Gênero: Speed Metal
02 - A Life For Yourself
03 - The Shapeshifter
04 - Scream And Shout
05 - Sailing Ship
06 - Souls Ain't For Sale
07 - So Damn Unkind
08 - Safe Shore
09 - Heaven
10 - Reset My Brain (Bonus Track)
LISTEN
Com um pouco de esforço, poderemos encontrar algumas bandas na história da música que implodiram ou passaram por transformações traumáticas enquanto frutificavam seus melhores trabalhos.
“Moving Ground” veio para colocar o Hibria dentre o mais recente destes nomes.
Representando um momento de ruptura para a formação do Hibria, “Moving Ground” ganhou vida em meio a um turbilhão, construído com saídas de integrantes já anunciadas internamente, o que fatalmente lhe deu um clima de epílogo, além de um título auto-explicativo.
Até por essa condição, vemos cada integrante se doando ao máximo no processo de concepção de “Moving Ground”, gerando faixas modernas e cativantes que no todo materializam o melhor disco da carreira do Hibria até o momento.
“Moving Ground” é o sexto trabalho da discografia, com conceito girando em torno da ideia budista da impermanência, num diálogo preciso com a situação que a banda se encontrava após duas décadas onde acumularam na bagagem um legado de excelência dentro do metal nacional.
Um legado intransferível e retrabalhado nestas nove composições, que homogenizou de modo irrepreensível o power metal melódico com os apectos progressivos, pelo atrito constante de técnica e feeling.
A produção de “Moving Ground” é orgânica e seca, certeira para evidenciar a agressividade técnica e o potencial melódico do Hibria, já na abertura, com a faixa-título. Uma faixa rápida, com algo diferenciado nos arranjos e refrão matador!
Essa é uma fórmula que reaparece em “Reset My Brain”, faixa bônus não disponível na edição nacional, e que revela já no início uma preocupação com detalhes, que estão bem encaixados, mas nada calculados. Aliás, tudo em “Moving Ground” soa natural e fluido.
Inteligentes e bem feitas transições de passagens intrincadas para melódicas ou climáticas, ajudam também a dinamizar e oxigenar a sonoridade. E ao menos nas três primeiras composições, o peso e a determinação furiosa é o que manda.
Na sequência da faixa-título, “A Life for Yourself” chega como um heavy metal moderno com uma verve rock n’ roll, enquanto “The Shapeshifter” explode numa direção mais tradicional do power metal, chegado a resvalar no thrash metal em certas partes instrumentais. Uma trinca inicial que já te coloca de joelhos pelo ataque certeiro!
Logicamente, o contexto do Hibria como banda e a separação anunciada após a gravação de “Moving Ground”, trouxeram algumas sombras para os arranjos, que possuem um nítido amadurecimento, refletindo uma musicalidade mais sóbria no enlace do moderno e do clássico no heavy metal.
As guitarras nervosas, graves, pesadas e técnicas ainda guiam as composições pela trilha do power metal, indo da fritação melódica à envolvência do head n’ heavy, mas as incursões por outros estilos parecem mais engajadas à identidade do Hibria, longe de experimentos mais ousados como no disco anterior.
Isso fica claro à partir de “Scream and Shout”que traz uma cadência revigorante após o frenesi das músicas anteriores, mas sem diminuir a tenacidade impressa em “Moving Ground”, dando fôlego para o que virá à seguir na trampada e progressiva “Sailing Ships”, e nas tradicionais “Souls ain’t for Sale”, “So Damn Unkind” (atenção ao baixo da abertura e ao diálogo das guitarras no desfecho) e “Safe Shore” (com guitarras gêmeas e sabor de metal tradicional).
E nestas faixas podemos observar com mais calma os vocais versáteis, dramáticos e técnicos, e o desfile de ganchos infalíveis, seja nos refrãos, nas harmonias, ou nos solos.
Todas estas composições mencionadas garantem “Moving Ground” dentre os melhores discos de 2018, onde nenhuma é mediana, desviando de clichês e obviedades num heavy metal de primeira linha, puro e dinâmico.
Todavia, aos meus ouvidos, “Heaven”, o último capítulo desta sexta parte discográfica do Hibria, uma obra-prima se dividindo em passagens diferenciadas e estilos (detalhe ao movimento mais emocional ao piano no meio da composição), será a faixa responsável por lembrarmos de “Moving Ground” como o ápice da primeira fase da banda.
Agora, resta ao guitarrista Abel Camargo, último remanescente da formação que gravou “Moving Ground”, renovar a formação do Hibria para o renascimento numa nova era.
They really have no publicity with this album, not even a released single and the album is out in a few days. Someone on youtube uploaded one low quality song, the title track.
ResponderExcluirNão vão liberar esse Download tão cedo kkkk em Abril libera viu pessoal kkk
ResponderExcluirTivemos problemas com upload, porém já está disponível para download
ResponderExcluirLink ok, obrigado pessoal
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