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domingo, 31 de maio de 2020

Eleven Strings - Void - 2020 - Download


Gênero: Progressive Metal

1. Empty Vessel
2. No Regrets
3. Ashen Souls
5. Know Your Sins
6. Katharsis
7. Hollow
8. The Rise of None
9. 将軍 

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É sempre bom falar desses rapazes, sendo bem objetivo, eles fazem um som único, é bem preenchido em suas nuances com a complexidade progressiva que sempre buscaram, agora no terceiro álbum creio que alcançaram essa maturidade.


Empty Vessel é uma faixa instrumental que abre o cd de forma nada sutil e muito bem arranjada, pesada, como se fossem marteladas, mas bem feitas e marcantes, teclados bem presentes.


No Regrets, vem seguindo a onda da introdução, porém temos uma diferença na banda, os vocais, eles estão mais agressivos, guturais mais presentes que nos outros dois álbuns, parece que a banda se enveredou por outros caminhos e decidiu mudar, o que foi muito interessante. Essa música tem sua parte melódica e a característica dos vocais mais roucos que é a marca da banda, essa música tem sua característica o seu groove, ou seu riff, mas de forma groovada sim.
Um belo interlúdio feito pelo teclado que está bem interessante, e segue com contratempos bastante marcantes, é uma ótima faixa.


Ashen Souls é o que eu posso chamar de Prog Djent, bem intrincada em seu contratempo, vocais guturais bem na leva do Meshuggah e o atual Lacuna Coil e claro que não pode faltar sua parte dos vocais mais melódicos, e essa é uma faixa que você deve respeitar, o nível técnico está altíssimo , a faixa não tem solo, e nem precisa , todo o arranjo se encarrega de mostrar que realmente não precisa, essa é uma faixa de destaque.


Smile é a faixa de trabalho que também teve um clipe oficial, e foi por ela que eu já tinha notado as mudanças sonoras, seguindo as linhas “contratempadas”, visto que isso é uma mudança bem evidente na sonoridade da banda, e ela é uma das mais pesadas também com um uso muito bem feito de pedal duplo e um belo solo de guitarra, e também a faixa que mais tem mudança de compasso e arranjo, o que particularmente gostei bastante.


Know Your Sins tem um teclado na pegada mais eletrônica muito bem arranjado com todos os outros instrumentos seguindo compassos diferente do que o teclado faz, e ela vem com uma ar mais soturno quando entra o vocal, o que torna uma faixa legal no quesito vocal , com bastante uso do vocal limpos, e backing vocal em forma de coral, segundas vozes bem arranjadas e Evandro cantando um pouco além do seu limite vocal, bem no limite, o que é ótimo , é ótimo ver/ouvir o músico se superar, a faixa também tem ótimos teclados e um blast beat bem legal, com o teclado fazendo uma ótima cama e retornando a sua intro.


Katharsis começa como uma balada, vocais mais baixos(mais graves), dando um ar mais triste, é aquela faixa do meio do álbum que dá uma caída, aquela que você meio que ouve refletindo, e somente curte, tem uma bateria bem marcante, e é uma faixa que também exige bastante controle vocal , uma ótima faixa.


Hollow é uma faixa instrumental com cordas, bem calcada no suspense, é uma intro para a próxima faixa.


The Rise of None, tem pouco mais de 4 minutos e vem com uma pegada mais densa, mais soturna, de suspense mesmo, eu diria que quase o álbum todo tem essa atmosfera, mais pesada, literalmente, visto que a sonoridade da banda foi bastante modificada, os vocais permeiam entre o limpo e o gutural, o teclado é quem dita o tom denso a música e pasmem, e um belo e muito bem colocado e arranjado solo de Sax em que dita toda a pegada no Jazz, isso também explica a parte soturna da música.


将軍 ou Apenas Shōgun tem toda a pegada do Japão , principalmente as escalas usadas, e o vocal bem num tom mais alto, e por vezes, vocal mais grave, tem bastante uso de drive, o que da um tom mais agressivo, e um interlúdio usando escala e o uso de KOTO (instrumento japonês tradicional), e o padrão de andamento se mantém , pegada bem próxima do que é o Djent, bastante contratempos e pausas, é uma ótima faixa, e é também a ultima faixa do álbum.


Eleven Strings mostrou bastante maturidade ao se modificar, mesmo sendo apenas o terceiro álbum da bandas, eles mostram que é preciso se modificar ou adaptar para que possamos evoluir , evoluir na questão técnica e como compositores, o álbum é cheio de novidades, e digo não ouça se você espera ouvir algo que te lembre o primeiro álbum, esse é um outro Eleven Strings, com uma nova cara, nova sonoridade e com certeza com uma outra personalidade no quesito composição.

sábado, 30 de maio de 2020

Titãs - Doze Flores Amarelas - A Ópera Rock - 2018 - Download


Gênero: Alternative Rock

Ato I 
1. "Abertura"
2. "Nada nos Basta"
4. "Weird Sisters"
5. "Disney Drugs"
6. "A Festa"
7. "Fim de Festa"
8. "Me Estuprem" 

Ato II 
1. "Interlúdio 1"
2. "O Bom Pastor" 
3. "Eu Sou Maria"
4. "Canção da Vingança"
5. "Hoje"
6. "Nossa Bela Vida"
7. "Personal Hater"
8. "Interlúdio 2"
9. "De Janeiro Até Dezembro"
10. "Mesmo Assim"
11. "Não Sei"
12. "Essa Gente Tem Que Morrer"

Ato III 
1. "Interlúdio 3"
2. "Me Chamem de Veneno"
3. "Doze Flores Amarelas"
4. "Ele Morreu"
5. "Pacto de sangue"
6. "O Jardineiro"
7. "Réquiem"
8. "É Você"
9. "Sei que Seremos" 

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Setfire - Spots Of Blood - 2020 - Download


Gênero: Thrash Metal

01. Intro
02. Spots of Blood
03. Paralyzed
04. Careless
05. Paranoia
06. Wandering Psychopath
07. Souvenirs
08. Intersection
09. The Thin Line (feat. Vitor Rodrigues)
10. Macaco Ou O Rato
11. Bargain
12. Horror Film (Bonus Track)

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Eleven Strings - Aeon - 2017 - Download


Gênero: Progressive Metal

1. Titan Blood
2. Into the Ocean
3. Maskerade
4. Fenrir
5. Black Mirror
6. Scars
7. The Maestro of Time
8. Senseless
9. Hybrid Existence
10. Omega Theory
11. Ghosts

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O "AEON" veio com uma sonoridade um pouco mais diferenciada do seu antecessor, mas ainda mantendo a pegada progressiva dos mesmos, tendo apenas o "versatilizado" um pouco e arriscado umas coisas diferentes.


