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sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

Primator - Involution - 2015 - Download


Gênero: Heavy Metal

01. Primator
02. Deadland
03. Flames Of Hades
04. Caroline
05. Black Tormentor
06. Let Me Live Again
07. Face The Death
08. Erase The Rainbow
09. Praying For Nothing
10. Involution

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A banda paulista Primator surgiu nos idos de 2009, e aposta no Heavy Metal. O estilo, que tem como característica peso, melodia e um tanto de energia, é honrado pelo grupo, principalmente em seu instrumental. Logo na faixa de abertura, que leva o nome da banda, a parte instrumental, guiada pelos guitarristas Márcio Dassié e Diego Lima, o baixista André dos Anjos e o baterista Lucas Assunção, mostra bons riffs de guitarra, baixo que acompanha o trampo das seis cordas e bateria simples e com viradas características do estilo. Há também trechos mais ritmados, que dão dinamismo à composição. Em “Deadland”, com sua abertura um tanto apoteótica, o quarteto supracitado mantém presa a atenção do ouvinte.


A performance do vocalista Rodrigo Sinopoli causa reações diversas no decorrer do play. O cara tem uma voz bacana e um timbre forte, como exige o estilo. Mas alguns exageros nos agudos as vezes incomodam. Nos tons médios o cara mostra mais segurança, mas sempre que ele invoca Bruce Dickinson ou Michael Kiske, a coisa se perde. Agudos são complementos, não alicerces da performance. Mesmo no Metal, estilo bastante caricato por si só. Entretanto, mesmo assim, o refrão de “Deadland” é bastante legal. E o instrumental, quebrado, pesado, é muito bacana. Um jogo de camada de vozes nos versos no pré-refrão poderiam ter dado um toque especial à música, que tem no solo um de seus melhores momentos.


Seguindo o formato da canção anterior, “Flames of Hades” segura na velocidade e chama atenção pelos ótimos timbres de guitarra. Ela também se adequa a Involution por ser extensa: o álbum tem músicas com média de 5 minutos e 21 segundos. Nesta, a sessão instrumental antes do solo dá uma arejada após quase 4 minutos de uma composição mais sisuda. Os solos, agora mais rápidos que na anterior, mais uma vez, são destaque. Em “Caroline” há um prelúdio dedilhado, de um minuto, que precede uma entrada ‘metálica’ com guitarras cavalgadas e alguns harmônicos. O vocal, mais contido quando entra a parte pesada, soa muito bem, pois transita mais em sua área mais confortável. Mantendo a estrutura apresentada até então, há na segunda parte da canção, uma mudança de andamento e solos bem bacanas. Um belo riff de abertura – e boas harmonias nas seis cordas – destaca “Black Tormentor” das demais. Aliado a isto, o refrão é fácil e grudento, daqueles para se bradar alto nos shows com punhos em riste e os dedos fazendo o sinal do Heavy Metal. E claro, os solos a lá Iron Maiden mais uma vez ficam proeminentes.


O álbum segue para sua segunda metade com sons que são como um resumo do ouvido até então. A balada “Let Me Live Again” é um belo momento, mas que exigia um vocal menos exagerado. Enquanto “Face the Death” cumpre seu papel e não soa deslocada, “Erase the Rainbow” parece ter sido escavada dos esboços que deram vida ao álbum Accident of Birth, que o mestre Bruce Dickinson lançou há duas décadas. Em algumas entonações, Sinopoli comete mais alguns excessos. Mas essa urgência quase inocente do Metal é cativante mesmo assim. E o refrão e os versos são muito legais. Para encerrar “Praying for Nothing” e a faixa título pouco agregam ao resultado final. Um tanto mais de variação nos andamentos teria sido saudável, assim como um vocal um pouco mais dosado. Mas Involution é um disco que tem muitas qualidades, e pode ter sido o primeiro passo de uma banda que ainda pode ir adiante musicalmente.


O grupo estreou há pouco tempo a música “To Mars”, composição de Mário Linhares, do Dark Avenger. Nesta, o vocal continua agudo e meio anasalado, mas dosando melhor as variações, num resultado bastante efetivo. O instrumental é bem mais pesado que o apresentado em Involution, o que pode indicar um novo rumo para o som do Primator. O álbum Involution saiu em 2015, portanto, novidades do grupo devem pintar em 2018. Desde já fique atento e entre no mundo do Primator: para headbangers reais, não tem erro.

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