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terça-feira, 8 de janeiro de 2019

Mythologyca - Lady Of The Crows - 2018 - Download


Gênero: Heavy Metal

1.Prelude To The Crows Daybreak
3.Persephone
4.Rock T-Shirt
5.Bat Eater
6.Borderline Fairy
7.Morgan Le Fay
8.B.A.C.O.
9.Aurora
10.Wandering

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A banda Mythologyca, de Curitiba, foi formada pelos primos Marco Bührer (voz) e Vika Viante (guitarra), no princípio de 2017, após a saída do primeiro do Beltane, após mais de duas décadas. A banda conta também com o experiente baterista André Mares (também do Disharmonic Fields, o baixista Tarlis Vinci e Giovanni Vincentin (teclado).


O disco Lady of the Crows chegou às plataformas digitais em 2018, e um dos shows de lançamento aconteceu no festival Metal Warriors 5, naquele mesmo ano. A versão física veio logo depois, em um belo digipack, com faixas próprias de alta qualidade e variedade, o que não permite que a audição fique maçante. A arte da capa foi feita por Jean Michel, da Designations Artwork, inspirada na rainha da tribo icena, Boudicca (ou Boadicea), que liderou várias tribos celtas contra os romanos por volta do ano 60 DC, no reinado de Nero, que se relaciona a temática lírica de parte do álbum.


Relembre aqui a entrevista que fizemos com a banda ano passado, comentando pormenores do trabalho.
A intro é um tanto extensa, mas soa legal pela tecladeira, que vai construindo um clima – junto com uns corvos e trovões – que desperta a curiosidade do ouvinte. Então surge a faixa título, com um ar setentista apesar da bateria metalizada. A canção ganhou um clipe bacana, e a escolha foi acertada. A interpretação de Marco Bührer, conhecido por seus anos de Beltane, é o destaque. O refrão gruda fácil na cabeça e ao vivo ganha grandeza, principalmente na parte que brada o título da canção. A letra, como a própria banda explica “é como uma oração pré-batalha que pede forças à deusa. A expressão batalha não é, necessariamente, usada no sentido literal, todos nós travamos uma batalha diária em outras frentes como em um trabalho árduo, em uma doença, uma limitação física e até mental, problemas familiares, traumas psicológicos, etc”.


Com dose extra de peso, “Persephone” é outro bom momento, com um trabalho marcante das guitarras unido aos teclados. Já “Rock T-Shirt” é mais simples, algo descompromissado que logo abre espaço para “Bat Eater”. Com esse nome, é óbvio que a faixa é uma homenagem ao madman Ozzy Osbourne. É super legal ficar caçando referências na letra, uma por verso – eu encontrei 16, além, claro, do próprio título. O som lembra a fase mais moderna do cantor, e a performance do vocalista aproxima de maneira respeitosa a voz de Ozzy. Além disso tudo, o solo é muito bom.


A banda volta com tudo aos anos 70 com “Borderline Faery”, suingada e com riffs que remetem aos primórdios do Rock and Roll. E por cima disso, os músicos se soltam aqui para mostrar suas habilidades musicais individuais. É uma tática perigosa, mas deu certo. A épica “Morgan Lefay” traz pianos e vocalizações delicadas em sua introdução, e Bührer manda bem; a canção é uma balada, e tem todos os elementos que uma composição dessas pede, incluindo um encerramento apoteótico.


O peso volta com o ‘hardão’ beirando o Heavy de “Wandering”, a primeira música que eles disponibilizaram na internet, ainda nos primórdios. Se a banda homenageou Ozzy, por que não fazer o mesmo com Ronnie James Dio? O nome do fabuloso cantor, que nos deixou em 2010, é citado no trecho “We praise for Metal, we praise for Dio”; ainda há espaço para citar Lemmy (Motorhead): “We pray for Lemmy, He is our god”, além daquele show épico e histórico do Iron Maiden no Rock in Rio em 1985, que foi um formador de caráter de toda uma geração de bangers que hoje passaram dos 40 anos: “We saw Maiden on Rock in Rio” é a frase que louva o Metal como estilo de vida. Grande faixa.


“B.A.C.O” vai de encontro a algo mais Metal Melódico em seus primeiros momentos, e pede mais teclados, que ficam parados em alguns momentos. Uma tecladeira violenta todo o tempo cairia como luva na estrutura da música. Com músicas com quase 5 minutos de duração média, essa poderia vir um pouco mais enxuta. E a música mais curta de Lady of the Crows é a última, “Aurora”, uma bela balada violão e voz com outro desempenho exemplar de Buhrer.


A banda viaja entre referências musicais entretanto há um cerne que guia a sonoridade nesses 44 minutos. O material apresentado nas 9 composições (intro não conta) é variado e por isso mesmo o disco não cansa. A produção no geral é boa, tudo bem audível, com o peso necessário e equalizado adequadamente. O futuro do Mythologyca é promissor, o primeiro passo foi dado com o pé direito.

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