Logo nas três primeiras faixas do álbum, já somos contemplados com três músicas que possuem sonoridades distintas uma das outras. Em "Titan Blood" o grupo já começa ousando se utilizando de vocais guturais (técnica que também esteve presentes em outras faixas do disco, como "Scars" e "Senseless"), coisa que você não vê presente em nenhum momento do "Chaos and Creation", tornando essa a música mais pesada do trabalho.


Em seguida, temos a faixa "Into The Ocean", onde é adotado uma pegada mais leve, indo a contraponto da primeira faixa, e se aproximando mais da sonoridade do primeiro disco.


A faixa "Maskerade" é uma a qual mais destaco do trabalho por conta da sua ideia de colocar elementos do tango dentro do metal progressivo, e o resultado saiu bastante satisfatório, sendo em minha opinião, uma das melhores músicas do disco.


Faixas como "Black Mirror", "The Maestro of Time", "Omega Theory" e "Ghosts" se aproximam mais da sonoridade encontrada em boa parte do primeiro, mas juntando também com o peso a mais que a banda se propôs a colocar nesse novo trabalho, tendo o adicional de guturais em algumas partes.


No mais, o Eleven Strings conseguiu fazer um ótimo trabalho no disco "AEON", conseguindo inclusive, superar o "Chaos and Creation", nesse novo trabalho, a banda foi versátil sem perder a essência, explorou outras áreas músicas e teve êxito, principalmente o vocalista "Evandro Braito" (que infelizmente, deixou a banda pouco tempo após a conclusão do álbum).


Para aqueles que ficaram curiosos em conferir o novo trabalho da banda, eu super recomendo, e garanto que não se decepcionarão.

Thou Shall Not - Synchronized Abductions - 2020 - Download


Gênero: Heavy Metal

01. Vessels
02. Scanning Souls
03. Obsolete Societies
04. Rebel Higher Level
05. Black Sun Vortex
06. From Thy Vanity
07. Scary Mass Hysteria
08. Reptile Blues
09. Calmness in a Minor
10. The Handler

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Três décadas vivendo intensamente o Heavy Metal curitibano forjaram o som e a personalidade de Luxyahak (vocal), Caos (guitarra) e Ulysses (baixo). Hoje, acompanhados por C.J. Dubiella (bateria), que também faz parte do Hell Gun e é um dos nomes mais promissores da nova safra musical da capital paranaense, eles formam o Thou Shall Not, o mais recente grupo entre os inúmeros projetos essenciais que o trio integrou nos últimos 30 anos.


Na sexta-feira (5), a banda lançou o CD de estreia e passou a escrever mais um capítulo nessa longa jornada. “Synchronized Abductions” foi gravado e masterizado em 2019 no Funds House Studio pelo produtor Alysson Irala (que também é guitarrista do Motorbastards e do Sad Theory).


Peso, melodia e várias influências

A produção de “Synchronized Abductions” ficou a cargo do próprio Alysson em parceria com a banda. “Ele é um excelente instrumentista e produtor, de competência ímpar. É dedicado e estudioso da arte, realmente um mago que faz por merecer o reconhecimento”, elogia Luxyahak.


As guitarras do álbum são muito bem trabalhadas, com riffs e solos criativos e até uma passagem instrumental de violão clássico em “Calmness in A minor”, que foi composta por Ulysses Freire. “Além de um grande baixista e arranjador, ele é um ótimo violonista. Ele trouxe a ideia e eu apenas acrescentei uma melodia simples de guitarra! O teclado foi gravado por nosso produtor Alysson Irala, dando aquele acabamento tenso, sinistro e nublado em todo o álbum”, diz Caos.


O CD tem dez faixas muito bem trabalhadas que apresentam diversas influências. O fio condutor é o Heavy Metal, mas essa base vem temperada com outras nuances. “The handler”, por exemplo, que encerra o álbum, é pesadíssima e demonstra todo o alcance vocal de Luxyahak.


Outra música que chama atenção é “Reptile Blues”, afinal, tocar um Blues em um disco de Metal não deixa de ser uma atitude ousada. “Essa música veio de forma natural, com nossas influências de Blues pesado, como o Whitesnake, o Michael Shenker, o Malmsteen e o Led Zeppelin. Então, o Luxyahak colocou um vocal lírico e ao mesmo tempo agressivo, com uma interpretação que nós amamos. Assim, incluímos no álbum sem medo”, conta Ulysses.


As referências de “Reptile Blues” remetem a grandes nomes do Heavy Metal que sempre utilizaram os elementos do Blues. “O Ulysses e eu tivemos a ideia inspirados nos nossos ícones do anos 1980. Perceba que Malmsteen, Whitesnake, Michael Shencker e tantas outras bandas ou artistas possuem ‘Heavy Blues’ nos repertórios. Então, fizemos as nossas adaptações e funcionou muito bem. A pegada pesada do C.J. Dubiella fez com que a gente encontrasse a coesão e o sincronismo, como tinha que ser: rítmico e pesado”, diz Caos.


Porém, as surpresas de “Reptile Blues” não param por aí. A música contou com solos de nada menos do que três grandes guitarristas da cena curitibana: Renato Rieche (ex-Division Hell), Alysson Irala (Motorbastads e Sad Theory) e Lucas Licheski (Hell Gun). “Procuramos sempre sair da nossa zona de conforto e, claro, nossa praia não é o Blues. O Luxyahak fez uma vasta pesquisa sobre o Heavy Blues no Metal e quando trouxe o arranjo de voz, ele se encaixou perfeitamente. Tanto o timbre quanto a melodia ficaram excelentes!”, complementa o guitarrista.


Nessa pesquisa, o vocalista buscou grandes referências e, inevitavelmente, acabou esbarrando nos criadores do Heavy Metal. “Quando surgiu a ideia, eu pensei imediatamente no Black Sabbath do álbum ‘Seventh Star’, especificamente na música ‘No stranger to love”, com a inigualável interpretação do mestre Glenn Hughes. Porém, é claro que fui buscar inspiração no Michael Schenker, no Led Zeppelin e até na ‘Ride on’, do AC/DC”, diz Luxyahak.


Em “Reptile Blues”, o vocalista do Thou Shall Not mantém uma de suas maiores características: a abordagem lírica de temas bem específicos, mas de maneira aprofundada. “A letra da música fala em como o ser humano se tornou um produto reciclável, em corpo e alma, que alimenta um sistema escravizador que suga o escravo até seu último suspiro e que é proprietário até de seu cadáver depois que o esgota. Depois, ele mesmo se atualiza com outra roupagem, mas por trás dos contratos é o mesmo sistema draconiano!”, diz o vocalista.


