Gênero: Heavy Metal
01. Like Those Ones
02. Thieves of Life
03. Blood
04. Can't You See
05. Fire It Up
06. Hunted
07. Kill the King
08. All of This
09. The End
10. Wake Up
11. E-Crime Suicide
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Certamente o Heaviest é um dos nomes que mais cresceram dentro do cenário metálico nacional. Seu primeiro álbum, “Nowhere” (2015), foi muito bem recebido tanto por crítica quanto por público, figurando nas listas de melhores discos daquele ano em inúmeros sites e revistas especializadas.
Mas nem esse início arrebatador livrou o Heaviest das mudanças de formação, e no fim de 2017, Alax William foi confirmado como novo vocalista da banda, para o lugar de Mario Pastore.
Mudanças de vocalistas são sempre complicadas, pois queiram ou não, é uma posição estratégica na identidade de uma banda, e no caso do Heaviest, o que poderia significar um problema, se revelou um upgrade.
Claro, perder um músico com a bagagem de Mario Pastore no cenário nacional nunca é um problema de fácil solução, mas com Alax, inegavelmente, a banda ganhou em versatilidade, pois sua inflexão vocal permite ir com naturalidade dos tons mais altos ao gutural, passando pela determinação furiosa em voga nas bandas modernas de heavy metal. Isto pode ser conferido na abertura com “Like Those Ones” e em “All of This”.
E se engana quem pensa que o Heaviest perde em experiência, pois Alax William também traz duas décadas de experiência nas costas, o que garante a segurança e a força de sua performance, dona de personalidade própria.
Ou seja, o novo vocalista se apresenta em estúdio abrindo possibilidades na sonoridade embasada no heavy metal moderno, os pilares de sustentação de “The Wall of Chaos-T” (2018), como vemos em “Thieves of Life” e “Kill The King” (a melhor faixa do disco) por formas diferentes.
Outra perda para a banda no ínterim entre os dois discos foi do guitarrista Márcio Eidt, em 2017. Mas nesse caso não houve uma substituição, ficando para Guto Mantesso a responsabilidade de gravar todas as guitarras de “The Wall of Chaos-T” (2018), além da produção, que merece menção positiva, por ser limpa e moderna, só que sem chegar a ser clínica como vemos em muitas bandas que apostam em sonoridades atuais.
E no que tange ao instrumental, senti uma certa carência de imprevisibilidade. Parece que até os momentos onde as passagens buscam e atingem uma versatilidade são esperados, tanto que poucos deles surpreendem (“Blood”, outro destaque, é um destes casos onde a imprevisibilidade se faz presente).
O som, no geral, é dinâmico, mas os aspectos criativos parecem calculados para nos afetar por um sentimento de força e poder, induzido pelos os riffs esmagadores que rasgam a pegada cadenciada e melódica que tem efeito imediato sobre o ouvinte. Isso é perceptível em “Can’t You See” e “Fire It Up”.
Talvez o contraste com o farto e variado repertório de soluções de Alax tenha somente destacado esta observação quanto ao instrumental, pois fiz questão de ouvir novamente “Nowhere” (2015) para poder afirmar que deram continuidade à abordagem daquele disco. Veja bem, não estou dizendo que as músicas são ruins. Muito pelo contrário!
A técnica está bem destacada nos riffs pesados e nos solos, a dinâmica groovada advém da vibração da cozinha, e a energia e a intensidade estão aqui. Não há dúvidas de que tudo isso é fruto do talento de músicos competentes, mas não há como negar que o caminho percorrido pelo instrumental está redondo demais.
Pegue como exemplo, a direta “Hunted”; se por um lado ela tem um dos melhores solos de guitarra de “The Wall of Chaos-T”, por outro, os licks nas “curvas” finais dos arranjos são esperados, como nos breaks de um velho blues.
Não acho que isso comprometa fatalmente o resultado final. “The Wall of Chaos-T” é um disco com peso melódico, mas sem chafurdar na ênfase dramática do heavy metal old-school ou na profusão da acessibilidade do metal moderno. Mas em faixas como as já citadas “All of This” ou “Kill The King”, além de “The End” e “Wake Up”, fica claro que o Heaviest pode dar mais dentro desta proposta.
Não estou falando de abusar da técnica, rebuscar arranjos com movimentos progressivos, pois isso é secundário na linguagem metálica, mas sim de ousar em busca de renovar certos padrões. Dizer com sua personalidade o que os cânones do gênero não permitem. E acredito que nessas quatro faixas efetivamente assim o fizeram.
Creio também que a forma revelada em “The Wall of Chaos-T”, com um pouco mais de ousadia na estrutura e imprevisibilidade nos arranjos instrumentais, colocará o Heaviest como um dos ícones do heavy metal nacional! Com alto potencial e talento para se destacar no cenário internacional.
Oxe não esta disodispon
ResponderExcluirArrumado!
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