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sexta-feira, 25 de junho de 2021

Fire Strike - Slaves Of Fate - 2017

 
Gênero: Heavy Metal

01. Reach for Your Life
02. Master of the Seas
03. Slave of Your Fate
04. Electric Sun
05. The Wolves Don't Cry
06. Losing Control
07. Streets of Fire
08. Lust
09. Our Shout Is Heavy Metal

LISTEN



O Metal se torna magnífico quando nós mulheres somos representadas no mais alto timbre… Timbre, eis aí um quesito que sempre me inspirou surpresa quando se trata da vocalista Aline Nunes. Sim! A banda paulista Fire Strike está de volta após um longo hiato.


Confesso que aguardava ansiosa por um novo trabalho desta trupe, ainda mais após o EP de 2013, “Lion and Tiger”, que na época mostrava uma banda composta por excelentes e inspirados músicos e uma potencial vocalista, mas que ainda pairavam sobre a inexperiência com um instrumental confuso e agudos sem fim que escondiam o potencial de Aline. Sem dúvida se tratava de um diamante a ser lapidado.
 

Eis que os novos tempos chegaram trazendo seu primeiro full álbum “Slaves Of Fate”, produzido pelo experiente Andria Busic (Ex-Dr. Sin) e lançado pela gravadora Shinigami Records em agosto deste ano.


Com certeza o tempo de incubação teve um efeito surpreendente já constatado na primeira faixa, “Reach For Your Life”, que adentra o álbum da forma mais coerente possível, com linhas de guitarras rápidas e bem ajustadas, baixo e bateria enérgicos e finalmente uma linha vocal mais limpa da fenomenal Aline Nunes, fato que se repete na faixa seguinte, “Master of the Seas”, mas com uma dose melhor colocada de sua fase anterior, os agudos finalmente se enquadraram!


Seguindo para a faixa-título do trabalho encontramos uma agradável surpresa com uma canção mais lenta e cadenciada, e acredite, por alguns instantes temos a sensação de se tratar de uma outra banda tamanha a diferença, e se torna perceptível que a decisão de sair da zona de conforto foi um grande trunfo. Já a faixa “Electric Sun” é realmente surpreendente e a evolução é incontestável, partindo da introdução envolvente, riffs diferenciados e é ai que Aline mostra todo seu potencial migrando de forma envolvente a “The Wolves Don’t Cry” que traz em seu contexto um pouco da história de Rômulo e Remo, os gêmeos da mitologia romana criados por uma loba.


E que tal uma introdução acústica? “Losing Control” mantém um clima mais sereno. Apesar das guitarras aceleradas, uma balada surge e encontramos enfim um trabalho magnífico dos guitarristas Helyad Amaro e Henrique Schuindt, e destaque para a performance do baixista Edivan Diamond e do novo baterista Alan Caçador, que substituiu Jean Praelli.


Apenas um detalhe não me agradou neste excelente trabalho, o fato de ter apenas nove faixas e pouco mais de cinquenta minutos. Realmente uma pena, mas “Lust” e “Our Shout is Heavy Metal” farão valer o curto tempo de audição, lembrando que você ainda pode conferir na sétima faixa uma nova versão para a música “Streets Of Fire”, faixa de seu antecessor “Lion And Tiger”.


Fechamos falando sobre a capa deste trabalho com a arte do grande artista Celso Mathias, que expressou significativamente a liberdade das composições da banda nesta nova fase.

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