Gênero: Death Metal
1. Luta sem Vitória
2. Não Pertenço a Este Mundo
3. Livre da Mentira
4. Duas Caras
5. Drogas
6. Tudo é Questionável
7. Máquina Manipula
8. Senhor de Riquezas
9. Acefalia
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LISTEN
A cena catarinense de Heavy Metal está revelando várias bandas dos mais diversos estilos e quem se junta a elas é o quarteto extremo Acefalia de Joinville. Sua origem data de 2006 e em três anos lançaram o seu primeiro disco auto-intitulado, que ajudaram esta horda brutal a ir ganhando mais notoriedade no cenário underground do estado com seu Death Metal visceral e cantado em português.
De um duo, o agora quarteto possui o seguinte line up: Rodrigo na bateria e vocal, Diego Mammoth nos vocais, os novos integrantes Anderson Biko no baixo e Maicon na guitarra, que entraram na banda em 2013. Desta forma, eles começaram a preparar o seu segundo cd com a ajuda de Fabio Gorresen ( que toca nas bandas Zombie Cookbook e Flesh Grinder ), que foi o responsável pelos processos de produção, mixagem e masterização de Estupro da Essência Humana entre março e abril de 2014 no Audio Globbin. Inclusive ele ajudou a banda na concepção da caótica e provocante capa do cd, que foi desenhada pelo tatuador Jean Carlos Back ( BlackInk Tattoo ).
Após uma série de sons de fundição, a agressividade sonora do Death Metal em português do Acefalia começa totalmente destrutiva em Luta Sem Vitória, com muitos vocais urrados, trechos ora rápidos e matadores ora mais cadenciados, porém, sempre com a crueza em alta pela forma que a banda conduz a música durante seus intensos minutos. E a 'porradaria' cheia de 'triggers' e pedais duplos do baterista Rodrigo prossegue na furiosa Não Pertenço à Este Mundo, que é vociferada com raiva por Diego Mammoth e conta com vários solos distorcidos do guitarrista Maicon. Em Livre da Mentira, o odioso Death Metal do quarteto continua à todo vapor com a batera sendo espancada e a guitarra recebendo fortes 'palhetadas', que aumentam sua cólera e tudo para que tenhamos versos mortíferos berrados por Diego Mammoth.
A linha esmagadora adotada pelo Acefalia continua na ácida Duas Caras, que critica muitas pessoas inescrupulosas que possuem diplomas universitários, são empresários e os utilizam de forma incorreta. E além das críticas, eles não mediram esforços para quebrar tudo nos solos de guitarra. Levantando o tema, Drogas segue totalmente desenfreada com muita raiva nos vocais nesta exibição da realidade nua e crua do vício em um ritmo simplesmente matador, que passa por momentos cadenciados naquela linha mais Old School.
Com muita indignação para com a sociedade moderna, Tudo É Questionável entra no andamento avassalador adotado pelo Acefalia, ou seja, tome urros infernais, baquetadas vigorosas e solos de guitarra totalmente crus.
Criticando a Igreja como um todo, a imprensa e os empresários, aos toques feitos pelo baixista Anderson Biko em uma linha furiosa e cadenciada, Máquina Manipula marca a sétima música de Estupro da Essência Humana, que assim como as demais, recebe seus momentos velozes para que os fãs possam bater a cabeça com tamanho ataque sonoro.
O rolo compressor crítico do quarteto mantém seu feroz ódio em Senhor de Riquezas com vocais que estão praticamente vomitados ( pig squeals ) devido a imensa fúria que são cantados, e isso, com direito a evoluções instrumentais velozes e aniquiladoras. Para fechar o cd temos a faixa Acefalia, que além de intitular a banda vemos eles 'meterem o dedo na ferida' ao exprimir a verdade da "Burrice Coletiva" do povo com seu andamento esmagador, que alterna momentos cadenciados com rápidos até encerrar o cd ao som de batimentos cardíacos.
O Acefalia dá seus brutais recados em menos de vinte e cinco minutos com um nível de raiva, que é praticamente quase impossível de se traduzir nestas linhas, então a única forma de sentir e entender toda essa indignação cravada no cd, é a seguinte: ouvir o disco e várias vezes. Para quem aprecia o Death Metal Old School e sons extremos como os que são praticados por nomes como Krisiun, Dying Fetus, Malevolent Creation, Brujeria, saiba que estamos diante de um disco de produção muito crua e que será provavelmente do agrado das almas extremas.
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