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quarta-feira, 16 de junho de 2021

Krucipha - Inhuman Nature - 2017 - Download


Gênero: Groove Metal, Thrash Metal

01. Hateful
02. Victimia
03. F.O.M.O.
04. Acceptance
05. Non Efficiens Non Decorus
06. Alter the Image
07. Bureaucrap
08. Mass Oppression
09. Mass Catharsis

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Embalado por uma capa que esbanja originalidade e beleza, a banda curitibana Krucipha chegou, em 2017, ao seu segundo álbum, “Inhuman Nature”. Normalmente, temos a tendência de, logo no início de uma resenha, assoprar para o leitor qual o estilo que a banda pratica, mas vamos com cuidado aqui. O Krucipha não está estacionado em qualquer nomenclatura específica ou delimitada.


A primeira faixa, “Hateful”, dispensa introduções e parte logo para o Thrash com agressividade anabolizada, conduzida pelos golpes insistentes da bateria. Já se percebe também que o guitarrista Fabiano Guolo impõe os seus vocais de forma bem variada e natural, amplificando o poderio e o ódio que a música transmite.


Então entra “Victimia” e as expectativas que mentalmente geramos são instantaneamente reviradas pelo seu ritmo grooveado, com pitadas de Nü Metal, transparecendo, em certos momentos, influências de Sepultura na fase “Chaos A.D.”. O riff principal de “F.O.M.O.” é daquele tipo que o seu pescoço é forçado a acompanhar, pois resistir é inútil, mas você poderá também sentir vontade de bater seus pés no solo, simulando a condução da bateria. As variações de condução são ricas e constantes.


Parte significativa dessa riqueza nos arranjos do Krucipha surge da utilização inteligente de percussão junto com a bateria. “Acceptance” inicia como se fosse um lança-chamas e os elementos percussivos estão trabalhando em conjunto da mesma forma que costumam agir as harmonias de guitarra. Os guturais no refrão de “Non Efficiens Non Decour” trazem ares de Death Metal e fazem contraponto com os aspectos regionalistas da faixa “Alter The Image”, bem como com a vibração 100% Hardcore de “Bureaucrap”.


Se a banda já tinha comprovado desenvoltura em navegar por tantas opções de arranjo sem parecer dispersa ou desfigurada, ela deu um golpe de genialidade com as faixas irmãs “Mass Oppression” e “Mass Catharsis”, onde um único elemento da composição – a entoação da palavra “mass” – é replicada de forma semelhante em duas músicas distintas e obtendo efeitos diferenciados, ambos com impacto soberbo e contagiante!


As duas últimas faixas entraram como bônus, mas, se você não tivesse essa informação, a audição do álbum prosseguiria fluindo com naturalidade, pois ambas não possuem qualquer diferença de nível de qualidade com as demais. O berimbau no começo de “Unwilling” antecipa que os detalhes regionais serão novamente privilegiados e eles de fato o são, mesclados homogeneamente com o groove pesado da composição. Já “Reason Lost MMXVI” não esconde que é uma releitura da faixa presente no primeiro álbum, “Hindsight Square One” de 2014, mas agora com uma produção bem melhor, privilegiando esta que é uma das composições mais destacadas da banda.


“Inhuman Nature” é um disco forte e coeso, onde cada segundo de música tem seu propósito para estar ali registrado. Pesado, carregado de velocidade e agressividade, soando com aquela genética sonora que nos faz identificar logo como sendo uma banda brasileira. O Krucipha assinou um trabalho que podemos indicar com orgulho e segurança. Não deixe de procurar conhecer.

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