Gênero: Thrash Metal
01 - Give Me the Gun
02 - feeling bad
03 - Kill the Hero
04 - The Last Samurai
05 - The Trick / You Bet
06 - Endless Cycle
07 - Land of Giants
08 - (Alex Rangel Tribute)
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LISTEN
Dizem que muitas vezes nós acabamos virando fã de certas bandas, não só pela boa música, mas também por conta da humildade de seus integrantes. E foi o que aconteceu comigo juntamente com o Attomica, banda natural da cidade de São José dos Campos, interior de São Paulo, cidade quase vizinha da minha, Pindamonhangaba.
O curioso é que eu conhecia a banda há pelo menos 5 anos, mas não sabia que era de tão perto de onde moro, e me surpreendeu saber disso pro conta da qualidade da banda, que sempre lançou álbuns com ótimas faixas e muito bem gravados. Nesses mais de 30 anos de carreira, a banda fez grande sucesso no final do anos 80 e início dos 90, abrindo shows para o Sepultura e lançando clássicos como o álbum homônimo de 1987, “Limits Of Insanity” (1987) e “Disturbing The Noise” (1991).
Depois de muito tempo, mais precisamente 21 anos a banda lançou um novo álbum de inéditas chamado “4” (2012), que por sinal é um baita álbum. Mas o assunto de hoje é um álbum “The Trick“, lançado no dia 1º de Abril via Marquee Records. O primeiro com essa formação como Power trio, que conta com André Rod no baixo e vocais, Argos Danckas na bateria e o grande Marcelo Souza na guitarra e vocal de apoio. Essa formação foi oficializada em 2015.
Tive o prazer de conhecê-los pessoalmente essa semana, o que foi muito gratificante para mim, pois são pessoas do bem, com uma humildade enorme, o que me fez ficar mais fã ainda da banda.
Mas vamos ao álbum, começamos com “Give Me The Gun“, com um intro de bateria que comanda a faixa até a entrada de um riff destruidor de Marcelo, Thrash Metal de primeira, lembrando faixas de Testament e Exodus. Ainda conta com um ótimo refrão e uma quebrada de ritmo deixa a faixa mais cadenciada em sua metade, além de ter um solo espetacular.
“Feeling Bad” começa mais pesada e mais lenta antes de acelerar nos seus versos, seu início lembra “King Nothing” do Metallica. O refrão é na mesma linha do início e a ponte tem um tom melodioso que nos encaminha pra outro solo fantástico.
A terceira faixa é um dos singles do álbum, “Kill The Hero“, essa sim mais cadenciada, pesada e com bastante técnica, assim como “The Last Samurai“. Ambas farão o ouvinte lembrar de Megadeth, muito pelos vocais de André, que até soa melhor que o lendário Mustaine – com todo o respeito – com uma técnica mais apurada, sem soar forçado.
“The Trick / You Bet” conta com excelentes melodias, coisa que a banda sempre teve grande qualidade para fazer. A faixa é longa e conta com uma grande energia, pouco mais de sete minutos de uma ótima composição. Ao seu final um dedilhado de violão com muito feeling nos é apresentado, uma das partes mais bonitas do álbum.
A balada “Endless Cycle” é aquela faixa pra dar uma quebrada, até sua metade, a faixa é bem crua, apenas com um violão, voz e a harmonia de fundo, até sua metade, onde a banda entra com muito peso e uma cozinha perfeita. Outro solo com muito feeling e uma base melódica encerram a faixa com maestria, uma das melhores do álbum. Vale muito a audição.
A instrumental “Land Of Giants” consegue reunir todos os elementos, peso, técnica, agressividade e feeling, além de muita originalidade. Parabéns aos músicos por essa excelente faixa.
Pra fechar, temos “Mistery“, faixa gravada por Alex Rangel, ex-vocalista da banda que faleceu em 2015, lançada no álbum como uma homenagem póstuma ao grande vocalista. Seus vocais fortes e agudos ditam o ritmo da faixa, que tem um ótimo refrão e outro solo arrepiante. Fechou com chave de ouro esse ótimo álbum.
Vamos à conclusão. “The Trick” é uma grande surpresa do Metal Nacional, ainda em Abril de 2018, já temos um grande candidato aos melhores do ano. Com várias influências, principalmente do Thrash Metal da Bay Area, a banda ainda soa bastante original e entrega faixas muito bem compostas e trabalhadas. A qualidade da gravação é impecável, tudo soa muito bem audível e cristalino, algo que sempre gosto de elogiar nas resenhas, isso merece ser exaltado.
O quinto álbum mostra a banda em excelente forma, como tem poucos discos lançados, já faz os fãs pensarem em um próximo lançamento, mesmo com esse sendo muito recente, mas a música é tão boa que fica aquela ansiedade já por alguma coisa nova, mas claro, tudo em seu tempo. Parabéns ao Attomica que mostra que tem muita lenha pra queimar e que ainda tem muito espaço no Metal Nacional e mundial.
O link ta quebrado. Quase todos dessa grande banda estão quebrados.
ResponderExcluirLinks todos atualizados! agora estão funcionando.
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