Fugir do lugar comum das letras do Heavy Metal, aliás, é uma especialidade de Luxyahak. “Eu gosto de tocar em assuntos profundos da questão humana que são negligenciados e, algumas vezes, ridicularizados. Em um sentido individual, a fuga que cada um empreende quando seu lado obscuro se apresenta. É a necessidade de encaramos nossas memórias celulares para que possamos crescer, aprender com nossa escuridão enquanto experiência humana aqui na matrix”, explica Luxyahak.


Esse mergulho no lado obscuro do ser humano acaba costurando a narrativa das músicas do álbum. “Somos todos um! Portanto, nesse sentido, o conceito do disco é ilustrado liricamente por ficção, filosofia, ocultismo, realismo fantástico e o bom e velho ‘conspiracionismo’, que é bem expressivo”, complementa o vocalista.


A capa do álbum é uma pintura do baixista Ulysses Freire, que é filho do artista curitibano Daniel Freire. “Ela coloca a questão de seres não humanos e que também nos leva ao mesmo conceito de sermos um só com o todo. A questão não é ‘se’ outras inteligências existem, mas que somos a mesma consciência. Eles também fazem parte de nós e vice-versa. Somos nossos próprios inimigos, nossos próprios salvadores, somos todos um. Não confundir com a mente de colmeia, que se programa em ideologias que simulam a consciência coletiva! Qualquer ideologia em si é um programa”, diz Luxyahak.


Da mesma maneira que as letras das canções do Thou Shall Not, o próprio nome da banda é cercado de significados. “Thou Shall Not vem do inglês antigo e significa ‘tu não deverás’. No sentido bíblico, é uma imposição do não dever. No sentido não bíblico, que nós adotamos, sugere que ninguém é obrigado a nada por imposição, ninguém deve nada a ninguém. Não há o chamado ‘karma’, no sentido de dívida ou pecado. Dessa forma, o ‘karma’ é apenas uma sugestão para a humanidade fugir da responsabilidade e se deitar no berço do vitimismo. Ser responsável por tudo que há no campo da percepção é ser livre!”, explica o vocalista.


Liberdade para criar

Algumas inspirações que se transformaram em canções no álbum, inclusive, vieram de lugares inusitados. “A ‘Rebel higher level’ tem os acordes de uma música do Fernando Mendes chamada ‘Você não me ensinou a te esquecer’, que eu aprecio e toco. Então, experimentei com distorção e funcionou”, revela Caos.


Essa versatilidade, aliás, é uma forte característica do trabalho do guitarrista do Thou Shall Not. “É meio difícil falar sobre métodos de composição, pois nada é automático. São várias situações diferentes que levam a uma melodia ou a um riff. Algumas ideias surgiram do Pop dos anos 1980, outras de exercícios de guitarra ou de um solfejo em uma caminhada”, complementa Caos.


O compositor, cantor e músico mineiro Fernando Mendes lançou o single “Você não me ensinou a te esquecer” em 1978 e, em 2003, a canção foi regravada por Caetano Veloso e lançada na trilha sonora do filme “Lisbela e o prisioneiro”. A sacada de Caos foi, ao mesmo tempo, surpreendente e genial.


Nitidamente, os integrantes do Thou Shall Not não têm a preocupação de se prender a nenhum estilo dentro do Metal. “Não nos preocupamos com rótulos e apenas fazemos o que gostamos de ouvir. O Caos tem um estilo de compor que vem da história dele no Death Metal e na música oriental. O C.J. tem a influência do Hard Rock, do Erick Carr, e algumas vezes soa como o Dean Castronovo. Deixamos os arranjos surgirem naturalmente e depois vemos se gostamos do resultado, sempre direcionando para o Metal. Nossas influências vão do Flamenco ao Rock e ao Blues. Não temos problemas se rotulam a banda. Em cartazes de show, já anunciaram a banda como Thrash Metal, Hard Rock ou Heavy Metal. Achamos legal”, explica Ulysses.


A ideia é ser livre para criar e, dessa maneira, explorar as influências de cada um dos integrantes do Thou Shall Not. “A intenção é fazer música pesada e explorar todos os elementos possíveis dentro do Metal. Nossa escola permite que cada um traga diversos temas e técnicas a serem exploradas. A música nunca deve ser pensada com limitações. A inspiração é intuitiva, busca-se a frequência e a ideia vem. Se ela vibrou com intensidade, isso quer dizer que poderá provocar sensações elevadas nas pessoas que ouvirem. Isso é o que importa para nós: excitar o fã, proporcionar a eles nossa melhor mensagem. Sintonizá-los! Abduzi-los!”, diz Luxyahak.


Alicerces do Heavy Metal curitibano

Ulysses, Luxyahak e Caos cresceram juntos e, desde o início, dividiram o interesse pelo Heavy Metal. “O Caos e eu, quando éramos adolescentes, iniciamos juntos essa caminhada lá nos idos dos anos 1980. Ouvíamos nossos LPs, ilhados, em um momento no qual o Metal era algo pejorativo. Com o tempo, começamos a montar as nossas bandas, trilhando o nosso caminho e ajudando a fortalecer a cena curitibana”, conta Luxyahak.


A partir desse interesse pelas vertentes mais pesadas da música, não demorou para que os três começassem a participar de grupos curitibanos. Alguns, inclusive, se tornaram referências em seus respectivos estilos. “Minha primeira banda de expressão se chamava Invocation e fazíamos um Death Metal tradicional. Depois, fundamos o Imperious Malevolence, onde gravei a DT95 ‘From Vacuum Eternal Storm’. Logo depois, já com a intenção de cantar na linha de Rob Halford, Warrel Dane e Messiah Marcolin, fundamos o Doomsday Ceremony, também com Caos na guitarra e mais uma leva de legendários headbangers de Curitiba. Ali, só chegamos a gravar uma demo juntos, auto-intitulada”, complementa.


Após sair do Doomsday Ceremony, em 2002, Luxyahak fez parte do Anubis, ao lado de Caos e Ulyssses. “Desse trabalho temos apenas um vídeo ao vivo, que nunca fora digitalizado”, explica o vocalista. Na sequência, o cantor participou esporadicamente de alguns projetos e, em 2007, entrou no grupo A Tribute to the Plague, um dos precursores do Heavy Doom Metal no Brasil.


Em 2011, os integrantes da Tribute resolveram mudar o nome da banda para Archityrants e, na sequência, o grupo lançou os CDs “Blackwater Revelation”(2011) e “The Code of the Illumination Theory” (2017), além do EP “Sleep of the Damned” (2016). “A Tribute faz parte da cena local, mas é conhecida e respeitada em todo o país”, elogia Luxyahak.


