrer à utilização de regionalismos. É Rock puro, direto e bem executado.


Eu sou avesso a clichês e, por esse motivo, não queria simplesmente dizer aqui que o disco não tem uma faixa que seja mais destacada que outra, mas em algum momento seria forçoso fazê-lo, pois tudo é muito equilibrado. Também convém registrar que a banda não se prende a uma linha padrão fixa, demonstrando variedade nos toques de Blues acelerado de “Super Aquecendo” ou nas associações com o timbre de Humberto Gessinger que a voz de Elvio Trevisone traz em “Céu de Abril” e em “Interstellar”, lembrando que o vocalista deixou a banda após a gravação do álbum, fazendo com que o guitarrista Rafael Musa passasse a acumular funções desde então.


Os temas abordados nas letras também primam pela diversidade. Crítica social divertida na faixa título – aproveitando os ganchos de nosso Hino Nacional -, auto retrato em “Os Magnéticos” e emoção na expressão de afeto pelos nossos amigos caninos em “Descãonhecido”, cujo vídeo clipe deixa-nos realmente com um nó na garganta.


As influências do som de Seattle são bem perceptíveis na melodia de “Crianças”, calcada nas lições do Pearl Jam, e no peso dos riffs de “Natural” e “Minha Hora”, cortesia das guitarras de Musa e Kelson Palharini, que encontram segurança suficiente nas bases fornecidas pelo baixista Anderson Pavan e pelo baterista Marcos Ribeiro. O grande mérito no uso de suas referências sonoras é a percepção de que elas não passam na frente das características do Magnética. Elas surgem assimiladas e homogeneizadas dentro do som, sendo por vezes notadas apenas quando as procuramos. Bandas como o Magnética são cada vez mais necessárias dentro do contexto musical brasileiro, para manter o estilo vivo sem que, para isso, precise pender para o território do Heavy Metal. É atrativa tanto para o público roqueiro mais exigente quanto para o ouvinte casual. Nesse caso, ao contrário do que aprendemos nas aulas de Física, os dois pólos são positivos!

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