Ulysses e Caos também dividiram muitos projetos musicais nas últimas décadas. Entre os principais estão o Hecatombe e o Camus (que contava com o atual vocalista do Amen Corner, Paulista). Ulysses também fez parte do Dry Clamour e do Steel Lord. “Ele viveu a era dourada do Power Metal brasileiro e gravou o CD ‘HeadBanger Force’. Aliás, ele me deu esse álbum de presente, mas pediu emprestado algum tempo depois e nunca mais me devolveu!”, brinca Luxyahak.


Ou seja, a trajetória musical do trio Ulysses, Caos e Luxyahak na cena curitibana é repleta de bandas importantes e lendárias. Dessa maneira, qualquer projeto que tenha a participação de uma dessas figuras sempre vai gerar uma grande expectativa. “A experiência só cria mais responsabilidade para que possamos apresentar um material de qualidade, que realmente toque o público e faça com que ele se interesse cada vez mais pela banda. Isso faz com que cada um de nós sempre dê o nosso melhor nos shows. Temos a certeza de que, embora muitos eventos não possam oferecer o melhor equipamento para uma banda, por exemplo, o TSN se apresenta pensando no público que está prestigiando. Subimos no palco do underground, mas em nossas cabeças, estamos em outra realidade e queremos levar quem está ali junto conosco!”, diz Luxyahak.


No momento, “Synchronized Abductions” está disponível somente nas plataformas de música digital, mas banda está buscando um selo para lançar o álbum em formato físico. “Estamos abertos a negociações com selos, distribuidoras ou gravadoras que queiram viabilizar o CD. Queremos agradecer a todos os amigos que estão a ouvindo o nosso som e dizer que já estamos preparando material novo! Em breve, estaremos novamente em estúdio”, finaliza Luxyahak.

Surra - Escorrendo Pelo Ralo: Ao Vivo Em São Paulo - 2020 - Download


Gênero: Thrash Metal, Crossover Thrash

1. Escorrendo pelo ralo
2. O mal que habita a terra
3. Do lacre ao lucro
4. Ultraviolência
5. Embalado pra vender
6. Peso morto
7. Tamo na merda
8. 7 a 1
9. Virou Brasil Pt. 2
10. Caso isolado
11. Mais um refém
12. Anestesia
13. A lei da dúvida
14. Viver em Santos
15. Insalubre
16. Arquitetos da desgraça
17. Madeira e sangue
18. Bom dia senhor
19. Parabéns aos envolvidos
20. Daqui pra pior
21. Merenda
22. A troco de nada
23. Cubathrash
24. 30 KG de merda

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Barbaria - Under The Black Flag - 2011 (Demo) - Download


Gênero: Heavy Metal

1. Sailing Through the Seas (Intro)
2. Under the Black Flag
3. Legions Forgotten by the Gods
4. Battle Tale
5. The Flying Dutchman
6. Barbaria’s Tabern
7. Legions Forgotten by the Gods (live)

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Explicit Hate - A View Of The Other Side - 1988 - Download


Gênero: Crossover, Thrash Metal

01 - Invasion From Inside
02 - The Mirror
03 - The Other Side
04 - Insanity Future
05 - Suicidal Mankind
06 - The Trip
07 - No Life

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Quase 36 minutos distribuídos em 7 composições. Com uma produção ‘decente’ para a época (o disco foi gravado em 16 canais, no J.G. Estúdio, em Belo Horizonte/MG) e com uma sonoridade à frente de sua época, o Explicit Hate deu àquele que seria o seu primeiro e único pontapé inicial até então.


Influenciados pelo Hardcore e Thrash Metal europeu, a banda mostrava uma linhagem diferente do que a maioria das bandas nacionais, principalmente os colegas de gravadora, apresentavam na época. "Sempre curtimos e tocávamos com bandas de temáticas diferentes da nossa, mas tínhamos uma forte influência do discurso Hardcore europeu, narrando os horrores da guerra, o caos social, e também temas escatológicos, até mesmo beirando a ficção científica", conta o baterista Rod Santoro, que ao lado do seu irmão Gus Santoro (vocal/guitarra) encabeçam até hoje o Explicit Hate, e tinha ainda ao seu lado o guitarrista Victor Kelly.


Músicas trabalhadas, com instrumental destilando técnica e, de certa forma, até complexo, desde as bases e solos de guitarras, passando pela pesada linha de baixo (também a cargo de Gus) e bateria variada cheia de viradas, o Thrash Metal do grupo passava longe da renomada cena da Bay Area e seguia caminhos dos alemães do Kreator e Destruction, até na formação que gravou "A View Of The Other Side", pois assim como as citadas bandas era um power trio. "Nós ensaiávamos em casa quase todos os dias, e o nosso quarto era um estúdio. Por sermos tão jovens, tínhamos tempo de sobra e evoluímos muito ali. Respirávamos ideias novas o tempo todo. Ouvindo, compondo, ensaiando, tocando... sem parar! (Risos)", relembra o baterista, explicando os motivos da técnica e complexidade das composições.


A capa de "A View Of The Other Side", o lado mais tosco e polêmico, talvez tenha até colaborado para que o sucesso do mesmo não tenha sido o merecido. As costas de duas mãos abertas não chamava nenhuma atenção senão negativamente, e Rod Santoro, bem humorado, explica tal fato. "A ideia da capa do disco era fazer algo tipo a cena do filme 'Poltergeist' (1982), com as mãos na tela de TV (A View Of The Other Side!?!). Tentamos, mas no nosso amadorismo, e certamente por causa da total falta de noção do fotógrafo, e da gráfica, ficou aquela beleza (risos). Mas agora não adianta culpar os outros, embora eu também não vá dizer que é o que queríamos! (mais risos) A mão na foto, é do nosso amigo Silvio Gomes, que na época era vocal do Mutilator (risos). Bem ou mal, ficou pra história. A minha sugestão em relação à capa, é que aumentem o volume! (risos)


Desde a primeira faixa Invasion From Inside (que gruda de imediato na cabeça), passando pelas matadoras The Mirror e The Other Side até a última composição, a instrumental The Trip, via-se uma banda promissora e diferenciada. Mas a gravadora não enxergou tal fato. "A repercussão naquela época foi muito boa, embora a gravadora tenha abandonado o interesse no disco logo no início. Por quê? não sei... Talvez a falta de visão por parte deles, e questões de "panelinha" também, o que sempre existiu", desabafa Rod.


De qualquer forma, os verdadeiros conhecedores do underground nacional sempre valorizaram o trabalho, tanto que a procura na época foi boa e no ano passado a gravadora Marquee Records resolveu lançar o disco juntamente com todo material da banda remasterizados. Intitulado "A View of Every Side", o CD saiu como uma compilação e resgata a história de uma banda que poderia estar no rol das principais do país.


Atualmente, o Explicit Hate tenta retornar a ativa e conta, além dos irmãos Santoro, com Alex Käffer (baixo, Mysteriis, Darkest Hate Warfront, ex-Coldblood e Songe d'Enfer). "Eu e meu irmão reunimos a banda em 2009, com o Alex na guitarra, e o Joel Jr. (Formigão) do Planet Hemp, no baixo. Fizemos uma demo, da qual gostamos muito, e inclusive duas das faixas entraram no relançamento de 2012, Sheeple e Population Zero. Agora em 2013 tentamos uma reunião novamente, e dessa vez como um trio, resgatando as raízes, mas também incluindo as diferentes fases da nossa trajetória sonora", explica Rod.


Como nunca é tarde para recomeçar, há uma grande expectativa para que a banda volte a gravar e retorne aos palcos. "A banda foi formada por mim e o meu irmão, Gus. Nós sempre fomos os compositores e idealizadores do EH. Na maioria das vezes ele tinha os riffs, e tocando juntos determinávamos os arranjos, temas etc... Em minha opinião hoje, já com algum distanciamento, o EH resultou da química musical entre nós dois. Crescemos escutando música juntos, aprendemos a tocar juntos, e então nos tornamos uma espécie de indivíduo de quatro orelhas (risos)!". Que esta química continue e retorne a dar bons frutos!

Nostra Cantus - The Atrophied Eyes From Mercy - 2015 - Download


Gênero: Ambient Black Metal, Doom Metal

1. Carry These Burdens
2. The Way into Eternal Blindness
3. Twilight of Transylvania
4. Trapped Crawly
5. Modern Inquisition
6. Dead Feeling
7. The Soul That Regrets
8. Idealize One Present
9. Burn the Society

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Necrolust - Christ´s Excommunication - 2019 (Demo)


Gênero: Black Metal, Death Metal

1. The Rite of Infernal Simphony (Intro)
2. Satanic Return
3. Blasphemy
4. The Apocalypse
5. Necrolust
6. Eternal Darkness
7. Bestial Birth
8. The Son of God Never Was Born
9. False Pastor
10. Enter the Eternal Fire (Bathory Cover)
11. Darkness for Eternity
12. The Rite Continued
13. Necrolust (Live)
14. The Apocalypse (Live)
15. Satanic Return (Live)
16. Blasphemy (Live)

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sexta-feira, 29 de maio de 2020

Surra - Escorrendo Pelo Ralo - 2019 - Download


Gênero: Thrash Metal, Crossover Thrash

1. O Mal Que Habita a Terra
2. Do Lacre ao Lucro
3. Escorrendo pelo Ralo
4. Vida Medíocre
5. Ultraviolência
6. Jogo Sujo
7. A Lei da Dúvida
8. Anestesia
9. Mais Um Refém
10. Virou Brasil pt. 1
11. Virou Brasil pt. 2
12. Não Entendi
13. Caso Isolado
14. Viver em Santos
15. Madeira e Sangue
16. Bom Dia Senhor
17. A Troco de Nada

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Titãs - Nheengatu - 2014 - Download


Gênero: Alternative Rock

2. "Mensageiro da Desgraça"
3. "República dos Bananas"
4. "Fala, Renata"
5. "Cadáver Sobre Cadáver"
6. "Canalha" (Cover de Walter Franco)
7. "Pedofilia"
8. "Chegada ao Brasil (Terra à Vista)"
9. "Eu Me Sinto Bem"
10. "Flores Para Ela"
11. "Não Pode"
12. "Senhor"
13. "Baião de Dois"
14. "Quem São os Animais?" 

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Soulfly - Discografia



Gênero: Groove Metal, Thrash Metal, Death Metal

O brasileiro compositor de heavy metal, guitarrista e cantor Max Cavalera formou o Soulfly em 1997 após sair da banda Sepultura em 1996. Ainda muito abalado com a morte de seu enteado, Dana Wells, e a sua saída do Sepultura, Max compôs novas músicas para um álbum, com uma nova banda.

Em Soulfly, disco auto-intitulado de estreia, houve a participação de muitos artistas, incluindo membros da Nação Zumbi (Jackson Bandeira), Fear Factory, Deftones, Limp Bizkit e outros. O trabalho segue a linha musical originalmente explorada pelo Sepultura no disco Roots: uma mistura entre New Metal e World Music - privilegiando, acima de tudo, os ritmos brasileiros. As músicas possuíam letras que retratavam a fase que Max passava pelo momento, sendo um dos álbuns mais introspectivos do músico, senão o mais, envolvendo coisas como espiritualidade e perseverança. O auto-intitulado álbum, lançado em 21 de abril de 1998, e produzido por Ross Robinson, alcançou a marca de número 79 na Billboard 2001. O disco foi gravado em Malibu, na Califórnia e lançado pela gravadora Roadrunner Records.

A turnê de divulgação foi extensa. Max e o Soulfly, a época formado por Logan Mader, do Machine Head, nas guitarras, Cello Dias no baixo e o prodígio Roy Mayorga na bateria. Tocaram no Ozzfest 1998, com Ozzy Osbourne, Tool, Limp Bizkit e Megadeth, e em passeio pela Europa e América, bandas como System Of A Down e Snot abriram os shows. No Brasil, durante o primeiro show do Soulfly em São Paulo, a amizade de Max e João Gordo, do Ratos de Porão fora afetada. Gordo havia sido chamado para cantar em uma música com o Sepultura, banda com que Max havia se separado a pouquíssimo tempo. Ao mostrar o material, Gordo foi ignorado pelo amigo, e então todas as relações entre eles foram cortadas a partir dali. Gordo comentou, mais recentemente: "Rolou que o Max pirou e saiu do Sepultura desperdiçando a oportunidade de uma vida. Mesmo assim o cara ainda era meu amigo e ele até gravou "Caos" do RDP no primeiro Soulfly. Depois fui convidado pelo Iggor para fazer a música “Reza” do álbum "Against" e eu não recusei. O Andreas deu o tema e eu desenvolvi a letra. O Max achou que eu fiz para ele, pois ele andava todo místico nessa época. O cara tomou a minha participação no Sepultura como uma traição e cortou relações comigo de um modo bem traumático. Na MTV ele virou a cara para mim, me chamaram de Judas e aquele Rapadura, que era baixista do Soulfly, veio com um papo furado tipo "porque você fez isso?" “porque você ficou do lado deles?”. Quase sai na mão com aquele guitarrista “coqueiro” que era do Machine Head! Até o Roy Mayorga que era meu amigo ficou duro que nem uma estátua! Eu fiquei chocado, bastante triste e com muita raiva..." Porém, mais recentemente, ambos voltaram a se falar. "Tivemos uma treta errada no primeiro show do Soulfly em São Paulo [em 1998], uma discussão quando a gente esteve na MTV. Acabamos brigando, nem sei o motivo, não dá nem para entender. Eu queria botar tudo para trás e continuar a amizade com ele, sou amigo, gosto muito do Ratos e, para mim, não tem muito a ver ficar brigado com as pessoas.", comenta Max.

Max também ficou conhecido por se ramificar em outras áreas musicais além do Heavy Metal. Ele tornou-se um alto-falante em convenções de música, aparecendo no CMJ New Music Marathon's em Nova York e também estrelou um comercial da Sprite no Brasil.

Após a turnê de suporte do álbum auto intitulado, Logan Mader retornou ao Machine Head e fora substituído por Mikey Doling, que estava sem banda, devido ao fim do Snot. Em 2000 foi lançado Primitive, segundo álbum da banda e o mais bem sucedido comercialmente, chegando a 32º posição na Billboard 200. e 11º posição nos charts independentes, produzido por Neville Garrick. O baterista do álbum foi Joe Nunez. O álbum contou com participações de Corey Taylor, do Slipknot, Tom Araya do Slayer, dentre outros músicos. A turnê de suporte também foi longa, excursionando ao redor do mundo junto às bandas Pantera e Morbid Angel. Mais uma vez, a banda se apresentou no Ozzfest.

No final de 2001, Joe Nunez abandonara a banda para integrar o Stripping the Pistol, e Roy Mayorga retornara ao posto. 3, lançado em 2002, foi o primeiro álbum do Soulfly produzido pelo próprio Max. Cristian Machado, do Ill Niño, e Richie Cavalera, enteado de Max, fizeram participações especiais no álbum. Alcançando a 46º posição na Billboard 200, a banda sai em turnê pela Europa e América do Norte ao lado de Slayer, In Flames, God Fordid e e Will Heaven.


Em setembro de 2003, após o encerramento da turnê do 3, Cello Dias fora demitido da banda. Doling e Mayorga não gostaram da atitude de Max e acabaram deixando a banda também. Max Cavalera se viu sozinho num período de 3 semanas. Max então, para a gravação do novo álbum montou um novo Line-up: Joe Nunez voltara ao posto de baterista da banda, Marc Rizzo, ex Ill Niño como guitarrista solo e Bobby Burns no contra-baixo. Em 2004 é lançado Prophecy, que também contava com David Ellefson, do Megadeth, que participara tocando o contra-baixo de várias faixas do álbum. Max Cavalera explicou no site da banda que ele queria tocar com diferentes músicos em cada álbum da banda: "Esta é uma abordagem que eu queria fazer há algum tempo. Eu nunca quis o Soulfly como uma banda igual ao Metallica , com os mesmos quatro caras sempre. Em cada álbum Soulfly, sempre mudo o line up e sempre continuará dessa forma. Para fazer isso, eu tinha que começar de dentro para fora e trazer as pessoas que me chamavam a atenção, pessoas que eu nunca tinha tocado antes."

Enquanto membro do Sepultura , Max tinha mostrado interesse em música exótica e regional, em Roots , com os famosos elementos da música indígena brasileira. Esta abordagem se faz presente em Prophecy. Mas viajou para a Sérvia para gravar com músicos tradicionais do país. Na canção "Moisés", ele trabalhou com a banda sérvia Eyesburn, que também possui influências de reggae de um de seus ídolos, Bob Marley. Outras faixas usam instrumentos medievais. Danny Marianino e Asha Rabouin participaram do álbum como vocalistas convidados, e Max Cavalera novamente produziu o álbum. Prophecy foi lançado em 30 de março de 2004 e em abril do mesmo ano, havia alcançado a 82º na Billboard 200, e alcançou o top 50 das paradas de álbuns da Austrália. A banda então saiu em turnê com o Black Sabbath e o Morbid Angel.

Em fevereiro de 2005, o Soulfly lançou seu primeiro DVD, intitulado The Song Remains Insane, retirado de uma faixa do debut de 1998. O DVD serviu como de biografia da banda, contendo imagens ao vivo de apresentações em todo o mundo, entrevistas e todos os videoclipes até então lançados. Em agosto de 2005, a Roadrunner Records reeditou o primeiro álbum da banda, como parte da comemoração do aniversário de 25 anos da gravadora.

Em dezembro de 2004, Max e a banda estavam empenhados para a gravação do 5º álbum de estúdio, mas a banda foi pega de surpresa por várias tragédias que influíram no álbum. Em 8 de dezembro, o amigo de Max, Dimebag Darrel, a época, tocando com o Damageplan, foi morto a tiros enquanto a banda se apresentava em Ohio, e em 10 de dezembro, com oito meses de idade, o neto de Max, Moisés Cavalera, morreu inesperadamente devido a complicações de saúde. No outono seguinte, em 4 de outubro de 2005, foi lançado Dark Ages. Muitos críticos afirmam que nesse álbum, Max Cavalera retornou a suas raízes mais Thrash, como nos primeiros álbuns que lançou com o Sepultura; no entanto, a influência da World Music encontrada nos primeiros quatro álbuns do Soulfly ainda estava presente. Max Cavalera viajou para cinco países diferentes - Sérvia , Turquia , Rússia , França , além dos Estados Unidos -, afim de conhecer e gravar todos os sons que ele desejava no novo álbum.

Na época, a banda ainda consistia em Max Cavalera , Marc Rizzo , Joe Nunez, e Bobby Burns. David Ellefson voltou a tocar com a banda em duas músicas. O vocalista do Eyesburn, Coyote cantou em "Innerspirit". O vocalista do Stormtroopers of Death, Billy Milano, e a cantora russa Paul Fillipenko participaram da faixa "Molotov", e o enteado de Max, Ritchie Cavalera, da banda Incite, cantou em "Staystrong". A turnê de divulgação foi uma das mais extensas da banda, e excursionaram ao lado várias bandas como Deftones, Korn, Throwdown e Skindred passando pela América do Norte, América do Sul, Europa, Rússia e Austrália.

Em 17 de agosto de 2006, o Soulfly tocou no 10 º show anual D-Low Memorial com vários artistas convidados, incluindo Dave Ellefson e Roy Mayorga, atualmente baterista do Stone Sour . Mais notavelmente, Max se reuniu no palco pela primeira vez em 10 anos com seu irmão Igor Cavalera. Max e Igor formaram o Sepultura juntos no início de 1980, mas não tinha tocado juntos e nem mesmo se falado desde a saída de Max, em 1996. Igor se juntou à banda para uma jam na bateria e ficou no palco para tocar clássicos do Sepultura, como "Roots Bloody Roots" e "Attitude".

A banda então, entrou em hiato, com os membros participando de outros projetos paralelos. Max Cavalera participou de álbuns e apresentações de diversas bandas, criou parcerias e também trabalhou como produtor. Marc Rizzo saiu em uma turnê de Workshops, onde consagrou-se um dos mais virtuosos guitarristas do Metal na atualidade, e lançara seu primeiro álbum solo, Colossal Myopia, distribuído pela Shrapnel Records. Bobby Burns comprou um estúdio em Orlando, e desde então trabalhou como produtor para diversas bandas undergrounds. Em setembro de 2006 Bobby sofreu um acidente vascular cerebral leve, e teve de se afastar da turnê norte-americana. Seu posto foi brevemente ocupado por David Ellefson e Danny Lilker . Joe Nunez trabalhou no desenvolvimento de vários acessórios de bateria com a Slug Drums, e também saiu em turnês de workshops.

Em agosto de 2007, o Soulfly fez uma turnê pela Europa antes de tocar no 11 ª Anual D-Low Memorial Show, em Tempe , 31 de agosto de 2007. O Cavalera Conspiracy também fez sua performance ao vivo de estreia, abrindo para o Soulfly. Uma semana após a realização do show, Bobby Burns retornou a banda e os levou para o seu estúdio, para a gravação do sexto álbum de estúdio, que Cavalera havia começado a escrever as faixas durante o verão. No meio de gravação, em 29 de setembro, Max Cavalera suspendeu as gravações para viajar por todo o Egito para adquirir influências sonoras para as novas músicas. Em novembro de 2007, Max Cavalera voltou a Orlando para completar as gravações e o álbum foi mixado por Andy Sneap no início de 2008. O álbum contou com colaborações de Dave Peters do Throwdown e David Vincent do Morbid Angel.

Soulfly lançou seu sexto álbum, intitulado Conquer, em 29 de julho de 2008. Após o lançamento do álbum, a banda excursionou pelos Estados Unidos com Devastation e Pugar o Sky, excursionou pela Europa no inverno de 2009 com Incite, e participaram de grandes festivais por lá. Também foi marcada turnê nos EUA, no outono de 2009, com Cattle Decapitation, Prong e Mutiny Within como bandas de apoio.

Soulfly foi ao Edge of the Studios Terra em Los Angeles, Califórnia, em 6 de novembro de 2009 para começar a gravar seu sétimo álbum com Max Cavalera e Logan Mader responsáveis pela produção. Através de uma série de vídeos disponibilizados na internet, o vocalista Max Cavalera revelou em 13 de novembro de 2009 que o álbum seria chamado Omen, e que possuiria participações de Tommy Victor do Prong e Greg Puciato do The Dillinger Escape Plan. Além disso, o álbum conta com os filhos de Max tocando bateria, Zyon Cavalera na regravação de Refuse Resist, do Sepultura, e Igor Cavalera, filho de Max, e não irmão, em um cover do Excel's, Your Life, My Life. Omen foi lançado mundialmente em 25 de maio de 2010.

Em 18 de julho de 2010, o baixista Bobby Burns postara no Twitter que estaria deixando a banda, sendo substituído então por Tony Campos, do Asesino.

Em agosto de 2011, Joe Nunez foi substituído por David Kinkade, ex baterista do Borknagar. Em setembro de 2011, a banda anunciou que entrara no estúdio para gravar seu próximo álbum, que seria lançado no início de 2012. No final de outubro, foi revelado que a gravações terminaram, e Kinkade afirmou que o novo álbum é como "um Arise após usar crack", de tão pesado que seria. Inicialmente foi confirmada a participação de Adam Warren do DevilDriver, porém este não pode gravar os vocais, e foi substituído por Travis Ryan, vocalista do Cattle Decapitation. Em dezembro de 2011, em entrevista a Metal Hammer, Cavalera afirmou que o tema principal do álbum será a escravidão, com os títulos das músicas "Slave", "Chains", "Legions" (uma canção sobre o Império Romano), "Gladiador", "Redemption Of a Man" (com Dez Fafara), e "Revengeance" (com 3 filhos de Max: Zyon na bateria, Richie nos vocais e Iggor escrevendo metade dos riffs de guitarra). O álbum foi produzido por Chris "Zeuss" Harris, com arte gráfica de Marcelo Vasco, que já fez capas de álbuns para bandas como Borknagar, Obituary, e Dimmu Borgir. Em 6 de dezembro, o título do álbum foi anunciado como Enslaved, e o lançamento aconteceria em 13 de março de 2012. Ao longo de 2012, o Soulfly encabeçou o "Maximum Cavalera Tour", com bandas como Incite (liderada por Richie Cavalera) e Lody Kong (com Igor Cavalera Jr. e Zyon Cavalera). Em outubro de 2012 Kinkade anunciou sua aposentadoria da música, deixando o Soulfly, após um show em Bangcoc. O filho de Max, Zyon, substituiu Kinkade como baterista da banda.

Em abril de 2013 Max anunciou a intenção do Soulfly para gravar mais material após a sua turnê, com o produtor Terry Date. Em julho, Max anunciou que o álbum seria chamado Savages. A banda lançou o álbum em 30 de setembro no Reino Unido, 1 de outubro em os EUA, e 4 de Outubro na Europa. Savages apresenta uma série de vocalistas convidados, incluindo Igor Cavalera, do Lody Kong , Jamie Hanks do I Declare War, e Mitch Harris do Napalm Death. O álbum alcançou a 82º posição do Billboard 200 e a banda novamente saiu em turnê mundial.
Em 6 de dezembro de 2014, Max Cavalera disse através de uma entrevista que ele começou a escrever para o décimo álbum do Soulfly. Cavalera e sua turma entraram no estúdio em 3 de janeiro de 2015. Em 1 de maio, o baixista Tony Campos anunciou em sua página no Facebook que deixaria o Soulfly para se juntar à Fear Factory. Archangel, produzido por Matt Hyde, foi lançado em 14 de agosto de 2015 através da Nuclear Blast. Eles embarcaram na turnê "We Sold Our Souls To Metal" em 30 de setembro de 2015 para promover o álbum. A turnê foi acompanhada pelas bandas Soilwork, Decapitated e Shattered Sun. A turnê durou por uma turnê de 27 shows terminando em Albuquerque, NM em 30 de outubro. Eles tocaram no The Rockbar Theatre em San Jose, CA em 12 de dezembro de 2015.

Em 2017, eles excursionaram pela América do Norte com a Cannabis Corpse, Harm's Way, Noisem e Lody Kong. Nessa turnê, eles tocaram o álbum da Nailbomb, Point Blank na íntegra, trazendo Igor Jr. para a banda como co-vocalista e tecladista / sampler para a turnê. Depois de lançar seu último álbum com Cavalera Conspiracy, Max revelou seus planos para terminar de escrever e gravar o próximo álbum Soulfly no início de 2018, ao mesmo tempo declarando suas intenções de trazer de volta alguns dos elementos tribais dos primórdios da banda para comemorar 20 anos desde Soulfly álbum de estréia auto-intitulado. Um álbum ao vivo de sua performance no 1998 Dynamo Open Air, intitulado simplesmente Live at Dynamo Open Air de 1998, foi lançado em 22 de junho de 2018.

Em 2018, Soulfly anunciou seu próximo álbum Ritual para ser lançado no outono de 2018. Com o single promocional para Ritual chamado Evil Empowered tendo sido lançado em 19 de Outubro de 2018.
Integrantes

Atuais


Max Cavalera – Vocalista, Guitarra Base, sitar, berimbau (1997–atualmente)
Marc Rizzo – Guitarra Solo, Guitarra flamenca (2003–atualmente)
Zyon Cavalera – Bateria, percussão (2012–atualmente)
Mike Leon - Baixo, backing vocals (2015-atualmente)

Ex-Integrantes

Jackson Bandeira (Lúcio Maia) – guitarra solo, backing vocals (1997–1998)
Logan Mader – guitarra solo, backing vocals (1998–1999)
Mikey Doling – guitarra solo, backing vocals, percussão (1999–2003)
Marcelo "Cello" Dias – baixo, backing vocals, percussão (1997–2003)
Roy Mayorga – bateria, percussão (1997–1999, 2002–2003)
Bobby Burns – baixo, backing vocals (2003–2010)
Joe Nunez – bateria, percussão (2000–2001, 2003–2011)
David Kinkade – bateria, percussão (2011–2012)
Tony Campos – Baixo, backing vocals (2011–2015)

Músicos Convidados para Turnê

David Ellefson – baixo (2003, 2005, 2006)
Dan Lilker – baixo (2006)
Johny Chow – baixo (2010–2011)
Dave Chavarri - bateria (1999)
Kanky Lora - bateria (2013, 2014, 2015, 2016)
Igor Cavalera Jr. - teclados, vocais (2017-atualmente), baixo, backing vocals (2015)

Eleven Strings - Chaos And Creation - 2015 - Download


Gênero: Progressive Metal

1. Dark Matter
2. The Maestro of Creation
3. Life
7. The Maestro of Chaos
9. The Third I
10. The Last March
11. Universe Illusion

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É engraçado parar pra pensar como tanta coisa boa é feita por tanta banda espalhada pelos cantos, mas a maioria das pessoas nem faz ideia. De vez em quando um melhor disco do ano está perdido por aí, às sombras da falta de apoio, da falta de divulgação, suporte. Discos como “Chaos and Creation”, dos paulistanos do Eleven Strings, naturais de Mogi das Cruzes, que se encontram em atividade desde 2012.


Após dois EPs e uma single lançados, é a vez do álbum de estreia, produzido pelo próprio guitarrista Junior Carlos e gravado no Instituto Musical Falaschi, ser lançado. O resultado é consistente; ele é, sem dúvidas, um dos melhores discos brasileiros de 2015. Lançado de forma independente em setembro do mencionado ano, esse refinado disco reúne a potência de um Progressive Metal sem exibicionismo com a classe e pomposidade sinfônica, graciosamente entregue por sintetizadores bem explorados que conferem intensidade às canções. Sem mencionar as excelentes performances dos vocalistas Evandro Baito e Johnny Lande – esse segundo menos acionado.


Quem ouviu os compactos anteriores (“#0”, de 2012, e “EP 2013”, de 2013), testemunhou, de certa forma, duas bandas distintas. No primeiro, uma mais seca, pesada e bruta. No segundo, uma banda mais acessível, flutuante, apostando em composições vocais grudentas. “Chaos and Creation”, com o acréscimo do novo membro e tecladista Felipe Leão – que tornou a banda um sexteto -, unificou as duas características e foi muito, muito além.


A musicalidade é tão refinada quanto o título do álbum sugere; Progressiva, claro, com interessantes e diversificadas jogadas de guitarra, trabalho exemplar nas linhas de baixo e boa bateria, mas também pomposa, característica cedida definitivamente pela intensidade atmosférica que os teclados proporcionam. Com ambientação sinfônica, as músicas ficaram densas – e ainda leves de assimilar – e extremamente envolventes. No entanto, a exploração dos sintetizadores não se limita ao efeito orquestrado, mas também a vários outros, de um modo bem abrangente.


Tudo é muito consistente e metódico. Mesmo com o detalhamento perspicaz, não é difícil se cativar, já que a característica acessível oriunda do “EP 2013” ainda é mantida, introduzida principalmente nas pontes – que já levam o ouvinte a prender a respiração – e nos refrões, pontos altos das canções, onde definitivamente perde-se o fôlego. As músicas têm andamento variante, não havendo um padrão de fórmula, mas os refrões frequentemente são cantados em tons altos e sempre cadenciados, apelando para a emoção, o que aumenta a probabilidade dele grudar na sua mente.


A composição das linhas vocais não é retilínea; há bastante oscilação de tons e posturas. Evandro novamente não é agressivo, salvo em pontuais momentos, mas sua voz limpa atinge o coração. Vocais mais sujos ficam a cargo do guitarrista Johnny Lande, que canta com fortes drives e participa de faixas como “Deep Black Hole” e “Life”.


É possível se conectar com o clima do disco ao ponto de quando ele acaba, você se sentir aquele vazio, como se tivesse sido arrancado de algum lugar. Ainda mais com a especial densidade épica e oriental das três últimas faixas, que dotam dos corretos ares de um álbum que se encaminha para a sua conclusão. Sem dúvidas, “Chaos and Creation” é um disco sensacional e difícil de ser superado.


Tudo indica que o próximo álbum não será em nada como esse. Atualmente o conjunto já se encontra em trabalho do segundo disco, e promete algo diferente daquilo feito nesse, já que a ideia é ter uma discografia diversificada e evitar repetições musicais. Tendo em vista o grande profissionalismo exibido até o momento, o sexteto paulistano tem toda a condição de tê-la. Álbum fantástico, mas não demonstra ainda ser o auge, embora seja difícil de ser superado.